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Meio Ambiente

Laboratórios monitoram qualidade do meio ambiente

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Foto: Patryck Madeira/SEDEST

 

O Instituto Água e Terra (IAT) possui uma estrutura robusta para coleta e análise de amostras coletadas em ações de monitoramento, fiscalização, acidentes ambientais e balneabilidade. Composto por três laboratórios, localizados em Curitiba, Londrina (região Norte) e Toledo (Oeste), o sistema faz análises regulares de amostras de água, solo, sedimentos e peixes para a identificação de contaminantes e poluentes. É um trabalho minucioso, que possibilita ao órgão ambiental tomar decisões em prol da proteção tanto da natureza quanto da população.

Os procedimentos são distribuídos entre as três unidades, sendo que a estrutura de Curitiba é a responsável por avaliar a maior diversidade de parâmetros. O laboratório da Capital conta com uma equipe de 25 pessoas, incluindo biólogos, químicos, técnicos de manejo e engenheiros químicos, enquanto os de Londrina e Toledo possuem oito funcionários cada um.

Em 2024, os laboratórios emitiram um total de 4.315 relatórios com base em 21.098 ensaios, um aumento de 12% se comparado aos índices do ano anterior, quando 3.826 relatórios foram emitidos com base em 18.231 ensaios.

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“Esses testes avaliam vários parâmetros, e grande parte é feita para fornecer subsídios para ações do Instituto. Eles incluem o monitoramento regular que fazemos dos rios do Estado, a fiscalização de pontos onde há despejo de efluentes e a balneabilidade que é feita durante o verão”, aponta a gerente técnica e de qualidade dos laboratórios de Curitiba, Londrina e Toledo, Loraine Lucca. “Além disso, auxiliamos nas ações de resposta a acidentes ambientais, ajudando a identificar se houve contaminação em um local onde ocorreu um vazamento de combustível, por exemplo”.

Os laboratórios do IAT recebem amostras de todo o Estado, coletadas não apenas pelas equipes do órgão ambiental, mas também por entidades conveniadas e pela população em geral, que podem contratar os serviços do laboratório. A requisição dos procedimentos é feita através do site do IAT.

“Para a população em geral é possível consultar no site os parâmetros disponíveis para análise, assim como o preço, que varia conforme o que é requisitado”, explica Loraine. “Depois que é feito o pagamento, nós orientamos como deve proceder a coleta e o envio da amostra. Por uma taxa extra, a nossa equipe também pode fazer a coleta, caso necessário”.

PROCEDIMENTOS – A unidade de Curitiba do IAT possui cinco laboratórios, enquanto as unidades de Londrina e Toledo possuem dois laboratórios cada uma, que avaliam aspectos diferentes das amostras. As três unidades regionais do IAT também contam com equipes de amostragem disponíveis para realização das coletas para análise.

O laboratório de microbiologia, disponível nas três unidades, é o responsável pelos procedimentos ligados à balneabilidade, monitoramento e atendimento à população. O setor realiza ensaios capazes de detectar a presença de Coliformes Totais e a bactéria Escherichia coli, que atuam como indicadores de contaminação do local onde a amostra foi coletada. Já o laboratório de Limnologia faz análises de outros indicadores de qualidade da água, como fitoplâncton, zooplâncton, microcistina, macroinvertebrados bentônicos e clorofila.

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O laboratório de ecotoxicologia, atuante nas análises de monitoramento, fiscalização e acidentes ambientais, utiliza o microcrustáceo de água doce Daphnia magna e a bactéria bioluminescente Vibrio fischeri para avaliar o teor de toxicidade de amostras de água.

“Os dois organismos são importantes indicadores de contaminação. No caso da Daphnia magna, nós conhecemos o comportamento da espécie e fazemos estudos para avaliar as taxas de mortalidade e mobilidade dos crustáceos para descobrir o nível de toxicidade da amostra de água. O mesmo vale para a Vibrio fischeri, que durante o estudo é exposta à amostra, e quanto maior for a toxicidade na água, maior o decréscimo na luminescência”, destaca Loraine.

Os outros dois laboratórios são capazes de avaliar uma grande gama de parâmetros dependendo do tipo de amostra. O laboratório Físico-Químico, também disponível nas três unidades, analisa aspectos importantes para as atividades de monitoramento e fiscalização, como alcalinidade, DBO, DQO e turbidez, assim como a presença de compostos como surfactantes, nitrito, nitrato, cianeto, cromo e sulfeto na água, e a quantidade de fósforo e nitrogênio em amostras de água e solo.

Já o laboratório de metais conduz testes capazes de detectar a presença de 17 tipos de materiais metálicos em amostras de água, solo, sedimentos e peixes, incluindo alumínio, bário, cádmio, cálcio, níquel, mercúrio, chumbo e ferro.

INVESTIMENTO – Essa estrutura passará por uma melhoria na capacidade analítica. Por meio de uma licitação aberta no fim de 2024, serão adquiridos novos equipamentos para os laboratórios com um investimento de aproximadamente R$ 500 mil, incluindo um digestor de micro-ondas e um destilador de ácidos para o laboratório de metais.

