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Pecuária

Em 2024 exportações de carne bovina rendem R$ 31,2 bilhões. R$ 1,7 bi só em agosto

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Reprodução

 

 

As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada pelo Brasil atingiram 71,3 mil toneladas até a segunda semana de agosto de 2024, conforme os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

No acumulado do primeiro semestre de 2024, as exportações de carne bovina somaram 1,29 milhão de toneladas, um aumento de 27,3% comparado com o mesmo período de 2023 (1,019 milhão de toneladas), o que resultou em um faturamento de R$ 31,26 bilhões, aumento de 17% ante o primeiro semestre de 2023.

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Até a segunda semana, o valor total das exportações de carne bovina foi de cerca de R$ 1,733 bilhão. No mesmo mês do ano anterior, o montante negociado foi de aproximadamente R$ 4,585 bilhões. A média diária de valor exportado até a segunda semana de agosto de 2024 foi de cerca de R$ 247,411 milhões, refletindo um crescimento de 24,1% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a média diária foi de aproximadamente R$ 199,720 milhões.

Esse volume, embora ainda distante do total exportado em agosto de 2023, que foi de 185,2 mil toneladas, já representa um aumento expressivo na média diária, que atingiu 10,1 mil toneladas. Esse valor é 26,6% superior ao registrado em julho de 2023, quando a média foi de 8,05 mil toneladas diárias.

O preço médio da tonelada de carne bovina até a segunda semana de agosto de 2024 foi de aproximadamente R$ 24.266,79, registrando uma leve queda de 2% em relação ao mesmo período de 2023, quando o preço médio foi de R$ 24.758,39 por tonelada. Apesar da redução nos preços, o volume exportado em abril de 2024 cresceu 80%, alcançando 252.643 toneladas, comparado a 140.475 toneladas no mesmo mês do ano anterior.

Esse aumento no volume resultou em um salto na receita das exportações, que passou de aproximadamente R$ 3,423 bilhões (US$ 624,2 milhões) em 2023 para cerca de R$ 5,799 bilhões em 2024, um crescimento de 69%. Segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), esse foi o terceiro maior volume de exportações da história, ficando atrás apenas de novembro e dezembro de 2023.

A China manteve sua posição como maior importador de carne bovina brasileira, representando 40,9% do total exportado. As compras chinesas subiram de 269.054 toneladas em 2023 para 377.989 toneladas em 2024, um aumento de 40,5%. No entanto, a receita cresceu apenas 26,5%, devido à queda nos preços médios, que passaram de aproximadamente R$ 27.016,14 (US$ 4.926) em 2023 para cerca de R$ 24.353,13 (US$ 4.437) em 2024.

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Os Estados Unidos mantiveram a segunda posição no ranking de importadores, com um aumento de 78,3% nas suas aquisições, que passaram de 75.241 toneladas em 2023 para 134.161 toneladas em 2024. A receita cresceu 19,5%, de aproximadamente R$ 1,827 bilhão (US$ 333 milhões) para cerca de R$ 2,184 bilhões (US$ 397,8 milhões), mesmo com a redução dos preços médios de aproximadamente R$ 24.291,74 (US$ 4.426) no ano passado para cerca de R$ 16.273,85 (US$ 2.965) neste ano.

Os Emirados Árabes Unidos, agora na terceira posição, registraram um crescimento de 245% nas importações, que saltaram de 18.772 toneladas em 2023 para 64.932 toneladas em 2024. A receita subiu 257%, passando de cerca de R$ 458,42 milhões (US$ 83,5 milhões) para aproximadamente R$ 1,639 bilhão (US$ 298,3 milhões), com preços médios de aproximadamente R$ 24.443,99 (US$ 4.451) no ano passado e de cerca de R$ 25.235,55 (US$ 4.595) em 2024.

Hong Kong ficou em quarto lugar, aumentando suas compras em 17%, de 35.281 toneladas em 2023 para 41.269 toneladas em 2024. A receita cresceu 18,9%, passando de aproximadamente R$ 608,38 milhões (US$ 110,9 milhões) para cerca de R$ 724,58 milhões (US$ 131,8 milhões), com preços médios de aproximadamente R$ 17.255,07 (US$ 3.143) em 2023 e de cerca de R$ 17.523,06 (US$ 3.194) em 2024.

Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Boi gordo continua em alta, mas enfrenta desafios no consumo interno

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Divulgação

O mercado físico do boi gordo segue registrando negócios acima das referências médias em algumas regiões do país, mas a movimentação ainda é considerada lenta. Segundo análise do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a recuperação dos preços da arroba reflete principalmente o bom desempenho das exportações brasileiras, que vêm batendo recordes mês após mês.

Apesar disso, especialistas alertam para limitações no mercado interno, em função do baixo poder de compra da população, o que pode restringir novas altas nos preços da carne bovina. “Os preços aparentam estar próximos do limite, com alguns cortes já enfrentando dificuldades de repasse. Isso sinaliza que a migração para outras proteínas está se intensificando”, avaliam analistas do setor.

Os preços da arroba do boi gordo variam nas principais praças do país: em São Paulo, o valor médio é de R$ 354,42; em Goiás, R$ 353,75; em Minas Gerais, R$ 333,82; em Mato Grosso do Sul, R$ 341,48; e em Mato Grosso, R$ 331,01.

