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Agricultura

Citricultura -Psilídeo-dos-citros é alvo de novo programa de tratamento desenvolvido pela Sipcam Nichino Brasil

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Intensificação dos tratamentos frente à praga respondeu por R$ 271 milhões, 23% do mercado total de defensivos da cultura, segundo pesquisa da Kynetec – Reprodução

A Sipcam Nichino mobiliza equipes com vistas ao controle do ‘greening’ nos pomares. A doença, transmitida pelo inseto conhecido como psilídeo-dos-citros, (Diaphorina citri), constitui hoje a principal preocupação do setor produtivo e tem pressionado para baixo a produtividade de plantas e para cima o preço da laranja. Uma das líderes do setor de agroquímicos, a companhia informa que desenvolveu uma nova estratégia para manejo eficaz da praga, ancorada no inseticida Fiera® e no acaricida Fujimite®.

Para a empresa, a integração desses produtos de seu portfólio ao manejo do greening transfere eficácia e boa relação custo-benefício ao produtor. Nas avaliações a campo, exemplifica a Sipcam Nichino, realizadas na Estação Experimental Sylvio Moreira, do Instituto Agronômico (IAC), Fujimite® foi aplicado em diferentes doses e entregou indicadores de controle do psilídeo de 80% a 100%, nos períodos de três dias, cinco dias e sete dias após aplicado.

De acordo com a Sipcam Nichino, o inseticida Fiera®, lançado este ano, conta com propriedades fisiológicas reguladoras de crescimento de insetos. O novo agroquímico tem por ingrediente ativo a buprofezina e atua por contato e vapor sobre todas as fases do psilídeo. A recomendação da companhia é a de fazer duas aplicações de Fiera® com intervalos de sete dias, sempre nos períodos de maior ocorrência de brotações no pomar, quando há pressão mais intensa do inseto.

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“Mais desafiador safra após safra, o greening se converteu na principal preocupação da cadeia citrícola”, reforça Marcelo Palazim, engenheiro agrônomo, da área de desenvolvimento de mercado. “Uma das principais recomendações ao citricultor é realizar a rotação de produtos com diferentes ingredientes ativos, a base do programa de manejo da Sipcam Nichino.”

Dados do Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura, dão conta de que no estado de São Paulo a presença do greening cresceu 56%, de 24,4% dos pomares, em 2022, para 38,06% em 2023. Há ainda relatos de prejuízos de até R$ 3,5 milhões registrados em virtude da doença, em determinadas fazendas.

Uma pesquisa divulgada pela Kynetec Brasil revelou que a intensificação dos tratamentos para controle do psilídeo-dos-citros respondeu por R$ 271 milhões, ou 23% do mercado total de defensivos da cultura (R$ 1,2 bilhão), no ciclo 2022-23. Conforme a consultoria, as vendas de produtos para conter o avanço da praga saltaram 42%, ante R$ 191 milhões da safra anterior.

Criada em 1979, a Sipcam Nichino resulta da união entre a italiana Sipcam, fundada em 1946, especialista em agroquímicos pós-patentes e a japonesa Nihon Nohyaku (Nichino). A Nichino tornou-se a primeira companhia de agroquímicos do Japão, em 1928, e desde sua chegada ao mercado atua centrada na inovação e no desenvolvimento de novas moléculas para proteção de cultivos.

Fernanda Campos

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Qual é o papel do Brasil na disputa entre EUA e China?

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Foto: Xinhua/Shen Hong

Os Estados Unidos e a China anunciaram uma trégua na guerra comercial, prometendo reduzir tarifas e ampliar o comércio agrícola. À primeira vista, parece o retorno da diplomacia ao mundo dos negócios. Mas, por trás da foto oficial e das palavras cautelosas, o que se vê é uma pausa estratégica, não o fim de uma disputa que define o século XXI.

