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Agricultura

Projeção para a produção de grãos em São Paulo é de aumento de quase 20% em relação a 2023/2024

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Divulgação

 

O quarto levantamento da safra de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mantém as projeções anteriores para a produção no estado de São Paulo, estimada em 10,66 milhões de toneladas, um aumento de 19,5% em relação à safra 2023/24. Esse crescimento é impulsionado pela recuperação da produtividade e pela expansão na área plantada.

O levantamento marca o encerramento do acompanhamento da safra de inverno de 2024, consolidando dados de cevada, trigo e triticale. A produção de trigo na safra 2024 foi inferior à do ciclo anterior devido à queda na produtividade, enquanto a produção de triticale aumentou em comparação com o ano anterior.
As projeções para a soja permanecem estáveis, com estimativa de produção de 4,75 milhões de toneladas, um aumento significativo de 29,9% em relação à safra anterior. A área plantada deve crescer 3,9%, e a produtividade também deve aumentar, refletindo um ganho de 25%.

A primeira safra de milho no estado tem sido favorecida pelo clima. A produtividade deve aumentar 7,8%, alcançando 5.928 kg/ha, o que ajudará a compensar a redução na área plantada, resultando em produção estimada de 1,58 milhão de toneladas, volume praticamente estável na comparação com o consolidado na safra 2023/24.

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Quanto à segunda safra de milho, esta segue com previsão de aumento na produção (+18,6%) e na produtividade (+16,1%), no comparativo com a safra anterior. Assim, a produção total de milho no estado deverá somar 4 milhões de toneladas, crescendo 10,6% em relação à safra passada.

Para acessar o relatório completo, clique no link. Outras informações relevantes sobre o setor podem ser acessadas através do Painel de Dados da Faesp.

Mario Luiz Teixeira

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Cultivo de batata-doce e grão-de-bico no espaço?

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Foto: Blue Origin – Divulgação

 

O voo suborbital da Blue Origin, realizado em 14 de abril, contou com uma tripulação exclusivamente feminina e levou plantas de batata-doce das cultivares Beauregard e Covington, além de sementes do grão-de-bico BRS Aleppo, desenvolvido pela Embrapa.

Essas espécies são estudadas pela Rede Space Farming Brazil, uma parceria entre a Embrapa e a Agência Espacial Brasileira (AEB), para investigar a produção de alimentos em ambientes espaciais.

A inclusão de material brasileiro foi viabilizada pelo professor Rafael Loureiro, da Winston-Salem State University. Os experimentos serão conduzidos pela astronauta Aisha Bowe, ex-cientista da Nasa, em colaboração com a Odyssey. As espécies foram escolhidas por sua adaptabilidade, resiliência e benefícios nutricionais.

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A batata-doce se destaca como fonte de carboidratos e antioxidantes, enquanto o grão-de-bico é reconhecido pelo alto teor de proteínas e capacidade de adaptação.

Os pesquisadores esperam desenvolver plantas mais produtivas e adaptáveis às condições do espaço, utilizando técnicas como radiação gama para gerar variabilidade genética. Esses estudos também devem acelerar o melhoramento genético para agricultura na Terra, especialmente diante das mudanças climáticas.

A Rede Space Farming Brazil, formada por 56 pesquisadores de 22 instituições, busca soluções inovadoras para produção de alimentos em condições extremas.

O experimento com as sementes e mudas expostas à microgravidade durante o voo da Blue Origin visa contribuir tanto para a agricultura espacial quanto para avanços tecnológicos aplicáveis na agricultura terrestre. Além disso, espera-se que os chamados “spin-offs” gerem tecnologias modernas, como cultivares tolerantes à seca e sistemas de irrigação inteligente.

(Com Embrapa)

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Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Safra de cana recua no Centro-Sul

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Imagem: Feagro

Mesmo enfrentando uma queda acentuada na produtividade agrícola e na moagem de cana-de-açúcar, o setor sucroenergético do Centro-Sul do Brasil atingiu um marco histórico na safra 2024/2025: a maior produção de etanol já registrada, totalizando 34,9 bilhões de litros.

Esse resultado foi impulsionado por decisões estratégicas, como a maior destinação da cana para a produção de biocombustíveis e o crescimento significativo do etanol de milho, que alcançou o volume recorde de 8,19 bilhões de litros, representando quase um quarto de toda a produção de etanol na região.