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“São dispositivos que vão contribuir para a melhoria operacional, com mais tecnologia e eficiência, aprimorando ainda mais a qualidade do trabalho que nós já fazemos”, explica a gerente técnica.

CERTIFICAÇÃO – Para garantir a precisão e a confiabilidade dos seus resultados, os laboratórios do IAT operam sob os rigorosos padrões da ISO/IEC 17025, norma internacional que estabelece requisitos técnicos e gerenciais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração. No Brasil, essa certificação é concedida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), por meio da avaliação da Comissão Geral de Acreditação (Cgcre), assegurando que os processos analíticos atendam aos mais altos padrões de qualidade e rastreabilidade.

A certificação abrange aspectos essenciais, como controle de qualidade, calibração de equipamentos, validação de métodos analíticos e qualificação da equipe técnica. Além disso, a norma exige que os laboratórios sigam diretrizes rigorosas para a coleta, manuseio e análise de amostras, garantindo a confiabilidade dos dados gerados.

Para manter a acreditação, os laboratórios passam por auditorias periódicas, que avaliam a conformidade dos procedimentos e a melhoria contínua das operações. O laboratório de Curitiba é acreditado pelo Inmetro desde 2019, seguido pelo de Londrina, que obteve a certificação em 2021. Já o laboratório de Toledo está em fase final do processo de solicitação de acreditação e terá sua avaliação inicial em março deste ano, fortalecendo ainda mais a capacidade analítica do IAT para atendimento a todas as demandas necessárias.

(Com AEN/PR)

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Redação Sou Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Meio Ambiente

Onde vai ter mais chuva esta semana?

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Onde mais vai ter chuva no Brasil nesta semana? Conforme a análise da MetSul, a chuva terá volumes mais altos nesta semana mais ao Norte do Brasil em parte do litoral da Região Nordeste com atenção para o estado da Bahia.

Na Região Norte, os estados com mais chuva na semana devem ser Amazonas, Roraima, Amapá, o Leste do Pará e o Acre. A chamada ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) provoca chuva com volumes ainda altos no Amapá e no Norte do Pará.

Na Região Nordeste, a maior parte da região deve ter pouca chuva, embora possam se dar pancadas fortes passageiras de forma isolada, especialmente no estado do Maranhão. Alertamos que os volumes de chuva nesta semana podem ser muito altos no litoral do estado da Bahia. Na segunda metade da semana vai ter início um período de intensa instabilidade no Litoral da Bahia com volumes de chuva que podem ser muito altos, inclusive na área de Salvador, com possibilidade de alagamentos, inundações, quedas de barreiras e deslizamentos de terra.

No Centro-Oeste, a semana terá chuva em quase todas áreas e com acumulados até altos de forma isolada com temporais passageiros e localizados pelo ar tropical, mas, no geral, a chuva deve irregular e os volumes não serão elevados na maioria das cidades da região.

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O mesmo ocorre no Sudeste do Brasil, onde a semana terá chuva em todos os estados da região, porém irregular e mal distribuída. Onde mais deve chover na Região Sudeste nesta semana é no Norte de Minas Gerais.

No Sul do Brasil, a chuva será escassa nesta semana. Depois da instabilidade deste domingo e ainda na segunda em algumas áreas de Santa Catarina e do Paraná ao longo da segunda, o tempo firme deve predominar. No final da semana, algumas áreas podem voltar a ter chuva, mas de forma irregular.

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Meio Ambiente

O Clima para a segunda metade de abril

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Ilustração

 

Abril tem um clima já típico de outono com o início da estação das folhas e ainda guarda mais características de verão no começo. Por isso, dias de calor são menos comuns em abril, embora ainda ocorram.

Os dias com madrugadas amenas ou frias também aumentam em abril pela climatologia e em alguns anos ocorrem até episódios de frio muito intenso.

Outra característica do mês de abril é o aumento da frequência de dias com registro de nevoeiro e neblina entre a madrugada e o período da manhã à medida que cresce o número de madrugadas de temperatura mais baixa. Em algumas ocasiões, o nevoeiro pode ser denso e perdurar por várias horas.

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Na primeira metade de abril, a chuva ficou abaixo da média na maior parte do Sudeste do Brasil, mas áreas próximas da costa tiveram precipitação acima da média, casos das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.

No Sul do Brasil, por sua vez, a chuva teve distribuição muito variável com áreas em que choveu abaixo e acima da média do mês. Onde mais choveu foi no Sul e no Leste do Rio Grande do Sul, até com inundações em cidades costeiras, e no Leste catarinense, onde nos últimos dia pancadas intensas localizadas causaram transtornos.

Já a temperatura na primeira metade do mês perto da média na maior parte do Centro-Sul do Brasil com mínimas abaixo das normais históricas mais no Rio Grande do Sul e máximas inferiores à climatologia em muitos pontos dos estados do Sul, Centro-Oeste e Sudeste.