Uma trégua tática em uma guerra estrutural

O acordo entre as duas maiores economias do planeta não representa reconciliação, mas gestão temporária da rivalidade. Desde que a China ultrapassou os EUA em produção industrial e se aproximou em inovação tecnológica, Washington deixou de ver Pequim como parceira e passou a tratá-la como adversária.

As tarifas são apenas um sintoma. A raiz da disputa está em quem controlará o futuro, a inteligência artificial, os semicondutores, as rotas marítimas e as cadeias de abastecimento. É um duelo de modelos políticos e econômicos, em que ambos querem ser a força dominante do planeta.

Trump aposta em um retorno industrial movido a protecionismo e corte de impostos. Mas essa estratégia tem se mostrado cara, ineficiente e isolacionista. Boa parte da produção americana já migrou para o território chinês nas últimas três décadas, um movimento difícil de reverter com decretos ou bravatas.

Enquanto isso, a China joga o jogo longo, investe pesado em tecnologia, energia limpa e infraestrutura global, da Ásia à África e à América Latina. Sua estratégia é de hegemonia paciente, não de explosões momentâneas.

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Alimentos, o calcanhar de Aquiles chinês

No entanto, há uma vulnerabilidade estrutural que a China ainda não conseguiu superar: a comida. O país pode dominar a robótica, os chips e o 5G, mas depende do mundo, e, sobretudo, do Brasil, pois é confiável e preparado para produzir o alimento que precisa. 

Com uma população de 1,4 bilhão de pessoas e terras agrícolas limitadas, Pequim traçou uma meta de autossuficiência apenas para arroz e trigo. Soja e milho, essenciais para sua gigantesca indústria de ração e proteínas, são importados em larga escala. E, nesse campo, o Brasil é insubstituível.

Em 2025, cerca de 65% da soja comprada pela China veio do Brasil. Em alguns meses, essa fatia passou de 80%. Além disso, o país asiático se tornou  maior comprador de carne bovina e de frango brasileiros, consolidando uma parceria estratégica que resiste a crises e discursos políticos.

Mesmo quando Pequim alterna compras dos Estados Unidos, por razões diplomáticas, o fluxo sempre retorna ao Brasil. A soja brasileira é mais competitiva, está livre de tensões militares e vem de um fornecedor que não impõe condições geopolíticas.

Esse cenário coloca o Brasil em uma posição estratégica singular. Num mundo em que as duas potências brigam por chips, satélites e armas, quem garante comida tem poder.
Mas esse poder só se sustenta com credibilidade sanitária, eficiência logística e estabilidade interna.

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O país precisa reforçar a vigilância contra pragas e doenças, manter acordos fitossanitários e ampliar a infraestrutura de portos, ferrovias e armazenagem. Cada falha, um surto de gripe aviária, um embargo logístico, pode abrir espaço para concorrentes ou provocar perdas bilionárias.

Além disso, o Brasil deve aprender a transformar grão em valor. Exportar soja é importante, mas exportar proteína animal, biocombustível e derivados é o caminho para blindar margens e criar empregos. O mundo paga mais por inteligência e sustentabilidade do que por toneladas brutas.

A atual trégua entre EUA e China pode durar meses,. Mas o confronto por hegemonia global vai continuar, na tecnologia, na moeda, no comércio e na influência política.

No entanto, a fome não tira férias. E é aí que o Brasil entra como o fornecedor confiável de alimentos que a China não pode dispensar, país com dimensão continental que produz o ano todo

Se o país souber preservar sua estabilidade institucional e sua imagem de produtor seguro, essa dependência se tornará um ativo estratégico, não apenas econômico, mas geopolítico.

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Enquanto Estados Unidos e China disputam quem comanda o mundo, o Brasil tem a chance de se consolidar como quem o alimenta.

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.

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Agricultura

Fundação apresenta orientações sobre metas climáticas e mercado de carbono ao agro

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Foto: Pixabay

A Fundação Dom Cabral apresentou aos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da Agricultura um conjunto de recomendações do agronegócio para as metas climáticas brasileiras e para o mercado de carbono.