A safra foi marcada por adversidades climáticas e operacionais, como a seca prolongada e os incêndios que afetaram as lavouras, especialmente em São Paulo, principal estado produtor da região, onde a produtividade agrícola caiu 14,3%. Além disso, o rendimento médio das lavouras recuou 10,7%, chegando a 77,8 toneladas por hectare.

Apesar desses desafios, as usinas demonstraram capacidade de adaptação ao ajustar o mix de produção e direcionar 51,95% da matéria-prima para a fabricação de etanol. Esse foco resultou em um crescimento de 10,2% na produção de etanol hidratado, que atingiu 22,5 bilhões de litros, enquanto o etanol anidro teve redução de 5,6%, totalizando 12,3 bilhões de litros.

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Outro fator positivo foi a qualidade da cana colhida, com o índice de ATR, que mede o açúcar recuperável por tonelada, registrando alta de 1,33% e atingindo 141,07 kg por tonelada. Isso demonstra que, mesmo diante das adversidades, as usinas conseguiram otimizar o rendimento da matéria-prima processada.

O avanço do etanol de milho foi um destaque da safra, com aumento de mais de 30% em relação ao ciclo anterior, consolidando sua importância na matriz de biocombustíveis brasileira. A produção crescente desse biocombustível reflete a expansão da cadeia do milho no Brasil central, evidenciando o potencial desse cereal como alternativa estratégica para o setor.

A capacidade de adaptação e inovação das usinas foi crucial para que o setor sucroenergético superasse as dificuldades e reforçasse sua posição como um pilar estratégico da agroenergia no Brasil. Apesar da redução na produção de açúcar, que totalizou 40,1 milhões de toneladas, o desempenho do etanol reafirma a relevância do setor para atender às demandas energéticas e ambientais do país.

(Com Feagro)

Fernanda Toigo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

 

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Agricultura

Estado tem a maior produtividade do milho da sua história

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usda-reduz-estimativa-da-safra-brasileira-de-milho-para-126-milhoes-de-toneladas

Safra de milho 2024/25 tem produtividade recorde e impulsiona maior cotação dos últimos dois anos.(Foto: Aires Mariga / Epagri)

 

A safra de milho verão 2024/25 em Santa Catarina está se consolidando como uma das mais produtivas da história. Mesmo com uma redução superior a 13% na área plantada, o estado registrou aumento de mais de 23% na produção em relação à safra anterior. O destaque é a produtividade, que teve um salto expressivo de mais de 40%, alcançando 9.717 kg por hectare — a maior já registrada no Estado. Os dados constam no Boletim Agropecuário do mês de abril, que está disponível no site do Observatório Agro Catarinense e do Infoagro.

Área plantada, produtividade média e quantidade de milho produzida na safra 2024/2025 em SC. (Fonte: InfoAgro)
Área plantada, produtividade média e quantidade de milho produzida na safra 2024/2025 em SC. (Fonte: InfoAgro)

Segundo Haroldo Tavares Elias, analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, os bons resultados são fruto da intensificação do uso de tecnologias no campo, do manejo qualificado e da menor incidência da cigarrinha-do-milho durante o ciclo da cultura. “O clima também foi determinante, principalmente a boa distribuição das chuvas e as temperaturas mais amenas à noite, que favorecem a fisiologia da planta”, explica.

Preço do milho sobe 2,74% e atinge R$ 71,15 por saca em SC

No mercado, os preços do milho registraram forte alta no primeiro trimestre de 2025. Em março, a cotação média estadual subiu 2,74% em relação a fevereiro, atingindo R$ 71,15 por saca — o maior valor dos últimos dois anos. Entretanto, no início de abril, os preços começaram a recuar, com a melhoria das condições climáticas favorecendo o desenvolvimento da segunda safra no país.

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Ainda assim, a combinação de bons preços e alta produtividade pode incentivar os produtores a retomarem parte da área de milho perdida nos últimos anos, quando a cultura vinha perdendo espaço principalmente para a soja. “Se os preços se mantiverem em patamares atrativos, há possibilidade de reversão dessa tendência de queda na área cultivada com milho”, avalia Haroldo.

Com esse resultado, Santa Catarina e Paraná se destacam nacionalmente com produtividades próximas a 10 toneladas por hectare, equiparando-se aos níveis dos Estados Unidos, referência mundial na cultura. O cenário continua sendo influenciado por estoques internos baixos, incertezas sobre a segunda safra e instabilidades no mercado internacional, fatores que devem manter a volatilidade nos preços ao longo dos próximos meses.

(Com Epagri)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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