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Solução inovadora para elevar produtividade em lavouras de soja é apresentada em Porto Alegre
Foto: Lumiere Produções/Divulgação
A agritech Elicit Plant, empresa que fornece soluções com resultados científicos comprovados para uma agricultura adaptável às mudanças climáticas, realizou em Porto Alegre (RS), nesta quarta-feira, 11 de setembro, um evento para discutir os desafios impostos pelo impacto das mudanças climáticas na agricultura e examinar as soluções. Participaram do encontro como palestrantes o economista Antônio da Luz, a diretora da MetSul Meteorologia, Estael Sias, e a CEO da Plant Colab, Mayra Juline Gonçalves.
No programa “Elicit Talks”, a empresa também apresentou a jornalistas convidados a sua mais nova solução focada no combate ao estresse hídrico em culturas de soja. O EliZon é um novo produto dedicado às plantas de soja e fruto de três anos de pesquisas. Ao se concentrar no desenvolvimento de inovações baseadas em soluções sustentáveis, a Elicit Plant está mais uma vez oferecendo uma nova tecnologia adaptada à agricultura em larga escala, proporcionando rendimentos significativos de culturas extensivas de soja em um cenário crítico de mudanças climáticas.
Na abertura, o Country Head da Elicit Brasil, Felipe Sulzbach, saudou os presentes ressaltando o prazer de mais uma vez discutir as inovações na agricultura, principalmente em função de situações adversas de clima nos últimos anos. “Neste sentido, a Elicit, empresa fundada em 2017, na França, trabalha na inovação através de uma tecnologia baseada em aumentar a resistência das plantas frente a estresses de clima”, destacou. Sulzbach lembrou da relevância disso ao referir que os preços dos insumos, dos custos de produção e os eventos climáticos extremos têm sido as principais preocupações dos produtores.
O economista Antônio da Luz, referiu que o momento é de preços baixos das commodities no mercado mundial, sobretudo junto a grandes mercados como China e Estados Unidos. “Então, em um período em há uma tendência de ter um cenário macroeconômico e também de preços de commodities mais desafiador, é importante olharmos para a eficiência do nosso negócio, revisitar as nossas escolhas, ver o que faz sentido, ver o que efetivamente dá retorno”, orientou.
A diretora da MetSul Meteorologia, Estael Sias, observou o quanto os extremos climáticos têm se tornado cada vez mais comuns e com grande impacto no setor. “Nós vivemos uma situação muito severa. As regiões Centro e Sudeste do país, nesse momento, passam por uma escassez de chuva que vai ter impacto inclusive nos custos de produção, e essas novas tecnologias serão fundamentais no sentido de tornar os grãos mais resistentes a fatores climáticos”, concluiu. Estael enfatizou, ainda, que a área de Meteorologia tem desenvolvido tecnologias para conseguir prever com mais eficiência as variações climáticas. “Antes, nós olhávamos para modelos matemáticos e nem desconfiava. A gente dizia, não, isso aqui é muito extremo, não vai acontecer. Hoje, quando aparece um evento extremo nos modelos que a gente utiliza, as ferramentas que usamos para a previsão do tempo, olhamos com desconfiança”, comparou.
O gerente de Marketing da Elicit Plant, Murilo Monteiro de Moraes, enfatizou que a agricultura é uma prática milenar e ao longo dos anos vem trabalhando para ganhar cada vez mais eficiência. “Então, acho que eficiência foi a palavra-chave aqui que a gente falou e cada vez mais esses desafios vêm aumentando. Gostaria de chamar a atenção, principalmente, para os desafios climáticos que citados aqui também”, destacou. Moraes salientou que a tecnologia que está sendo lançada, o EliZon, aumenta a eficiência do uso da água da planta, tornando-a mais resiliente para encarar essas diversidades e entregar mais produtividade.
A CEO da Plant Colab, Mayra Juline Gonçalves, destacou que o produtor atualmente precisa pensar menos em expansão e mais na produção do que ele já tem. “E aí, a gente coloca um cenário das condições climáticas, que todo ano, por mais que exista um movimento dizendo que isso não existe, a gente sente na pele que o clima vem mudando ano a ano. Isso a gente não muda, a gente não controla”, ressaltou. Neste sentido, Mayra destacou a necessidade do uso correto de ferramentas que possam dar poder de escolha, seja o químico que vai ser usado para cada situação, seja o inseticida ou fungicida. ”Então você vai ter a tua safra, a tua escolha, a tua semente e as tuas aplicações. E você terá uma tecnologia que após o diagnóstico meteorológico, dentro das condições, poderá fazer o uso dela, aplicando-a no campo e colhendo esses resultados na área que você já tem, sem precisar fazer o aumento”, complementou.