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No mercado atacadista, o quarto dianteiro registrou aumento, sendo cotado a R$ 20,50 por quilo, alta de R$ 0,50. O quarto traseiro manteve-se em R$ 26,50 por quilo, enquanto a ponta de agulha permaneceu estável em R$ 19,50 por quilo. Apesar de uma leve recuperação, especialistas apontam que os preços estão próximos do limite para o mercado interno, devido à crescente migração do consumo para proteínas mais baratas.

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Em Mato Grosso, maior produtor nacional de carne bovina, o preço da carcaça casada atingiu em novembro o maior valor da série histórica, cotada a R$ 22,64 por quilo, após uma valorização de 32,41%. O movimento foi impulsionado pelo aumento de 39,67% na arroba do boi gordo desde setembro, quando o indicador começou a se recuperar.

Esse desempenho reflete tanto a demanda aquecida no mercado interno e externo quanto a menor oferta de animais prontos para o abate. As indústrias conseguiram repassar os custos elevados ao atacado, estreitando a relação entre os preços da carcaça e da arroba, com uma diferença de apenas 9,99% no período.

A proximidade das festas de fim de ano e o aumento sazonal do poder aquisitivo da população podem sustentar os preços elevados da carne bovina. O consumo típico do período, aliado à continuidade das exportações em ritmo acelerado, traz perspectivas de manutenção ou até novas altas nos preços da proteína vermelha.

No entanto, o setor segue atento aos desafios do mercado doméstico e às possíveis oscilações na oferta de animais terminados, fatores que podem influenciar os preços nas próximas semanas.

Fonte: Pensar Agro

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Novo caso de raiva bovina é detectado em propriedade rural de Rondonópolis

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Assessoria Indea

Um novo caso de raiva bovina foi detectado em uma propriedade rural de Rondonópolis (212 km de Cuiabá), nesta terça-feira (26). A presença da doença, transmitida pela mordida do morcego hematófago, foi atestada após exames feitos no laboratório do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT).

Com a confirmação da presença da doença, os médicos veterinários do Indea notificaram a Secretaria de Saúde de Rondonópolis e todas as propriedades existentes em um raio de 10 quilômetros onde o foco foi detectado. O protocolo pra esse tipo de caso é notificar os produtores onde está o foco e o perifoco a vacinar os bezerros e revacinar o gado, se houver sido feito a vacinação em prazo superior a 60 dias.

A propriedade onde ocorreu a confirmação da raiva bovina terá de vacinar obrigatoriamente os animais novamente. Todas as propriedades do foco e perifoco não sofrerão bloqueio e nem estarão impedidos de realizar o trânsito de animais.

A técnica laboratorial usada pelo Indea para detectar a presença da raiva foi a metodologia de Imunofluorescência direta na qual são coletadas amostras do cérebro e o cerebelo do animal doente. Esse material é colocado em uma lâmina onde se acrescenta o reagente de Imunofluorescência diretamente sobre material, que após reação química é possível confirmar se há a presença da raiva. O resultado leva até 48 horas, porém nesse caso ocorreu no mesmo dia que o material foi recebido

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Com o caso de Rondonópolis chega a 22 o número de casos confirmados de raiva bovina em Mato Grosso em 2024.

HNT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Vacas milionárias consolidam status de superestrelas no Brasil

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Assessoria

No universo da pecuária brasileira, dois nomes vêm chamando atenção por cifras que rivalizam com transações empresariais de alto escalão. Carina FIV do Kado e Viatina-19 FIV Mara Móveis, duas matrizes da raça Nelore, não são apenas animais de produção, mas ícones de excelência genética e investimentos milionários.

Carina, tricampeã da raça Nelore e destaque em exposições como Expoinel e Expozebu, alcançou um valor impressionante de R$ 24,06 milhões, na última sexta-feira (22.11) . Durante o Leilão Cataratas Collection, em Foz do Iguaçu, Paraná, 25% de sua posse foram vendidos por R$ 6,015 milhões, consolidando seu lugar na história como a vaca mais valiosa do mundo. O animal, que possui 36 meses, pertence às empresas Casa Branca Agropastoril, RS Agropecuária, Nelore RFA e Syagri Agropecuária, cada uma detendo 25% de sua propriedade.

Já Viatina-19, recordista anterior e referência no Guinness Book, teve seu valor projetado em R$ 21 milhões após sucessivas negociações. Reconhecida por sua genética impecável e prêmios internacionais, como o título “Miss América do Sul” na competição bovina Champion of the World, Viatina também é símbolo de ousadia no mercado pecuário. Um dos momentos marcantes de sua história foi o leilão de 2022, quando a Agropecuária Napemo adquiriu 50% do animal por quase R$ 4 milhões.

Mais do que números astronômicos, essas vacas representam o ápice do trabalho de seleção genética no Brasil. A comercialização de partes desses animais, como óvulos ou participações societárias, alimenta um mercado dinâmico que visa perpetuar as qualidades excepcionais em novas gerações. A combinação de excelência produtiva, prêmios e estratégias de marketing — incluindo outdoors e eventos de gala — reforça a posição do Brasil como líder global na criação de bovinos de elite.

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Esses animais, além de símbolos de status no setor, traduzem um modelo de negócios em que genética de ponta, ciência e tradição se encontram para moldar o futuro da pecuária de alto valor.

Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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