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Agricultura

Canola ganha força no inverno e se firma como cultura estratégica

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Foto: Divulgação

 

A canola vem ganhando cada vez mais espaço como uma cultura de inverno viável e estratégica no Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul. Destaque para a região Noroeste do Estado, onde produtores já acumulam mais de sete anos de experiência. Conforme dados da Emater/RS, a área total cultivada em solo gaúcho é de 151.785 hectares. Somente na safra de 2024, a produção estadual da oleaginosa ficou em torno de 226 mil toneladas.

A canola tem substituído cultivos tradicionais como trigo, aveia e coberturas vegetais e, segundo o engenheiro agrônomo Tiago Oliveira, sócio-diretor da consultoria Inteligência Agrícola, uma das principais vantagens é seu alto teor de óleo — entre 42% e 45%, até 30% superior ao da soja. Além disso, é uma oleaginosa que produz proteína, aumentando seu valor comercial. A crescente valorização do grão e a ampliação do número de empresas que recebem e processam a canola contribuíram para o crescimento da cultura, que apresenta baixo custo de produção e menor incidência de doenças. Sua tolerância a graminicidas também facilita o controle de plantas daninhas como o azevém, bastante resistente aos herbicidas convencionais na região Sul.

Embora a produtividade média ainda esteja em torno de 25 sacas de 60 kg por hectare, ele relata que há registros de lavouras que alcançaram até 50 sacas/ha. A fase de floração, no entanto, exige atenção técnica e planejamento, já que a planta é sensível a variações climáticas neste período. Diferentemente do trigo, cujas práticas já são passadas de geração em geração, a canola carece de maior conhecimento sobre nutrição, adubação, fisiologia, manejo e controle de doenças.

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Cuidados

É uma cultura mais exigente, principalmente em enxofre e nitrogênio, e que deixa pouca palhada, exigindo estratégias complementares para garantir uma boa cobertura do solo. A exigência por enxofre se deve à sua participação direta na síntese de óleos e proteínas, sendo um dos nutrientes que mais limitam o seu rendimento em solos deficientes. Além disso, o uso de herbicidas também requer maior atenção.

O engenheiro agrônomo Alécio Fernando Radons, responsável técnico de vendas da Satis no RS, orienta que o produtor precisa ter atenção em mais dois pontos importantes: exigências nutricionais e o manejo de doenças e fungos de solo. O mofo branco, por exemplo, é um problema grave causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum. Para o manejo dessa doença, uma estratégia indispensável é trabalhar com uma outra espécie de fungo, o Trichoderma, que atua positivamente na indução de resistência das plantas e na inviabilização das estruturas de multiplicação desse patógeno.

A partir da pesquisa, a Satis desenvolveu o Tribalance, produto de alta concentração constituído por três espécies de trichoderma e oito cepas diferentes, cuidadosamente selecionadas para ter o máximo de eficiência no campo. A solução é indicada para o manejo do solo, com uma ação eficiente tanto para fungos que causam danos nas raízes das plantas quanto para a parte aérea. Desta forma, contribui consideravelmente à produção de canola, já que se trata de uma cultura hospedeira do mofo branco.

Outro ponto que precisa de cuidado é o fornecimento de boro, nutriente essencial, tanto para o crescimento das plantas, bem como para o pegamento de flores e polinização. Segundo Radons, a canola tem uma alta exigência desse nutriente, por isso exige mais de uma aplicação foliar ao longo do ciclo e um solo previamente corrigido com o elemento. O Humicbor, da Satis, tem sido indicado por conter substâncias húmicas, extrato de algas e polióis, que facilitam a absorção do boro e contribuem para o aumento da produtividade.

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Com o avanço da pesquisa aplicada, o apoio de consultorias e o crescente interesse da indústria, a expectativa é de que a cultura se consolide cada vez mais como peça-chave na diversificação e sustentabilidade dos sistemas produtivos do Sul do país.

(Por: Moglia Comunicação)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Arroba do boi aumentou na 1ª quinzena de agosto; e agora, o que esperar?

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Foto: Kadijah Suleiman/Embrapa Rondônia

O mercado brasileiro de boi gordo se deparou com a manutenção do padrão de negociações em grande parte do país durante a semana.

De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, os frigoríficos conseguiram realizar boas compras para o avanço das escalas de abate nos atuais patamares de preços, que se mostraram maiores frente à semana passada.

“No entanto, ao que tudo indica, um perfil mais lateralizado de preços deve ser evidenciado no restante do mês nos principais estados produtores, ou seja, sem apelos para alta ou baixa em relação aos atuais patamares”, diz.

O analista avalia que as exportações de carne bovina do Brasil seguem contundentes e com espaço para a obtenção de mais um recorde em 2025, em volume e, principalmente, em receita.

Variação de preços da arroba do boi

Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 14 de agosto em comparação ao dia 8:

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  • São Paulo (Capital): R$ 315, alta de 1,61% frente aos R$ 310
  • Goiás (Goiânia): R$ 305, avanço de 3,39% perante os R$ 295
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 300, valor inalterado
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320, valorização de 1,59% frente aos R$ 315
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 310, alta de 3,33% frente aos R$ 300
  • Rondônia (Vilhena): R$ 275, avanço de 1,85% frente aos R$ 270

Mercado atacadista

O mercado atacadista voltou a apresentar firmeza em seus preços no decorrer da semana. Contudo, para Iglesias, a perspectiva é de um menor espaço para reajustes na segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo.

