Notícias
Eficiência energética: a revolução verde no setor florestal
Igor Dutra de Souza
A busca por eficiência energética tem se tornado uma prioridade para as empresas do setor florestal, que reconhecem a importância de alinhar suas operações aos princípios da sustentabilidade. A adoção de máquinas modernas, profissionais qualificados e práticas inovadoras tem permitido reduzir o consumo de combustíveis e, consequentemente, as emissões de CO2 na atmosfera. Além disso, o aumento da produtividade já é uma realidade, demonstrando que a prosperidade econômica e as ações ambientais podem caminhar lado a lado.
Para direcionar e otimizar os esforços nessa jornada, desde 2021, a Reflorestar Soluções Florestais tem investido cerca de R$ 37,7 milhões em máquinas e implementos. A empresa substituiu máquinas que apresentavam alto desgaste e elevado consumo de diesel por equipamentos mais modernos, produtivos e com menor consumo de combustível. A troca de implementos menores, como conjuntos traçadores, por outros de maior porte também teve um impacto positivo na produtividade.
Entre 2021 e 2023, essas mudanças resultaram em uma economia de aproximadamente 330 mil litros de diesel nas operações de colheita de árvores em áreas reflorestadas. Isso não só aumentou a eficiência energética, mas também promoveu um manejo florestal mais sustentável e com menor impacto ambiental. Essas ações evitaram a emissão de mais de 850 toneladas de CO2 no meio ambiente.
O consumo de diesel por metro cúbico processado, somando as operações de corte, arraste e traçamento no sistema Full Tree, reduziu de 0,44 l/m³ para 0,30 l/m³. A previsão da empresa para 2024 é uma redução ainda maior, para 0,27 l/m³. Com essas medidas, a produtividade também aumentou: em 2021, o rendimento médio do sistema Full Tree era de 107,96 m³/h; em 2023, subiu para 127,55 m³/h, e a expectativa para 2024 é de 140,17 m³/h.
A manutenção mecânica também foi aprimorada. A Reflorestar criou uma “Oficina de Afiação Móvel para Manutenção do Conjunto de Corte”, conhecida como “Casinha de Afiação”. Essa inovação, focada na atividade de traçamento, elimina a necessidade de deslocar equipamentos por até mil quilômetros por mês para reparos, reduzindo o consumo de diesel e as emissões de CO2. A estrutura permite realizar reparos em sabres, correntes, lubrificação e descanso de correntes diretamente no campo, onde a máquina está em operação.
Todas as máquinas e implementos da empresa, voltados para a silvicultura, colheita e carregamento de madeira, são regularmente inspecionados, seguindo as instruções do fabricante e realizando os ajustes necessários. Utilizar peças genuínas aumenta a confiabilidade dos resultados ambientais e a eficiência das máquinas durante as operações. A qualidade do diesel também é um fator crucial; garantir sua boa procedência assegura o desempenho adequado e respeita os princípios de sustentabilidade.
No entanto, não podemos falar de mecanização sem considerar as pessoas – o principal elo da cadeia “operador-máquina-implemento”. A capacitação técnica e comportamental é essencial para o aumento da produtividade e para práticas ambientais adequadas. Um operador que não conduz uma máquina moderna de maneira correta pode fazer com que ela consuma mais combustível, emitindo mais CO2. É fundamental que os princípios sustentáveis sejam incorporados à cultura da empresa, para que os colaboradores entendam que são parte integrante desses valores.
O compromisso com a eficiência energética não só contribui para a sustentabilidade ambiental, mas também reforça a responsabilidade corporativa e a inovação tecnológica como pilares estratégicos para o futuro do setor florestal.
Igor Dutra de Souza /Diretor Florestal da Reflorestar
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias Mídia Rural
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Pedro Lupion é reeleito presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária
Assessoria
O deputado Pedro Lupion (PP-PR) foi reeleito nesta terça-feira (03.12) como presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para mais dois anos de mandato. Agora, o parlamentar seguirá à frente da bancada até fevereiro de 2027. Composta por 306 deputados e 50 senadores, a FPA é considerada uma das mais influentes no Congresso Nacional, representando os interesses do agronegócio brasileiro.
