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Agronegócio

Produção de milho em Mato Grosso deve cair 8% na safra 2025/26, aponta Imea

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Estimativa do instituto é de 51,72 milhões de toneladas, abaixo do recorde da temporada anterior

Atualizado hoje. Mesmo com a demanda aquecida e a valorização dos preços, a produção de milho em Mato Grosso deve registrar recuo na safra 2025/26. De acordo com dados do Projeto CPA-MT, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a estimativa é de uma produção de 51,72 milhões de toneladas, queda de 8,38% em relação ao recorde alcançado na safra 2024/25.

O estado segue como o maior produtor de milho do Brasil, mas o cenário atual exige maior cautela por parte dos produtores, principalmente diante do aumento dos custos de produção e da normalização da produtividade após um ciclo considerado excepcional.

A expectativa de crescimento da área cultivada foi limitada, sobretudo, pelos custos elevados dos insumos agrícolas, que seguem pressionando o orçamento do produtor rural. Fertilizantes, defensivos e logística continuam entre os principais fatores de impacto.

Apesar da demanda interna consistente — impulsionada pelo avanço do etanol de milho e pela indústria de ração animal — o ambiente econômico tem levado os produtores a adotar uma postura mais conservadora.

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Esse cenário tem inibido decisões mais agressivas de expansão, fazendo com que o setor priorize o controle de custos, a gestão de riscos e a proteção de margens.

A projeção do Imea considera a média das três últimas safras, o que resultou em uma produtividade estimada de 116,61 sacas por hectare. O número representa uma redução de 6,70% em comparação ao ciclo anterior.

Segundo o instituto, o recuo está associado a uma normalização dos rendimentos, após a produtividade excepcional observada na safra 2024/25, considerada fora da curva histórica.

Com isso, o desempenho esperado para 2025/26 reflete um cenário mais próximo da realidade produtiva média do estado.

Comercialização antecipada indica otimismo cauteloso

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Mesmo com a expectativa de menor produção, a comercialização do milho em Mato Grosso segue em ritmo acelerado. Até novembro de 2025, 25,23% da produção estimada para a safra 2025/26 já havia sido negociada.

O volume representa um avanço de 5,69 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ciclo anterior, indicando maior disposição dos produtores em antecipar vendas.Cenário Agro

De acordo com o Imea, essa estratégia é impulsionada, principalmente, pela melhora nas cotações futuras do cereal, o que tem incentivado os produtores a travar preços como forma de proteção diante do cenário de custos elevados.

Cenário exige atenção ao mercado e ao clima

Para os próximos meses, o produtor mato-grossense segue atento não apenas às condições de mercado, mas também ao comportamento climático, que será determinante para a consolidação da produtividade nas lavouras de segunda safra.

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O desempenho final da safra 2025/26 dependerá da combinação entre clima favorável, eficiência no manejo e estratégia comercial, em um contexto de custos ainda elevados e margens pressionadas.

Fonte: CENÁRIOMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Produção de morango mantém boa aceitação no mercado

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Foto: Seane Lennon

A produção de morango no Rio Grande do Sul apresenta cenário de colheita ativa, estabilidade de preços e atenção ao manejo fitossanitário, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (25).

Na região administrativa de Caxias do Sul, em Nova Petrópolis, a colheita segue com bom fluxo de comercialização. Segundo a Emater/RS-Ascar, “a sanidade da lavoura está adequada, assim como a qualidade dos frutos”, o que tem estimulado produtores a ampliarem as áreas cultivadas e investirem na construção de novas estufas. Mesmo com volumes elevados ofertados ao mercado, os preços pagos ao produtor permanecem estáveis nas Ceasas e nos mercados, variando entre R$ 10,00 e R$ 15,00 por quilo.

Na regional de Lajeado, a cultura permanece em fase de colheita, com frutos aceitos comercialmente. A Emater/RS-Ascar informa que, em áreas com maior umidade, houve aumento na incidência de botritis e manchas foliares, exigindo maior atenção ao manejo. Ainda assim, os preços seguem em patamar mais elevado, entre R$ 20,00 e R$ 25,00 por quilo.

Já na região de Pelotas, as variedades de dias curtos se aproximam do encerramento da colheita, enquanto as de dias neutros continuam em plena produção. De acordo com o levantamento, foram identificados ataques de tripes, ácaros e ocorrência de oídio, levando produtores a adotar medidas específicas de controle. Os preços permanecem estáveis, com leve tendência de recuo em algumas localidades, variando conforme o município, refletindo diferenças regionais de oferta e demanda.