O documento foi elaborado em parceria com o Instituto Clima e Sociedade e contou com a colaboração de mais de 60 organizações do setor agropecuário.

Segundo o professor da Fundação Dom Cabral, Fábio Marques, o estudo identificou cinco eixos prioritários para implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) que incluem métricas e metodologias de incentivo à agricultura regenerativa tropical, mitigação das emissões de metano, ampliação de financiamentos verdes e fortalecimento da pesquisa e inovação público-privada.

Marques destacou ainda a importância da capacitação de produtores rurais em práticas de mensuração de emissões e remoções de carbono, reforçando que “quem não mede, não gerencia”.

Para ele, a adequação das metodologias permitirá ao produtor enxergar as mudanças climáticas não como ameaça, mas como oportunidade de diferenciação e valorização no mercado global.

Incentivos a praticas no campo

Segundo Marques, a transição do agro para uma economia de baixo carbono deve ser encarada como uma “abordagem de portfólio”, com diferentes medidas aplicadas conforme o contexto de cada atividade.

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Entre as ações propostas estão linhas de financiamento com juros diferenciados, melhores condições de garantia, além do fortalecimento do mercado de carbono regulado, que pode gerar receita adicional a partir da redução de emissões.

O documento também sugere aperfeiçoamento dos seguros rurais para uma gestão de risco mais equilibrada e o avanço em questões regulatórias, como a regularização fundiária.

De acordo com Marques, essas medidas, quando implementadas de forma coletiva e coordenada, têm potencial para impulsionar a transição climática do agro brasileiro, reduzindo passivos ambientais e valorizando seus ativos naturais no cenário global.

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Agricultura

Retenção de animais e movimentos de China e EUA influenciam mercado do boi gordo

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Imagem gerada por IA

O mercado do boi gordo encerrou nesta quinta-feira (30) com viés positivo, impulsionado pela melhora nas condições das pastagens e pelo aumento gradual da demanda no mercado interno. De acordo com Isabela Ingracia, analista da Datagro , o indicador Datagro do Boi Gordo fechou nesta quinta-feira (30) a R$ 318,58 por arroba na praça de São Paulo, refletindo um movimento de sustentação nos preços nas últimas semanas.

Segundo a analista, o cenário de chuvas mais regulares nas principais regiões produtoras durante a segunda quinzena de outubro tem levado à maior retenção de animais, o que reduz a oferta imediata de boi pronto para o abate. “Essas precipitações têm favorecido as pastagens e permitido ao produtor segurar um pouco mais o gado, diluindo os lotes que estavam concentrados”, explicou.

No lado da demanda doméstica, o mercado começa a sentir os efeitos da sazonalidade de fim de ano, com expectativa de aquecimento do consumo em novembro e dezembro, impulsionado pelas festas e pelo pagamento do 13º salário.

Além disso, o mercado externo segue aquecido, com o Brasil renovando recordes de exportação de carne bovina na parcial de outubro. “O cenário internacional continua construtivo. Seguimos atentos apenas às discussões sobre taxações com os Estados Unidos e às negociações entre os presidentes Trump e Lula, que podem influenciar o ritmo do comércio nos próximos meses”, observou Ingracia.

A analista destacou ainda que a China mantém uma demanda firme, embora o setor acompanhe com cautela a investigação da salvaguarda que ainda está em andamento no país asiático.

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“O conjunto de fatores, menor oferta, chuvas, melhora do consumo interno e boas exportações, tende a sustentar os preços do boi gordo neste início de novembro”, diz Ingracia.

Veja abaixo a cotação do boi gordo nas principais praças:

São Paulo: de R$ 318,58

Goiás: de R$ 308,52

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Minas Gerais: de R$ 305,94

Mato Grosso: R$ 306,01

Mato Grosso do Sul: de R$ 320,12

Pará: de R$ 302,71

Rondônia: de R$ 287,10

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Tocantins: de R$ 302,93

Bahia: de 302,68

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