Agricultura
Plantio de maçãs no sul de Minas surpreende com 30 toneladas na primeira safra

Foto: Emater MG
No sul de Minas, tradicionalmente reconhecido pela produção de café, uma nova cultura está despontando: a maçã. Geralmente cultivada em regiões mais frias, a fruta agora integra um projeto da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), que busca diversificar a produção agrícola e garantir renda adicional aos agricultores. A primeira safra do projeto foi concluída com sucesso, somando 30 toneladas de maçãs colhidas.
A iniciativa envolve municípios como Alfenas, Guaxupé, Monte Santo de Minas, Guaranésia e Areado, promovendo a compra conjunta de mudas e assistência técnica integral aos agricultores. Desde a escolha da área de plantio até o manejo das árvores, os produtores receberam suporte especializado.
Segundo Kleso Franco Júnior, coordenador técnico da Emater-MG, as variedades escolhidas – Eva e Princesa – foram desenvolvidas pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) devido à sua adaptabilidade ao clima do Sul de Minas, onde os invernos são menos rigorosos que nas regiões produtoras tradicionais do Sul do Brasil.
“A produção de maçã exige dedicação e acompanhamento técnico. No primeiro ano de colheita, algumas plantas chegaram a produzir 15 quilos de frutos por pé, o que é muito significativo para uma cultura ainda em fase de teste”, explicou Kleso Franco.
Ao todo, foram plantados 1,5 mil pés de maçã em uma área de dois hectares. As propriedades de Alfenas e Guaxupé, além de participarem do projeto, funcionam como Unidades Demonstrativas, recebendo visitas de outros agricultores interessados em aprender sobre a nova cultura.
A produção inicial abastece o mercado regional com frutas frescas e apresenta potencial para atender programas institucionais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que incentiva a agricultura familiar.
Diversificação e parcerias
A diversificação não parou na maçã. Agricultores participantes também apostaram em outras frutas de clima temperado. Em Guaranésia, o cafeicultor Luís Celso Pedroso plantou maçã, pêssego e uva em uma área de 0,5 hectare, buscando avaliar qual cultura melhor se adapta ao local.
“A área que tenho é pequena para o plantio de milho e soja, e muito sujeita a geadas, o que não favorece o café. Estou gostando da experiência com a maçã, mas ainda é um aprendizado”, afirmou Pedroso. Na primeira colheita, ele produziu 170 quilos de maçãs, vendidas a um feirante local. Com os resultados promissores, ele planeja ampliar o cultivo na próxima safra.
Em Areado, a parceria com a prefeitura garantiu mudas e insumos para 20 produtores em 2023. O sucesso inicial do projeto motivou a ampliação para 2025, beneficiando mais 20 agricultores e expandindo a área plantada. Além da maçã, o projeto incentiva o plantio de goiaba, maracujá, citros, banana e outras frutas.
Perspectivas
Os resultados iniciais mostram que o cultivo de maçãs pode ser uma alternativa viável no Sul de Minas, oferecendo maior rentabilidade aos pequenos produtores. “Além da venda da fruta in natura, já fomos procurados por agricultores interessados em processar as frutas diretamente nas propriedades, agregando valor ao produto final”, comentou o coordenador Kleso Franco.
Com apoio técnico, parcerias e diversificação, o projeto promete transformar o Sul de Minas em uma referência na produção de frutas de clima temperado, ampliando oportunidades para os agricultores da região.
Thiago Dantas
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Dia da cenoura reúne cadeia internacional

O país mantém superávit comercial na Italia – Foto: Pixabay
Durante a feira Macfrut 2025, em Rimini, a Cora Seeds promoveu o Carrot Day, evento técnico-científico que reuniu mais de 70 participantes da cadeia internacional da cenoura, com representantes da Itália, Espanha, Alemanha, Holanda e Norte da Europa. O encontro destacou o papel estratégico da genética no enfrentamento dos desafios agronômicos e de mercado, reforçando o protagonismo da Cora Seeds, que após adquirir o programa de melhoramento da KWS em 2023, figura entre os cinco maiores players globais na cultura da cenoura.