O gerente de Desenvolvimento de Negócios da Elicit Plant, Karol Czelusniak, falou sobre o lançamento do EliZon e a necessidade de popularizar uma tecnologia totalmente nova. ”Você traz uma tecnologia que ninguém conhece e que precisa ser validada. Então o que a gente fez nessas últimas três safras? Levamos para as pessoas a profundidade com que tentamos explorar o produto. A gente não foi lá e testou um ano apenas. Testamos o produto mais de uma vez com o intuito de validá-lo com toda a segurança”, ressaltou.
Texto: Ieda Risco e Artur Chagas/AgroEffective
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Veja onde a chuva deve beneficiar o plantio de soja
A previsão de chuvas para o Rio Grande do Sul nos próximos dias é uma boa notícia para os produtores da soja do estado, que enfrentavam a falta de precipitações. A chegada das precipitações deverá ajudar a melhorar a umidade do solo, que estava abaixo do ideal, o que favorecerá o crescimento das lavouras.
Além do Rio Grande do Sul, estados como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul também devem receber bons volumes de chuva, com possibilidade de superar 100 mm em cinco dias. No entanto, apesar dos benefícios para a umidade do solo, as chuvas intensas podem dificultar o trabalho no campo.
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Plantio da soja avança em Santa Maria
Segundo a Safras & Mercado, na região de Santa Maria (RS), o plantio da soja está em fase inicial, com mais de 60% da área já semeada, conforme dados da Emater/RS. A área total destinada ao cultivo de soja na região é de 1,063 milhão de hectares, com o restante da semeadura programada para as próximas semanas. Até o momento, não há registro de infestação de pragas ou doenças nas plantações de soja. No entanto, alguns municípios, como Capão do Cipó e Tupanciretã, ainda enfrentam dificuldades devido a uma leve estiagem, o que tem retardado o andamento das atividades agrícolas nessas regiões.
Desafios após as enchentes
As enchentes que afetaram o estado em maio deste ano deixaram marcas nas áreas agrícolas, principalmente nas regiões de coxilha e várzea. Nos campos de coxilha, o impacto mais visível foi a erosão do solo, com a formação de valetas e voçorocas, que exigiram o uso de maquinário para restaurar as condições adequadas para o plantio.
Nas lavouras de várzea, os danos foram mais severos. Áreas afetadas por inundação receberam uma camada de lodo e matéria orgânica, que pode ser corrigida com uma ou duas gradagens. Já em outras áreas, os rios e arroios formaram depressões no terreno, dificultando a recuperação, especialmente nas regiões mais próximas aos corpos d’água. Embora algumas dessas áreas não sejam recuperáveis, muitas foram restauradas, permitindo o retorno do cultivo, principalmente o arroz.
Além disso, áreas aterradas pelo transporte de materiais, como areia, pedras e galhos, exigiram grandes esforços dos agricultores para restabelecer as condições produtivas. A recuperação dessas áreas aumentou o custo de produção, uma vez que a fertilidade do solo foi reduzida.
Serão necessários investimentos elevados em correção de acidez e aplicação de adubos para restaurar a produtividade das lavouras. Esse processo de recuperação pode levar mais de uma ou duas safras, até que as áreas atingidas pelas enchentes retomem um nível de produção similar ao período anterior às cheias.
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Cuidado com o calor: manejo avícola na primavera
Durante o alojamento, é crucial controlar as temperaturas da cama e do ambiente – Foto: Divulgação
A primavera traz temperaturas mais altas, um desafio para avicultores. O calor intenso, aliado à baixa umidade, afeta a produtividade das aves, alerta Guilherme Pimenta, analista técnico da MCassab Nutrição e Saúde Animal. Para minimizar os impactos, ajustes no manejo e foco na saúde e eficiência da granja são indispensáveis.