Entre os principais pontos da agenda legislativa para 2025 estão o projeto de reciprocidade ambiental, o fortalecimento do seguro rural e o pacote anti-invasão, destinado a aumentar a segurança jurídica no campo.
“Estamos buscando avançar em pautas que protejam o produtor rural, ampliem a segurança jurídica e fortaleçam o Brasil como líder global na produção agropecuária”, destacou Lupion. Ele também afirmou que os debates englobam segurança fundiária, política agrícola, questões indígenas e sustentabilidade.
Durante o encontro da bancada, a FPA oficializou seu apoio ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Em resposta, Motta reafirmou seu compromisso com o setor agropecuário. “Vocês terão um presidente amigo, acessível e comprometido com uma agenda que promove não apenas o crescimento do setor, mas também avanços para o Brasil inteiro”, declarou.
A eleição para a nova Mesa Diretora do Congresso Nacional está prevista para fevereiro. Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) assumirá como vice-presidente da FPA na Câmara, enquanto a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, ocupará o mesmo cargo no Senado.
Lupion agradeceu o apoio unânime recebido de seus pares. “Que os próximos anos sejam de muito trabalho, dedicação e que consigamos entregar ainda mais para o setor agropecuário”, afirmou.
Outros líderes da FPA também destacaram a relevância da recondução de Lupion. “Essa continuidade fortalece ainda mais os trabalhos do setor no Congresso”, disse o deputado Arnaldo Jardim. Já o deputado Alceu Moreira (MDB-RS) ressaltou o impacto positivo do agro na economia. “Se tem uma mesa cheia, seja no interior ou na cidade grande, tem uma parte do nosso trabalho ali”, afirmou.
A FPA segue como um “guarda-chuva” para as demandas do agronegócio, reforçando seu papel em momentos críticos, como na assistência às vítimas da recente tragédia no Rio Grande do Sul. “Aqui garantimos justiça e resultados para o setor que move o Brasil”, concluiu o deputado Afonso Hamm (PP-RS).
Com uma agenda ampla e ambiciosa, a Frente Parlamentar da Agropecuária inicia mais um biênio com a promessa de consolidar o Brasil como potência no cenário global.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Notícias
O Fogo de Chão é um restaurante de renome internacional que permite que seus clientes descubram uma novidade a cada instante
Fotos: Assessoria
Com o auxílio e consultoria da ONG Fórum Animal, o Fogo de Chão torna pública a conclusão da transição de 100% do uso de ovos para ovos provenientes de aves criadas soltas no campo. A instituição (Fórum Animal) desempenhou o papel fundamental de aceleração e orientação para um processo consciente de transição de uso de ovos, em benefício do bem-estar animal.
A fornecedora escolhida pelo Fogo de Chão para a migração é a Label Rouge, referência na produção de ovos caipiras de verdade. Fundada há mais de 30 anos, a Label Rouge mantém sua essência com o sistema de produção baseada no conceito de “Galinha Feliz”, em que as aves têm total liberdade de expressar seus instintos naturais, sendo alimentadas com uma ração 100% vegetal, composta de milho, soja e trigo.
Essa parceria representa uma oportunidade de oferecer o que há de melhor em ovos caipiras, agregando um diferencial de confiança e procedência atendendo as demandas dos consumidores Fogo de Chão, respeitando os valores de sustentabilidade e bem-estar animal.
Sobre o Fogo de Chão
O Fogo de Chão é um restaurante de renome internacional que permite que seus clientes descubram uma novidade a cada instante. Fundada no sul do Brasil, transformou a tradicional arte secular de preparo do churrasco em um descobrimento de experiência gastronômica cultural.
As unidades oferecem cardápios diferenciados para todas as horas do dia, incluindo almoço, jantar e eventos para grupos sociais ou corporativos, além do serviço completo de catering e opções para levar e entregar. Atualmente a rede de restaurantes possui mais de 80 lojas em todo o mundo, incluindo países como o Brasil, Estados Unidos, México e Oriente Médio.