Segundo dados da ISMEA apresentados por Mario Schiano, o mercado europeu de cenoura é robusto, com produção média anual de 4,7 milhões de toneladas, quase totalmente absorvida pelo consumo interno. A Itália ocupa posição de destaque, com 11 mil hectares cultivados e uma produção superior a 500 milhões de quilos por ano. O país mantém superávit comercial de 90 milhões de euros, exportando principalmente para Alemanha, França e Polônia, com crescimento médio anual de 13% nas exportações na última década.
Durante o evento, o pesquisador da Cora Seeds, Jan De Visser, destacou o desenvolvimento de híbridos de alto desempenho voltados à agricultura com zero resíduos, adaptados às mudanças climáticas e às exigências regulatórias da União Europeia. A abordagem genética é central para garantir produtividade, sustentabilidade e atender às novas demandas do varejo.
Encerrando a programação, especialistas como Massimo Pavan e Rodolfo Occhipinti reforçaram a importância de uma abordagem integrada entre genética, técnicas de cultivo e sustentabilidade ambiental. Para a Cora Seeds, o Carrot Day consolidou seu compromisso com a inovação e com o fortalecimento de uma horticultura mais eficiente e competitiva.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Frente fria e grande amplitude térmica em duas regiões; confira a previsão

Dia marcado por diferença significativa entre mínimas e máximas, além de frente fria chegando ao Nordeste. Acompanhe a previsão para as cinco regiões do país:
Sul
Por conta da influência da alta pressão no oceano, continuará chovendo fraco nos litorais de Santa Catarina e Paraná, sem precipitações nas demais áreas da região Sul. O destaque será a amplitude térmica, principalmente nas cidades situadas mais no interior dos três estados por conta de ventos quentes e secos vindos da região central do Brasil. Porém, como as noites serão com tempo aberto, as temperaturas durante as madrugadas e manhãs serão baixas.
Sudeste
Todo o litoral do Espírito Santo, incluindo Vitória, terá chuva fraca, mas que se estende por todo o dia. Isso acontece pelos efeitos da alta pressão, estimulando umidade para a região que está com temperatura máxima em torno dos 24°C. Nas demais áreas do Sudeste, madrugadas e manhãs seguem com baixas temperaturas e um pouco de vento, fazendo com a sensação térmica seja baixa. Predomínio de sol entre nuvens, sem previsão de chuva.
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Centro-Oeste
Apesar de chuvas isoladas nos últimos dias, o tempo em todos os estados do Centro-Oeste volta a ficar estável e, com isso, a amplitude térmica se estende. Em Cuiabá, por exemplo, o dia começa com 22°C e a máxima chega aos 33°C (diferença de 11°C), com temperaturas acima da média para o período.
Nordeste
A frente fria alcança o estado da Bahia. Resultado: chuva forte durante todo o dia em Porto Seguro, com volumes de até 60 mm em pouco tempo, principalmente no período da tarde. As precipitações serão isoladas, rápidas e moderadas no interior baiano e no litoral de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Ainda chove em Salvador, porém, com menos intensidade e volume. Nas demais áreas da região, o tempo fica estável, com sol entre muitas nuvens e calor.
Norte
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e a disponibilidade de umidade já comum na Região Norte deixam o tempo instável, principalmente no norte do Amazonas e Pará, além do oeste de Roraima e leste do Amapá, onde os acumulados de chuva podem chegar aos 40 mm em um único dia. A chuva pode vir em forma de temporal.
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Agricultura
Soja: alta de Chicago e queda do dólar impactam preços no Brasil

O mercado brasileiro de soja seguiu sem grandes movimentos no dia. Chicago operou com bastante volatilidade e chegou a cair junto com o dólar, mas depois voltou.
