Agricultura
Clima favorece florada e produção de citros

Foto: Pixabay
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (9) pela Emater/RS-Ascar, as condições climáticas registradas nas principais regiões produtoras favoreceram o desenvolvimento das lavouras e a realização de tratos culturais nos pomares de citros no estado.
Na região administrativa de Caxias do Sul, as chuvas e as temperaturas amenas permitiram a aplicação de Fungicidas na floração e de produtos de rotina para manutenção da sanidade das plantas, além do monitoramento para controle da mosca-das-frutas. A floração intensa indica boas perspectivas de produção. A colheita está concentrada nas variedades de laranja Monte Parnaso e Valência, e alguns produtores optam por estender a colheita até novembro ou armazenar a fruta para buscar melhores preços. A laranja de mesa (Umbigo) varia entre R$ 2,00 e R$ 2,70/kg, enquanto a destinada à indústria é comercializada a R$ 0,65/kg. A bergamota Montenegrina também segue em colheita, com oferta elevada e preço de R$ 40,00 por caixa de 22 kg em Cotiporã.
Em Passo Fundo, os trabalhos de implantação de novos pomares estão sendo finalizados, e a colheita de laranja segue em andamento. O preço pago pelas indústrias varia de R$ 0,60 a R$ 0,70/kg. No Vale do Caí, região de Lajeado, a colheita da bergamota Montenegrina chega a 95% da safra. O valor da caixa de 25 kg varia conforme a qualidade da fruta, partindo de R$ 30,00 e podendo alcançar R$ 75,00.
A colheita da bergamota Murcott também avança, com 55% da safra colhida em Pareci Novo e 90% em Harmonia. Os preços variam de R$ 60,00 a R$ 85,00 por caixa de 25 kg, conforme a qualidade e o local. A laranja Valência, variedade mais cultivada na região, tem colheita avançada em Bom Princípio e São José do Hortêncio, com preços entre R$ 20,00 e R$ 40,00 para fruta de mesa e entre R$ 10,00 e R$ 15,00 para produto destinado à indústria.
A laranja de umbigo Monte Parnaso tem 60% da colheita concluída em São José do Hortêncio, com preços entre R$ 50,00 e R$ 60,00 por caixa de 25 kg. Já a lima ácida Tahiti mantém preços elevados devido à baixa oferta, variando entre R$ 85,00 e R$ 110,00 por caixa de 25 kg nas principais localidades produtoras, como Bom Princípio, Harmonia e São Sebastião do Caí.
A floração intensa, aliada às condições ambientais favoráveis, indica expectativa de uma próxima safra com bom pegamento de frutos. Os citricultores seguem realizando tratamentos fitossanitários para controle de podridão floral, conhecida como estrelinha.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Preço do boi gordo se mantém firme e indicador de MS atinge maior valor do dia

O indicador do Boi Gordo Datagro encerrou nesta terça-feira (21) com o preço de R$ 310,72/arroba na praça de São Paulo, mostrando estabilidade e firmeza nas cotações desde o início de outubro.
O Mato Grosso do Sul segue como destaque entre as principais praças pecuárias do país, com o indicador fechando em R$ 318/arroba, superando o valor paulista nas últimas semanas.
De acordo com a Datagro, há encurtamento nas programações de abate, embora regiões com maior disponibilidade de animais em regime intensivo ainda operem com escalas mais confortáveis. Em São Paulo, as escalas de abate estão atualmente na faixa dos 10 dias corridos.
No mercado interno, há sinais de recuperação nos preços da carcaça casada na capital paulista, reflexo de melhora pontual na demanda nesta segunda quinzena de outubro.
A expectativa é de que o consumo se fortaleça no último trimestre do ano, impulsionado pelo pagamento do 13º salário, confraternizações de fim de ano e férias escolares.
Exportações
Já no mercado externo, as exportações seguem em ritmo consistente, mas a China acende um sinal de alerta. O país, principal destino da carne bovina brasileira, registrou em setembro volumes recordes de importação, o que indica estoques elevados.
Além disso, a resolução das investigações de salvaguarda prevista até o fim de novembro pode influenciar o comportamento do mercado chinês e, consequentemente, as negociações brasileiras.
Veja abaixo a cotação do boi gordo nas principais praças:
São Paulo: de R$ 311,38 para R$ 310,72
Goiás: de R$ 297,03 para R$ 299,14
Minas Gerais: de R$ 292,12 para R$ 295,23
Mato Grosso: de R$ 296,33 para R$ 299,31
Mato Grosso do Sul: de R$ 317,58 para R$ 318,13
Pará: de R$ 296,55 para R$ 297,89
Rondônia: de R$ 286,11 para R$ 283,29
Tocantins: de R$ 296,66 para R$ 296,92
Bahia: de R$ 289,50 para R$ 290,08
O Indicador do Boi Gordo Datagro é a referência utilizada pela B3 para a liquidação dos contratos futuros de pecuária no mercado brasileiro.
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Agricultura
Após derrubada da MP do IOF, governo estuda novas medidas de taxação