Sobre a Label Rouge
Inspirados pelo compromisso com a qualidade e o bem-estar das aves, Cláudio Rodrigues e Gislaine Amanhe, fundadores da Label Rouge, localizada em Porto Feliz, interior de São Paulo, empreenderam uma jornada de aprendizado e inovação que os levou à França. Lá, conheceram de perto o sistema de produção que viria a definir os padrões da empresa até os dias de hoje. No sistema adotado as aves são criadas soltas ao verde do campo,, ciscam, tomam banho de sol, descansam à sombra e podem reproduzir seus comportamentos e instintos naturais, o que afasta o estresse e se reflete em uma maior qualidade na produção dos ovos caipiras.
Leticia Avelar
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Notícias
Javalis podem impactar a economia, o meio ambiente e a saúde, dizem especialistas
Fotos: Assessoria
Eles podem até ser confundidos com porcos, mas a presença dos javalis coloca em risco a economia nacional e a saúde da população. Numa nova edição do Fórum de Sustentabilidade da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), especialistas da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) e do Ibama apresentaram os desafios para se identificar as áreas onde os animais podem ser encontrados e a melhor forma para sua erradicação, uma vez que o javali é uma das piores espécies invasoras do mundo.
Para o presidente da Faesp, Tirso Meirelles, essas palestras servem não apenas para tirar dúvidas dos produtores, mas também para a construção de políticas que envolvam todos os órgãos envolvidos no controle dos animais. Introduzidos no Brasil no início do século 20, os animais tornaram-se uma praga e desde 1998 já há legislação apontando os riscos e as formas de manejo e combate aos javalis, que destroem plantações e podem colocar em risco a sanidade dos rebanhos.
“É muito importante juntarmos especialistas para discutir esses temas, até para a construção de alternativas e a contribuição para políticas mais efetivas. É vital que haja um combate efetivo desses animais, que colocam em risco a suinocultura brasileira, já que o país é o quinto maior exportador de carne do porco no mundo”, explicou Tirso Meirelles. “Precisamos unir todas as iniciativas para eliminar o risco da proliferação dos javalis em nosso território.”
A assessora técnica da CNA, Cláudia Mendes, lembrou que é necessário que os produtores façam registro de seus danos, a fim de pressionar por políticas mais efetivas no combate aos animais. Já o gerente do Programa de Sanidade Suídea, da SAA, Arthur Felício, focou na questão sanitária, ilustrando que, com sua associação com morcegos hematófagos, os javalis podem levar um rastro de contaminação aos rebanhos, além de transmitir doenças aos humanos, inclusive pelo consumo “in natura” da carne destes animais abatidos.
“O Ibama tem um manual de boas práticas que mostram diversos modos de controle de animais exóticos. A importação dos javalis foi um projeto que não deu certo e hoje estamos trabalhando para mitigar possíveis impactos econômicos e sanitários. Estamos preparando uma plataforma que poderá mostrar a movimentação dos animais pelo país e ajudar na solução desse problema”, frisou Bruno Jackson, chefe do Serviço de Espécies Exóticas e Exóticas Invasoras de Fauna, apontando que cerca de 60% dos animais abatidos são adultos e, em sua maioria, machos.
A questão do investimento em pesquisas para monitorar os animais foi levantada pelo coordenador do Departamento de Sustentabilidade da Faesp, José Luiz Fontes, pela bióloga Cris Murgel e pelo diretor do Departamento Econômico, Cláudio Brisolara. É fundamental que se combata o “achismo”, já que os riscos aos produtores rurais são palpáveis. Fontes ficou preocupado com os dados apresentados por Jackson em sua apresentação, reforçando a ideia de que faltam políticas públicas consistentes que tenham por objetivo a erradicação da espécie comprovadamente invasora
“É preocupante ver que o maior número de abates é de machos adultos, quando o foco deveria estar nas fêmeas e nos animais mais jovens. Enquanto não for desenvolvida uma política efetiva de erradicação estaremos em risco”, concluiu Fontes.
Mario Teixeira
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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