O dia foi volátil e no Brasil as cotações ficaram mistas. “Nos negócios, a comercialização foi mais lenta, as tradings estiveram um tanto fora do mercado e a demanda agora está mais devagar também”, comenta o consultor de Safras & Mercado Rafael Silveira.
Preços médios da saca de soja
- Passo Fundo (RS): ficou estável em R$ 129
- Santa Rosa: se manteve em R$ 130
- Porto de Rio Grande: passou de R$ 134 para R$ 134,50
- Cascavel (PR): permaneceu em R$ 129
- Porto de Paranaguá (PR): seguiu em R$ 134
- Rondonópolis (MT): baixou de R$ 115 para R$ 114,50
- Dourados (MS): subiu de R$ 119,50 para R$ 120
- Rio Verde (GO): recuou de R$ 117 para R$ 116
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com leve alta para o grão, perdas para o farelo e ganhos consistentes para o óleo. A sessão foi bastante volátil.
O mercado iniciou o dia em baixa, pressionado por um movimento de realização de lucros, após os fortes ganhos de ontem (12). Este movimento ganhou força com o bom avanço do plantio nos Estados Unidos, em ritmo superior ao do ano passado e à média.
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Novidades sobre um possível aumento na demanda por óleo de soja, menor aversão ao risco com petróleo em alta e dólar em baixa – e os impacto ainda positivos do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) garantiram a recuperação.
Óleo de soja norte-americano
O destaque do dia foi a disparada do óleo de soja. O movimento refletiu a repercussão positiva da nova proposta legislativa apresentada por parlamentares republicanos nos Estados Unidos. O projeto prevê a extensão por quatro anos do crédito fiscal 45Z, mecanismo que incentiva a produção de biocombustíveis com base na intensidade de carbono (CI).
A nova redação propõe mudanças relevantes que favorecem diretamente o uso de óleo de soja como matéria-prima para biodiesel, incluindo: maior flexibilidade nos critérios de elegibilidade para os créditos, ao excluir as emissões por uso indireto da terra do cálculo de CI - medida que tende a aumentar a atratividade do óleo de soja e de canola como fontes de biodiesel. Além disso, traz restrições à origem das matérias-primas elegíveis, limitando os créditos apenas a produtos dos EUA, Canadá e México.
“Essa mudança pode reduzir a competitividade de insumos importados, como UCO (óleo usado de cozinha) da Ásia e sebo bovino da América do Sul, como Brasil e Argentina”, aponta o analista e consultor de Safras & Mercado, Gabriel Viana.
Relatório USDA
O relatório do USDA indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,340 bilhões de bushels em 2025/26, o equivalente a 118,11 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 52,5 bushels por acre. O mercado esperava uma produção de 4,325 bilhões ou 117,5 milhões.
Os estoques finais estão projetados em 295 milhões de bushels ou 8,03 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 351 milhões de bushels ou 9,55 milhões de toneladas.
O USDA, em seu primeiro relatório da nova temporada, está trabalhando com esmagamento de 2,490 bilhões de bushels e exportações de 1,815 bilhão.
O USDA projetou safra mundial de soja em 2025/26 de 426,82 milhões de toneladas. Para 2024/25, a previsão é de 420,87 milhões de toneladas. Os estoques finais para 2025/26 estão estimados em 124,33 milhões de toneladas, abaixo da previsão do mercado de 125,3 milhões de toneladas.
Os estoques da temporada 2024/25 estão estimados em 123,18 milhões de toneladas, contra expectativa de 122,6 milhões de toneladas.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 1,25 centavo de dólar ou 0,11% a US$ 10,72 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,59 1/2 por bushel, ganho de 2,00 centavos ou 0,18%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 4,80 ou 1,61% a US$ 293,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 51,48 centavos de dólar, com alta de 1,56 centavo ou 3,12%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 1,37%, sendo negociado a R$ 5,6066 para venda e a R$ 5,6046 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5948 e a máxima de R$ 5,6738.
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