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SOJA

Desafios e mudanças no financiamento da safra de soja em Mato Grosso para 2024/25

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Foto: Aprosoja

 

O custo de produção da soja em Mato Grosso registrou aumento de 0,46% entre as safras 2023/24 e 2024/25, mesmo com uma redução de 3,75% nos custos por hectare, atribuída à queda nos preços de insumos como defensivos (-10,90%) e fertilizantes (-4,71%). Por outro lado, os custos com serviços e mão de obra aumentaram 18,18%. Essa oscilação ocorre em um contexto de expansão da área plantada em 3,60%, totalizando 12,66 milhões de hectares, conforme o Imea e Senar/MT.

O financiamento da safra, estimado em R$ 50,27 bilhões, passou por mudanças estruturais em suas fontes de recursos. A participação dos recursos próprios dos produtores caiu significativamente, refletindo os desafios impostos por preços mais baixos da oleaginosa e maior instabilidade no mercado. O sistema financeiro, por sua vez, ampliou sua contribuição, respondendo por 30,50% do funding, devido à inclusão de linhas de crédito próprias dos bancos e maior adesão ao Plano Safra.

A retração nas negociações a prazo por multinacionais e revendas, causada pela maior rigidez nos critérios de crédito e menores margens de negociação, também impulsionou a busca por ferramentas alternativas como o barter, termo de operação de troca de produto por insumos, realizada entre o produtor rural e o fornecedor. Essas mudanças destacam a crescente importância do crédito externo para o custeio da produção.

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Perspectivas e desafios

A safra 2024/25 ocorre em um cenário de preços internacionais pressionados e custos financeiros mais elevados, exigindo dos produtores maior rigor na gestão de custos e planejamento financeiro. A expectativa de redução nos custos para a safra 2025/26, com destaque para a queda de 20,05% nos custos de sementes, pode trazer alívio, mas fatores como incertezas climáticas e oscilações no mercado cambial continuam a desafiar a sustentabilidade financeira dos produtores.

A crescente dependência de crédito externo reforça a necessidade de políticas públicas eficientes e a adaptação às condições de mercado. No curto prazo, escolhas estratégicas em financiamento e comercialização serão essenciais para garantir a rentabilidade e a competitividade do setor.

Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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SOJA

Cresce pesquisa de problemas na soja nesta safra de 2024/25

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Clima aumenta a pressão de pragas e dificulta o combate – Foto: Instituto Internacional de Agricultura Tropical

 

 

Nos últimos 30 dias, as chuvas vêm ocorrendo com regularidade e frequência nas principais regiões produtoras do brasil. Nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais praticamente todas as áreas fecharam o mês de dezembro com chuvas muito acima da média.

Além desses estados, áreas de Mato Grosso, Goiás, Pará, Amazonas, também estão com excedente de chuvas neste verão.

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Mapa de anomalia de precipitação – diferença entre o quanto choveu e o que seria esperado para o mesmo período. Fonte: Agrotempo.

De fato, uma condição mais úmida é muito mais propícia para as lavouras do que o oposto.

Porém com as chuvas mais recorrentes, os tratamentos fitossanitários vem sendo limitados.
Alguns produtores relatam que chove desde início de dezembro,  o período mais úmido e com grande presença de nebulosidade, vem limitando a oferta de radiação solar, ou seja, vem faltando luminosidade para as plantas, limitando o desenvolvimento das lavouras. Contudo, ainda não é notado algum prejuízo significativo.

A região de Rondonópolis (MT), apresenta dificuldades na pulverização contra pragas, mesmo com o uso de aviões.

Aumento na procura da Bula

De acordo com os dados preliminares da plataforma agrolinkfito, o número de consultas para ferrugem asiática (Phakopsora Pachyrhizi) em dezembro de 2024 foi 3,48x maior do que os registros de dezembro de 2021 e 9,95x superior às pesquisas realizadas no mesmo período de 2023.

Embora a consulta às bulas possa não refletir integralmente a realidade do campo, elas podem servir como referência na correlação entre o clima e a pressão das pragas nas lavouras.

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Número de consultas realizadas no AgrolinkFito, por município para o problema da ferrugem asiática na soja. Fonte: Agrolink.

Esse aumento no número de pesquisas também é observado em outros problemas da soja, como por exemplo o aumento de pesquisas em relação à lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda), cujo a procura da bula aumentou em 7,64x em relação ao mesmo período de 2023.