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AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Queijos puxam alta de preços no Brasil enquanto leite e arroz recuam

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Foto: Divulgação

 

Os preços dos alimentos apresentaram movimentos distintos em novembro no Brasil. Enquanto os queijos registraram forte alta de 21,2% no preço médio nacional, com aumento em todas as regiões do País, itens essenciais como leite UHT (-4,9%) e arroz (-3,0%) tiveram as quedas mais significativas no mês. Os dados são do estudo “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, elaborado pela Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados para a cadeia de consumo.

O levantamento considera os produtos mais presentes no carrinho de compras do brasileiro e mostra que, além dos queijos, outras categorias também pressionaram o orçamento das famílias em novembro. Legumes (3,1%), sal (3,1%) e óleo (2,5%) figuraram entre as maiores altas no período – este último encareceu em todas as regiões.
Por outro lado, outros itens também registraram redução nos preços médios, como o café em pó e em grãos (-1,5%), açúcar (-1,4%) e ovos (-1,2%), ajudando a conter a inflação dos alimentos no mês.

No cenário macroeconômico, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,18% em novembro de 2025, indicando um ambiente de inflação controlada no encerramento do ano. Para Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid, alguns produtos seguem pressionados por fatores como custos de produção, dinâmica de oferta e recomposição de estoques.“Categorias como óleo e queijos, que performaram com elevação de preço em todas as regiões do País em novembro, tendem a levar mais tempo para se estabilizar ou recuar, dependendo da normalização dos estoques e dos custos de matéria-prima”, aponta.

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Maiores altas acumuladas em 2025

No acumulado entre dezembro de 2024 e novembro de 2025, o café em pó e em grãos segue como o item com maior incremento, avançando 42,1% no preço médio nacional. Na sequência aparecem queijos (12,3%), margarina (11,2%), creme dental (10%) e refrigerantes (5,7%).

AGROLINK & ASSESSORIA

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Algodão brasileiro reafirma seu protagonismo global em 2025

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Foto: Divulgação

Em 2025, o trabalho da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em conjunto com as 11 associações estaduais, reforçou o posicionamento do algodão como uma cultura responsável e estratégica para o agronegócio brasileiro.

De acordo com o Presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, o sucesso do algodão brasileiro em 2025 está baseado nos 4 pilares que norteiam o trabalho da Abrapa. “Através da implementação estruturada de práticas voltadas à sustentabilidade, à rastreabilidade, à qualidade e à promoção, conduzidas de forma organizada por meio dos programas da Abrapa, a cadeia consolidou um posicionamento sólido e articulado, capaz de avançar de maneira consistente em conquistas e em agendas socioambientais estratégicas para o país”, avalia o presidente.

No encerramento do ano, apresentamos um balanço das principais conquistas dos últimos 12 meses nos quatro pilares estratégicos do algodão brasileiro e das perspectivas que se desenham para 2026.

Sustentabilidade: renovação com a BCI e participação na COP 30 foram destaques
Desde sua criação, em 2012, o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) orienta os cotonicultores a produzirem de acordo com rigorosos parâmetros de sustentabilidade socioambiental. Na safra 2024/2025, o ABR assegurou que 83% do algodão brasileiro fosse certificado segundo padrões internacionais de produção responsável, fortalecendo o posicionamento e o reconhecimento no mercado global.

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Para dar continuidade a esse sucesso, o programa começou 2025 renovando a sua parceria com o Better Cotton Institute (BCI), benchmark que garante que o certificado BCI chegue às fazendas brasileiras e leve o algodão nacional para os clientes mais exigentes da indústria global.

A participação da Abrapa na COP30 também contribuiu para projetar o algodão brasileiro no cenário internacional. O gerente de Sustentabilidade da entidade, Fábio Carneiro, destacou o alcance das práticas responsáveis adotadas no país e apresentou o algodão como uma alternativa natural às fibras sintéticas na indústria têxtil, hoje entre as maiores fontes de poluição por microplásticos.

Qualidade: atuação em conjunto com as associações estaduais

Em 2025, a Abrapa realizou seis workshops de qualidade em municípios de Goiás, Bahia e Mato Grosso, capacitando 1.440 profissionais envolvidos em toda a cadeia a produtiva. A entidade também realizou treinamentos nos estados produtores para inspetores de Unidade de Beneficiamento de Algodão (UBA) e de algodão em pluma, que atuam nos laboratórios de análise de todo o Brasil, uma prerrogativa do terceiro pilar do Standard Brasileiro HVI (SBHRVI), focado em capacitação e difusão de conhecimento.

