Agronegócio
FGVAgro: agroindústria brasileira cresce 1,6% em setembro de 2024, impulsionada por não-alimentícios

Assesoria
A agroindústria brasileira registrou um crescimento de 1,6% no volume de produção em setembro de 2024, na comparação com o mesmo mês de 2023, segundo dados do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV), o FGVAgro.
O desempenho foi impulsionado exclusivamente pelo segmento de Produtos Não-Alimentícios, que apresentou alta de 4,5% no período. Já o segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas registrou queda de 0,7%, refletindo uma redução na produção de alimentos de origem vegetal.
As projeções para o último trimestre do ano são otimistas. O FGVAgro estima um crescimento de 3,1% no período em relação ao ano anterior, o que pode levar a um avanço acumulado de 2,7% em 2024. Caso a previsão se confirme, os dois segmentos devem contribuir para o resultado positivo: Produtos Alimentícios e Bebidas com alta de 2,9%, enquanto Produtos Não-Alimentícios devem crescer 2,5%.
Apesar das expectativas otimistas, o estudo aponta a taxa de câmbio como um fator de incerteza devido à sua volatilidade. Isso pode levar a revisões na projeção final de crescimento, que pode variar entre 2,5% e 2,7%. Ainda assim, o desempenho projetado destaca o papel estratégico da agroindústria na economia brasileira, mesmo em um cenário de desafios econômicos globais.
O setor segue demonstrando resiliência e diversificação. A força do segmento de Produtos Não-Alimentícios, aliada à recuperação esperada em Produtos Alimentícios e Bebidas, reforça a importância da agroindústria para o desenvolvimento econômico do país.
SETOR – Os produtos não-alimentícios são aqueles provenientes do setor agrícola, mas que não têm como destino o consumo humano ou animal direto. Alguns exemplos de produtos não-alimentícios do agronegócio que se encaixariam na análise da FGVAgro incluem:
Fibras têxteis: Como o couro e as fibras naturais (algodão, juta, sisal), utilizadas na indústria têxtil, de vestuário e na produção de móveis.
Biocombustíveis: Etanol e biodiesel produzidos a partir de cana-de-açúcar, soja e outras matérias-primas agrícolas. Esses produtos são essenciais para o setor de energia, mas não são consumidos diretamente como alimentos.
Produtos florestais: Como a celulose e o papel que são fabricados a partir de madeira, bem como outros produtos de madeira, como móveis e madeira serrada, que são consumidos no setor da construção civil e outros setores industriais.
Plástico biodegradável: Produzido a partir do amido de milho ou da cana-de-açúcar, utilizado em embalagens e outros produtos plásticos. Embora derivado de matéria-prima agrícola, não é um produto alimentar.
Óleos essenciais: Extraídos de plantas, como o óleo de lavanda e o óleo de eucalipto, usados principalmente em cosméticos, perfumes e outros produtos industriais.
Produtos químicos: Como biopesticidas e fertilizantes orgânicos, que são utilizados em diversas indústrias, mas não têm como objetivo o consumo direto como alimento.
O FGVAgro é especializado em pesquisas e análises do setor agroindustrial. O centro é reconhecido por produzir estudos detalhados sobre a produção agrícola, a dinâmica do mercado, a sustentabilidade e as políticas públicas voltadas ao agronegócio.
As pesquisas do FGVAgro são uma importante referência para produtores, empresários, investidores e gestores públicos, oferecendo dados estratégicos e insights para tomada de decisões no setor. Além disso, o centro acompanha as tendências econômicas e as oscilações do mercado global, contribuindo para o desenvolvimento e fortalecimento do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Colheita do pêssego avança no Rio Grande do Sul

Foto: Pixabay
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (30), a colheita do pêssego segue em diferentes estágios no Rio Grande do Sul, variando conforme as regiões produtoras e as variedades cultivadas.
Na regional de Caxias do Sul, estão em colheita as variedades BRS Kampai, Charme, Chimarrita e PS 25399. Os frutos apresentam “calibre e coloração regulares, influenciados pela baixa insolação registrada no período”, informou a Emater/RS-Ascar. A maior parte da produção está sendo armazenada em packing houses e comercializada nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) do Estado e em mercados regionais. Pequenos volumes seguem para outros estados. O preço médio nas feiras do produtor varia entre R$ 7,00 e R$ 10,00/kg, sem registro expressivo de pragas ou doenças nos pomares.
Na regional de Passo Fundo, as variedades tardias estão em fase final de formação dos frutos, enquanto as precoces iniciam a maturação. Os produtores mantêm os tratamentos preventivos para garantir a sanidade das plantas e a qualidade da produção.
Em Pelotas, os frutos estão em desenvolvimento e os pomares apresentam boas condições sanitárias. Os agricultores seguem realizando tratamentos contra doenças, principalmente podridão-parda. Os preços definidos para a indústria de conservas ficaram abaixo do esperado: R$ 2,10/kg para o tipo I e R$ 1,85/kg para o tipo II.
Nas regionais de Bagé e Santa Maria, a colheita das variedades precoces teve início. Segundo o informativo, “a produtividade e a qualidade estão excelentes em função das condições meteorológicas durante o ciclo e dos tratamentos de inverno, aliados ao controle eficiente de mosca-das-frutas”.
Na região de Santa Rosa, as lavouras estão na fase de frutificação, e o raleio foi concluído. A colheita das variedades precoces, destinadas ao consumo in natura e à produção de doces e geleias, já começou, com preços entre R$ 4,00 e R$ 5,00/kg.
Em Soledade, as variedades precoces Marli e Premier estão em colheita. Há ocorrência de podridão-parda, exigindo manejo fitossanitário adicional. As variedades medianas e tardias seguem em formação de frutos, com raleio e poda verde realizados. Foram observados casos de broca-dos-ponteiros (Grapholita modesta), demandando controle em áreas com maior incidência.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Preço do leite tem nova queda e preocupa setor