A ocorrência de ambos os problemas vêm sendo intensificadas pelo clima. E em contrapartida, o combate desses patógenos, vem sendo dificultado pelo clima mais úmido.  Diante deste cenário, as perspectivas otimistas para uma safra recorde podem não ser atingidas.

AGROLINK – Gabriel Rodrigues

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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SOJA

Soja livre de desmatamento chega na China

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Esse padrão exige práticas agrícolas sustentáveis – Foto: Ivan Bueno/APPA

 

A COFCO International concluiu a venda de uma segunda remessa de soja livre de desmatamento e conversão para a COFCO Oils & Oilseeds na China. Esse comércio segue o primeiro acordo firmado no início do ano, como parte da Força-Tarefa da Cadeia de Valor Verde, promovida pela Aliança das Florestas Tropicais do Fórum Econômico Mundial. A soja foi produzida em plantações de açúcar no estado de São Paulo, Brasil, adotando a rotação de culturas, uma prática de agricultura regenerativa que melhora a saúde do solo e aumenta a produtividade, além de reduzir as emissões ao minimizar o uso de fertilizantes sintéticos.

Além de ser livre de desmatamento e conversão até 31 de dezembro de 2020, a soja foi submetida a auditorias independentes para garantir conformidade com o Padrão Internacional de Agricultura Responsável da COFCO. Esse padrão exige práticas agrícolas sustentáveis, como a gestão da água, a conservação da biodiversidade e a implementação de condições de trabalho éticas. A transação foi realizada por meio de um sistema de comércio de balanço de massa, e a empresa também concluiu embarques piloto de produtos de soja do Brasil e da Argentina, se preparando para o cumprimento do Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR), que exigirá um sistema de comércio segregado.

A COFCO International reafirma seu compromisso de eliminar o desmatamento em suas cadeias de fornecimento de soja, milho e palma até 2025. Esse compromisso está alinhado a uma estratégia de redução de emissões, que inclui a adoção crescente de práticas agrícolas regenerativas e melhorias na eficiência operacional de sua frota marítima, em conformidade com as metas do SBTi de 1,5 °C.

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Leonardo Gottems / Agrolink

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Com surgimento de primeiros casos, ferrugem asiática exige atenção redobrada dos produtores de soja

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Reprodução

 

Com grande parte das lavouras de soja no Brasil já em fase de desenvolvimento vegetativo ou avançado, dependendo da região, o manejo fitossanitário assume um papel ainda mais crucial. Entre as doenças que mais ameaçam a cultura está a ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, caracterizada por sua alta agressividade e capacidade de ocorrer em diferentes estádios do ciclo da soja.

De acordo com o Consórcio Antiferrugem, até o momento foram confirmados 19 casos de ferrugem asiática em lavouras comerciais, com 14 registros no Paraná, quatro em São Paulo e um em Minas Gerais. A maior parte dos casos foi detectada em soja no estádio R5, fase de enchimento de grãos, considerada altamente sensível a estresses bióticos e abióticos. Além disso, há relatos de presença de esporos do fungo em áreas agrícolas próximas, reforçando a necessidade de intensificar o monitoramento e adotar práticas de controle em regiões vulneráveis.

O manejo eficiente da ferrugem asiática começa com ações preventivas, como a aplicação de fungicidas no momento adequado, o uso de cultivares resistentes e o escalonamento do plantio para reduzir os riscos de infecção. Detectar precocemente a presença do fungo é essencial para evitar danos severos e preservar o potencial produtivo da cultura. Para garantir um controle eficaz, é indispensável que os produtores mantenham um acompanhamento constante das condições climáticas e da saúde das plantas, iniciando as intervenções fitossanitárias antes que a doença se manifeste.

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Ferrugem asiática

A ferrugem asiática pode afetar a produção em qualquer fase de desenvolvimento da cultura, com perdas que podem chegar a 90% nos casos mais severos. O impacto depende da intensidade da doença, do momento em que ela atinge a planta e da suscetibilidade da cultivar utilizada. Embora as condições climáticas atuais favoreçam o desenvolvimento das lavouras em boa parte do Brasil, a combinação de chuvas regulares com temperaturas amenas também cria um ambiente propício para a disseminação do fungo, o que exige maior monitoramento e controle preventivo.

Para que o fungo infecte a planta, é necessário um período mínimo de seis horas de molhamento foliar – presença de água livre nas folhas – sendo o risco máximo de infecção registrado entre 10 e 12 horas de umidade contínua. As temperaturas ideais para a infecção estão na faixa de 18°C a 26,5°C, conforme estudos recentes.

cenariomt

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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