Em 2026, o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) completará dez anos de atuação voltada à padronização de laboratórios. Apenas em 2025, mais de 14 milhões de fardos foram analisados pelos laboratórios, gerando dados que passam a integrar as informações no Sistema Abrapa de Identificação, o programa mais antigo de rastreabilidade do algodão brasileiro.Cenário Agro

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Rastreabilidade: SouABR lança política de adesão ao mercado

Lançado em 2021, o SouABR é o programa de rastreabilidade da Abrapa que assegura transparência em toda a cadeia de custódia do algodão brasileiro. Por meio de um QR Code aplicado às peças, o consumidor final tem acesso a informações completas sobre a origem e a trajetória do produto, da semente ao guarda-roupa.

Em 2025, o programa avançou com o lançamento de sua política de adesão, possibilitando que qualquer marca que atenda aos requisitos estabelecidos ofereça rastreabilidade em suas peças, assegurando o acesso aos dados da cadeia produtiva e ampliando a transparência do setor.

Sou de Algodão: movimento completa 10 anos em 2026

A trajetória do algodão também foi destaque no São Paulo Fashion Week 2025, por meio do movimento Sou de Algodão. O desfile reuniu seis estilistas de renome da moda brasileira para traduzir, nas passarelas, a importância da rastreabilidade e a conexão entre o consumidor e as histórias das milhares de pessoas que trabalham na cadeia produtiva.

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“O público da moda está cada vez mais exigente em relação à origem e aos processos de produção do que consome. Nesse cenário, a rastreabilidade confere ainda mais credibilidade ao algodão brasileiro, tanto no mercado interno quanto no exterior”, afirmou a diretora de Relações Institucionais da Abrapa e gestora do movimento Sou de Algodão, Silmara Ferraresi.

Em 2026, o movimento que foi lançado na SPFW para unir a cadeia produtiva e têxtil e estimular o uso do algodão brasileiro completa 10 anos. “O Sou de Algodão mostra como o algodão é importante para o Brasil e o mundo através da comunicação, ações e campanhas. Nesses 10 anos, dialogamos com pessoas cada vez mais preocupada com origem, qualidade e sustentabilidade daquilo que consome”, analisa a diretora.

Cotton Brazil amplia diálogo em defesa da fibra natural

No comércio exterior, 2025 consolidou o Brasil como líder global do algodão ao unir escala, competitividade e sustentabilidade. O país é o terceiro maior produtor mundial e o primeiro exportador desde 2024, respondendo por 33% das exportações globais.

Na safra 2024/2025, foram embarcadas 2,8 milhões de toneladas, gerando US$ 4,8 bilhões em receita. O Brasil ampliou sua participação em todos os principais mercados importadores, com destaque para Índia, Egito e Paquistão.

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Esse desempenho é impulsionado pelo projeto setorial Cotton Brazil, responsável por orientar a estratégia internacional do setor. O diretor de relações internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, explicou que o próximo ano será essencial para a manutenção do mercado conquistado. Segundo ele, “Em 2026 e 2027, o Cotton Brazil terá como foco a defesa de mercado, o fortalecimento da imagem e a expansão do consumo frente às fibras sintéticas. Para isso, continuamos priorizando os dez maiores compradores do algodão brasileiro, responsáveis por 96% das importações mundiais, mas expandimos nossas ações voltadas ao varejista e ao consumidor final, que se concentram na Europa e Estados Unidos”.

Congresso Brasileiro de Algodão (CBA) acontece em Belo Horizonte em 2026

A organização do CBA 2026 já está em andamento. O tema da sua próxima edição será “Algodão Brasileiro: Fibra Natural, uma jornada com propósito, qualidade e transparência”. O evento está marcado para setembro de 2026, na cidade de Belo Horizonte, e tem expectativa de público recorde.

Neste ano, a 14ª edição do CBA, que aconteceu em 2024, ganhou o primeiro lugar no Prêmio Caio, na categoria que reconhece os melhores congressos nacionais. O Prêmio Caio é comparado ao “Oscar” dos eventos no Brasil.

Segundo o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, o reconhecimento concedido ao 14º CBA simboliza um marco na trajetória do Congresso e reflete o protagonismo alcançado pelo algodão brasileiro no cenário internacional. “Além de conquistarmos a liderança nas exportações globais, o CBA registrou o maior público de sua história. Essa premiação consolida esse momento histórico vivido pela Abrapa”, afirmou.

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Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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