O manejo pré-alojamento é essencial. Limpeza, desinfecção e manutenção preventiva dos aviários, além de um pinteiro bem dimensionado, garantem conforto às aves e reduzem a competição por recursos. O transporte também exige atenção: caminhões equipados e equipes ágeis minimizam o estresse térmico no alojamento.
Durante o alojamento, é crucial controlar as temperaturas da cama e do ambiente, oferecer ar de qualidade e garantir acesso fácil à água e ração balanceada. Essas ações preservam o desempenho produtivo das aves.
A nutrição adequada é outra estratégia para mitigar o estresse térmico. Ajustes na dieta, com fontes energéticas mais leves, suplementação de vitaminas, probióticos e o uso de óleos essenciais, ajudam a manter o conforto térmico e a saúde das aves, promovendo frescor e melhor função respiratória. Essas práticas tornam a produção mais eficiente, mesmo sob altas temperaturas.
“A adequação das fontes energéticas e ácidos graxos nas dietas ajuda a compensar a baixa ingestão de outros nutrientes, decorrentes da alteração da fisiologia do apetite. Além disso, a menor produção de calor durante a digestão de gorduras, quando comparado às proteínas, contribui para o conforto térmico das aves. A suplementação de vitaminas, minerais, aminoácidos e probióticos em água ou via ração também são boas alternativas para minimizar os impactos do estresse térmico. Outra medida utilizada com sucesso é a administração de produtos à base de óleos essenciais, opção que promove sensação de frescor nas altas temperaturas e ainda melhora a função respiratória das aves”, conclui.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Restrições à pesca durante a piracema visam proteger espécies nativas
Reprodução
A piracema, fenômeno natural que marca a temporada de reprodução de várias espécies de peixes, exige atenção especial de pescadores e autoridades ambientais. A piracema ocorre em todo o território nacional, com variações no período de defeso dependendo das características climáticas e das bacias hidrográficas.
Em estados como Goiás e Tocantins, a restrição vai de novembro a fevereiro, enquanto no Rio Grande do Sul e Santa Catarina começa em outubro e se encerra em janeiro. Em Roraima, devido às peculiaridades da região amazônica, o defeso ocorre de março a junho.
Em Minas Gerais, o período de defeso começou agora em novembro e segue até fevereiro de 2025. Durante esses meses, a pesca de espécies nativas está proibida, com o objetivo de preservar a biodiversidade e garantir a sustentabilidade das bacias hidrográficas.
A proibição protege espécies como dourado, curimba, mandi e piapara, que dependem de condições específicas para a reprodução. Nesse período, pescadores comerciais e estabelecimentos que comercializam pescado devem declarar seus estoques por meio do site do Instituto Estadual de Florestas (IEF), um procedimento obrigatório para evitar irregularidades.
Leia Também: Exportação de carne bovina deve atingir 35% da produção até o fim do ano
Embora a pesca de espécies nativas seja restrita, é permitida a captura de espécies exóticas e alóctones, como tilápias, tucunarés e carpas, desde que respeitadas as regras de quantidade e equipamentos. Pescadores podem utilizar até cinco varas ou caniços e capturar até três quilos de peixe, além de um exemplar adicional. A licença de pesca, emitida pelas autoridades estaduais ou federais, é obrigatória.
Áreas sensíveis, como lagoas marginais e confluências de rios, têm a pesca totalmente proibida. Em Minas Gerais, locais específicos como trechos do rio Grande e do rio Tijuco, além de reservatórios como o de Nova Ponte, estão entre os protegidos. A legislação prevê multas que variam de R$ 1 mil a R$ 100 mil e até pena de detenção para quem descumprir as normas.
O termo piracema, de origem tupi, significa “subida do peixe” e descreve o esforço dos cardumes em nadar contra a correnteza em busca de locais adequados para desova. Algumas espécies percorrem milhares de quilômetros, enfrentando desafios como cachoeiras e barragens. Essa jornada é crucial para a reprodução e o equilíbrio ecológico das espécies.
Com as mudanças nos habitats e a pressão da pesca predatória, o período de defeso é essencial para a recuperação das populações de peixes e a manutenção dos ecossistemas aquáticos. O respeito às regras da piracema, além de ser uma exigência legal, é um compromisso com a preservação ambiental e o futuro da pesca no Brasil.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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