O governo vai fatiar em dois projetos de lei a maior parte das medidas de ajuste fiscal que estavam na medida provisória (MP) rejeitada pela Câmara no início do mês, disse nesta terça-feira (21) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em entrevista à GloboNews, ele disse que a estratégia busca reduzir resistências políticas e acelerar a tramitação no Congresso.
Os dois textos, informou o ministro, devem tratar de frentes distintas: uma voltada ao controle de gastos públicos e outra com ações para aumento de arrecadação, como a taxação de bets (empresas de apostas eletrônicas) e de fintechs (startups do setor financeiro).
“Como houve muita polêmica em torno da questão de despesa e receita no mesmo diploma legal, a decisão provável é dividir entre dois projetos de lei”, disse Haddad à GloboNews.
O ministro afirmou que as propostas podem ser enviadas ainda nesta terça-feira. Segundo ele, parte dos deputados já se mostrou disposta a incluir os temas em projetos que estão em tramitação, o que pode acelerar as votações.
Foco na arrecadação e corte de gastos
Segundo Haddad, a revisão de gastos pode gerar entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões em economia, enquanto a taxação de bets e fintechs deve render cerca de R$ 3,2 bilhões no próximo ano, R$ 1,7 bilhão das apostas e R$ 1,58 bilhão das plataformas financeiras.
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A equipe econômica avalia que a separação dos projetos permitirá votar primeiro os pontos de maior consenso, evitando que temas mais polêmicos travem o pacote. Ficam de fora, por ora, mudanças na tributação de ativos financeiros, como o fim da isenção para títulos isentos, como Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), um dos principais focos de tensão durante a tramitação da MP original.
Impasse orçamentário
Mais cedo, Haddad declarou que o governo deve definir ainda nesta terça uma solução para o impasse do Orçamento de 2026, após a MP que previa aumento de impostos perder a validade sem ser votada.
“A Casa Civil e a Fazenda estão reunidas para processar o que foi discutido com os líderes. Até o começo da tarde teremos uma definição do que fazer, porque essas leis todas têm que estar harmonizadas: quanto terá de despesa, quanto terá de receita”, afirmou.
A proposta orçamentária do próximo ano, em análise no Congresso, prevê superávit primário de 0,25% do PIB, cerca de R$ 34,5 bilhões. Haddad defende que o país entregue um resultado positivo em 2026, após anos de déficit.
“Precisamos dar uma última volta nesse parafuso. Entregar um orçamento com resultado primário positivo é importante diante do que aconteceu no passado recente”, disse o ministro.
Os novos projetos devem compor a base de ajuste fiscal que sustentará o Orçamento de 2026, cuja votação está prevista para novembro. O Palácio do Planalto espera que, ao dividir as propostas, as medidas de maior consenso avancem mais rapidamente e reconstruam parte do plano fiscal frustrado pela rejeição da MP do IOF.
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Agricultura
Embrapa lança estratégia para reduzir perdas e desperdício de alimentos no Brasil

A Embrapa, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, desenvolveu a segunda estratégia intersetorial para reduzir perdas e desperdício de alimentos em todo o país.
O objetivo é ampliar a oferta de alimentos saudáveis e de qualidade, como frutas e hortaliças, integrando a erradicação da fome à gestão sustentável dos resíduos orgânicos.
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O pesquisador da Embrapa Alimentos e Territórios, Gustavo Porpino, explica que a estratégia atua em toda a cadeia produtiva, desde a produção até o consumo doméstico.
De acordo com Porpino, algumas redes varejistas exigem padrões estéticos muito elevados, sem permitir qualquer defeito em produtos como tomates, abobrinhas e hortaliças folhosas.
Isso gera excedentes no campo, mesmo se tratando de alimentos nutritivos e seguros para consumo. Em vez de serem descartados, esses produtos podem ser direcionados a equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional, como cozinhas comunitárias e bancos de alimentos.
Desafios e estratégias
Entre os desafios estão o excedente de produtos em cooperativas e a exigência estética de redes varejistas, que acabam gerando desperdício de alimentos ainda seguros para consumo. Esses produtos podem ser redirecionados para bancos de alimentos, cozinhas comunitárias e outras iniciativas sociais.
Além disso, a estratégia propõe ações para reaproveitar resíduos orgânicos em centrais de abastecimento, mercados públicos e feiras livres, destinando-os à compostagem ou à produção de biogás. O estudo também busca gerar dados robustos sobre perdas e desperdício para orientar políticas públicas e reduzir prejuízos aos produtores rurais.
Soluções
Segundo o especialista, políticas bem estruturadas podem reduzir os prejuízos para os produtores rurais e, ao mesmo tempo, conectar esses alimentos a iniciativas que enfrentam a insegurança alimentar.
Outros elos da cadeia produtiva também precisam de atenção, como Centrais de Abastecimento (Ceasa), mercados públicos e feiras livres, onde há grande volume de resíduos orgânicos.
Parte desses resíduos ainda é segura para consumo e pode ser destinada a bancos de alimentos, enquanto o restante pode ser aproveitado na compostagem ou na produção de biogás.
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