Uma massa de ar frio de maior intensidade no começo do mês contribuiu para reduzir a média de temperatura nos estados mais ao Sul do Brasil, inclusive proporcionando as primeiras ocorrências de geada deste ano na região.

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CHUVA NA SEGUNDA QUINZENA DE ABRIL

Os maiores acumulados de chuva na segunda quinzena de abril devem se dar no Norte do país, onde ainda se experimenta o período denominado de inverno amazônico, com a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ainda favorecendo chuva mais expressiva perto da região equatorial.

Onde a chuva pode ficar mais acima da média durante a segunda quinzena de abril será entre o Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil, onde nesta época do ano as precipitações já deveriam estar em diminuição.

Uma faixa entre o Mato Grosso do Sul, parte de Goiás e do interior de São Paulo, e parte de Minas Gerais, pode ter os acumulados de chuva mais acima da média. 7

Na Região Sul, embora a saída de hoje do modelo europeu aponte volumes altos para a Metade Norte gaúcha, acreditamos que o Paraná deverá ter os mais altos acumulados de precipitação nesta segunda metade de abril com precipitação perto ou abaixo da média na maior parte do território gaúcho.

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E A TEMPERATURA?

Para os próximos 15 dias no Centro-Sul do Brasil, a tendência maior de temperatura acima da média se concentra no Centro do país, em particular nos estados do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais nesta segunda metade de abril.

Por sua vez, na Região Sul, a perspectiva é de temperatura perto ou abaixo da média na maioria das áreas nos próximos 15 dias. O Rio Grande do Sul em especial pode ter marcas nos termômetros mais abaixo da média histórica do período.

É o que faz com que áreas do Sudeste e do Centro-Oeste mais próximas da Região Sul tenham a tendência no período de temperaturas mais perto da climatologia ou mesmo um pouco abaixo, como no Mato Grosso do Sul, o Leste paulista e o Rio de Janeiro.

De acordo com a análise da MetSul Meteorologia, existe a possibilidade de duas incursões de ar mais frio até o fim do mês no Sul do Brasil.

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A primeira se daria no domingo de Páscoa, que não deve ser significativa, e uma segunda mais para o fim de abril.

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Meio Ambiente

Cinco cidades ultrapassam a média de chuva de abril em menos de 15 dias

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Foto: José Fernando Ogura

Uma das características do outono é a chuva irregular e abril está demonstrando isso. Enquanto o Norte Pioneiro segue com volumes abaixo da média prevista para o mês, cinco cidades que ficam no Centro-Sul, Leste e Litoral do Estado já a ultrapassaram esse limite em menos de 15 dias.

Até a madrugada desta segunda-feira (14), Antonina atingiu 138,6 mm de chuva e a média é de 118,1 mm em abril; Cerro Azul registrou 82 mm, com média de 63,6 mm para o mês; ⁠⁠Fazenda Rio Grande chegou a 94 mm (média de 76,8 mm); Palmas atingiu 156,4 mm, sendo a média para abril de 152,3 mm; e em ⁠⁠Pinhão choveu 151,2 mm (média de 118 mm).

Algumas cidades também estão perto de atingir as médias climatológicas: Cianorte e União da Vitória precisam de um acumulado de apenas 13 mm.

“Em contrapartida, por exemplo, temos o Norte Pioneiro com pouquíssima chuva, chuvas inferiores aos 15 milímetros de acumulado nesses primeiros 15 dias do mês, ou seja, ainda existe uma irregularidade muito grande sobre o Estado. Nas outras áreas, o percentual ainda é de 50% a 60% da média climatológica. Assim espera-se que até o fim do mês os valores normais ou climatológicos sejam atingidos normalmente”, explica Lizandro Jacobsen, meteorologista do Simepar.

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Cornélio Procópio e Ubiratã registraram apenas 1,6 mm de chuva até o momento. Cruzeiro do Iguaçu, que historicamente soma 223,4 mm no mês de abril inteiro, teve um acumulado, até o momento, de apenas 24,6 mm.

PREVISÃO

Nos próximos dias deve ocorrer bastante variação das condições do tempo. “Terça-feira áreas de instabilidade se formam rapidamente no Paraguai e avançam para cima do Paraná, e com isso o tempo muda rápido entre o Oeste e Noroeste, com pancadas de chuva e trovoadas, mas esse sistema atravessa todo o Estado e deixa o tempo instável também nas outras regiões paranaenses”, acrescenta Jacobsen.

“Na quarta-feira, uma nova frente fria avança pelo Sul do Brasil, mas com fraca intensidade, provoca muito mais ocorrência de chuva localizada ou aumento da nebulosidade do que propriamente a ocorrência de temporais. De quinta-feira em diante teremos a atuação de uma massa de ar não tão frio, mas que deixa a temperatura um pouco mais amena”, ressalta o meteorologista.

SIMEPAR

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Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até incêndios e secas.

Dados mais detalhados da previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses estão disponíveis no site www.simepar.br. A previsão tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte.

(Da Assessoria AEN)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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