Ele volta a frisar que a maior competitividade das proteínas concorrentes, com ênfase para a carne de frango, ainda é uma variável determinante a ser considerada no curto prazo.

O quarto do traseiro do boi foi cotado a R$ 23,30 o quilo, aumento de 1,30% frente aos R$ 23 praticado na semana passada. Já o quarto do dianteiro do boi foi vendido por R$ 18 o
quilo, avanço de 1,12% ante os R$ 17,80 registrados no período anterior.

Exportações de carne bovina

Foto: Pixabay

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 447,189 milhões em agosto (6 dias úteis), com média diária de US$ 74,531 milhões, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A quantidade total exportada pelo país chega a 80,470 mil toneladas, com média diária de 13,411 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.557,20.

Em relação ao mesmo período de agosto de 2024, há alta de 70% no valor médio diário da exportação, ganho de 35,7% na quantidade média diária embarcada e valorização de 25,3% no preço médio.

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Agricultura

Ciclone provoca temporais e ventos de até 100 km nos próximos dias

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Foto: Ilustração/NASA

O aprofundamento de um sistema de baixa pressão atmosférica na altura do Paraguai no decorrer da próxima segunda-feira (18), começa aumentar a condição de vento sobre áreas do centro-sul do Brasil no início da próxima semana.

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.

Na terça-feira (19), teremos a formação de um ciclone extratropical e de uma frente fria, o que potencializa o risco para fortes rajadas de vento, principalmente no Rio Grande do Sul, no centro-oeste e sul de Santa Catarina, oeste e sudoeste do Paraná e nas cidades do sudoeste e sul de Mato Grosso do Sul, com alerta para rajadas variando de 80 até 100 km/h em algumas localidades.

O risco é muito alto para problemas relacionados a ventania como queda de estruturas, principalmente as mais fragilizadas, destelhamentos, queda de árvores e interrupção da distribuição de energia elétrica.

Durante o processo de formação da frente fria, a condição de chuva aumenta e as linhasde instabilidades que se formam pelo processo de frontogênese, podem provocar temporais com granizo, sobretudo no estado do Rio Grande do Sul. A chuva pode cair forte, e com risco para temporais com raios e fortes rajadas de vento, também em Santa Catarina e no sudoeste, oeste e sul do Paraná, além das cidades do extremo sul de Mato Grosso do Sul, que ficam em alerta.

O risco para alagamentos e transtornos aumenta em decorrência do volume pontual mais elevado e a forte ventania pode provocar agitação no litoral da região Sul.

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O contraste entre a massa de ar frio e a barreira criada pelo bloqueio atmosférico no interior do país, gera a condição também para algumas rajadas fortes no norte do Paraná, interior e oeste de SP, no norte de Mato Grosso do Sul e no sul de Mato Grosso na terça-feira (19) com rajadas de 60 até 80 km/h.

Na quarta (20), o ciclone de afasta mais para alto mar, porém, ainda teremos bastante vento presente com rajadas fortes no Sul, ainda podendo alcançar os 80 km/h, especialmente no Rio Grande do Sul.

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Agricultura

Coelhos selvagens com ‘chifres’ chamam atenção nos EUA

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Reprodução Redes Sociais

Imagens de coelhos selvagens com protuberâncias semelhantes a “chifres” na cabeça têm chamado a atenção de moradores e viralizado nas redes sociais nos Estados Unidos. Os animais foram registrados principalmente no estado do Colorado, mas também há relatos de aparições em Wyoming, Nebraska, Kansas e Dakota do Sul.

As imagens mostram crescimentos escuros ao redor da boca, dos olhos e das orelhas, o que gerou preocupação entre moradores. Muitos se referem aos animais como “coelhos mutantes” e fizeram comparações com os monstros da série The Last of Us, conhecida por retratar infecções que causam mutações físicas.

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Segundo especialistas, os coelhos não representam risco para humanos. As protuberâncias são causadas por uma infecção pelo papilomavírus de Shope,uma condição viral benigna que afeta apenas coelhos e provoca verrugas, geralmente na cabeça e pescoço.

Em entrevista ao jornal The New York Times, Kara Van Hoose, porta-voz do Colorado Parks and Wildlife, explicou que a doença não é transmissível a humanos nem a outras espécies, mas pode se espalhar entre coelhos , o que exige atenção de tutores de animais domésticos.

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Ainda de acordo com Van Hoose, os casos tendem a aumentar nesta época do ano, quando vetores do vírus, como pulgas e carrapatos, se tornam mais ativos. As verrugas podem afetar a alimentação e a visão dos animais infectados, embora a doença, em si, não seja considerada grave.

“Estamos tão acostumados a ver coelhos que, quando nos deparamos com algo assim, pensamos: ‘Meu Deus, o que é isso na cara dele? Eu sei como um coelho deveria parecer, mas isso definitivamente não é normal’”, disse a porta-voz.

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