Foto: Divulgação
O valor de referência do leite projetado para outubro de 2025 no Rio Grande do Sul é de R$ 2,2163 por litro, conforme divulgado em reunião do Conseleite/RS, realizada na sede da Farsul no dia 28 de outubro. O dado representa uma redução de 4,26% em relação ao valor projetado de setembro. Segundo informações da Farsul, o consolidado de setembro fechou com o litro a R$ 2,3235, o que corresponde a uma queda de 2,62% frente ao indexador de agosto, de R$ 2,3861.
Durante o encontro, produtores e representantes da indústria debateram os desafios enfrentados pelo setor. As principais preocupações giram em torno do desequilíbrio da balança comercial de lácteos no Brasil, que segue sendo impactada pela entrada de produtos importados e pela dificuldade em ampliar as exportações. “É um assunto que preocupa e precisamos nos unir para buscar alternativas. A relação entre compras e vendas internacionais de produtos lácteos é o caminho da estabilidade interna que a cadeia leiteira tanto espera”, afirmou o coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, em declaração reproduzida pela Farsul.
O coordenador adjunto do Conseleite/RS e da Comissão do Leite e Derivados da Farsul, Allan Tormen, destacou a apreensão dos produtores diante da queda de preços no Leite UHT e no queijo muçarela, produtos que concentram parte relevante da produção estadual. De acordo com Tormen, o Leite UHT registrou uma redução de 8,29% em relação ao mês anterior. “Isso tem deixado a gente bastante preocupado. A situação é conjuntural e estrutural. Hoje temos uma oferta, no estado e no Brasil, mais alta”, explicou.
Tormen, que também preside o Sindicato Rural de Erechim, atribuiu o movimento de queda a dois fatores principais: o aumento sazonal da produção e a entrada de produtos importados do Mercosul. “Como entendemos que o mercado é soberano, com a questão da oferta e demanda há esse movimento de pressão dos preços para baixo”, salientou o dirigente. Ainda segundo ele, a Farsul e a CNA solicitaram ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio agilidade na análise do pedido de antidumping, apresentado pelo setor.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Brasil lidera exportações de carne bovina em setembro

O país mantém uma tarifa total de 76,4% sobre o produto – Foto: Pixabay
O Brasil consolidou sua posição como maior exportador mundial de carne bovina ao fechar setembro de 2025 com 314,7 mil toneladas de carne in natura embarcadas, um aumento de 25,1% em relação a agosto, segundo dados da Secex. O preço médio por tonelada alcançou cerca de US$ 5.600 no acumulado do ano. O avanço é resultado da estabilidade do mercado interno e da ampliação de destinos comerciais, incluindo novos acordos com países vizinhos como o Paraguai.
O país mantém uma tarifa total de 76,4% sobre o produto, somando a nova sobretaxa de 50% às tarifas já existentes de 26,4% nas relações comerciais com os Estados Unidos. Para Luiz Almeida, diretor de Agronegócio da EEmovel Agro, o desempenho reforça a força da pecuária nacional e o protagonismo de Mato Grosso nesse cenário. O estado lidera a produção e exportação de carne bovina, com um rebanho de 32,8 milhões de cabeças, segundo o IBGE, superando amplamente São Paulo, Maranhão e Paraná.
O avanço das exportações reflete também a crescente competitividade do Brasil no comércio internacional. Além da força de Mato Grosso, o consolidado de cinco estados emergentes na pecuária reforça a diversificação da produção e a resiliência do setor. A combinação de gestão eficiente, tecnologia e investimentos estruturais tem sido determinante para manter o país em destaque entre os maiores fornecedores globais.
“O Mato Grosso lidera o ranking nacional de produção e exportação de carne bovina, e a consolidação do estado nesse mercado mostra como investimento em gestão, tecnologia e estrutura produtiva faz diferença para o setor”, afirma.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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