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Agronegócio

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

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FOTO: Arquivo MAPA

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

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“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

A abertura desse novo mercado é resultado de ação coordenada entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), com a participação do setor pesqueiro brasileiro.

(Com MAPA)

Redação Sou Agro

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Muçarela lidera transformação da cadeia leiteira em Mato Grosso

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Foto: Freepik

 

Mato Grosso tem ganhado protagonismo na cadeia leiteira. Um produto em especial tem liderado essa transformação, o queijo muçarela. De acordo com o Diagnóstico da Cadeia Leiteira de Mato Grosso de 2022, elaborado em conjunto pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e a Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (MT Leite), 75% da produção de derivados nas cooperativas entrevistadas é destinada exclusivamente à fabricação desse tipo de queijo.

Segundo o levantamento, 44,11% do leite é direcionado à sua produção, superando com folga o leite UHT (longa vida), que representa 18,33%. Os dados apontam que, além de ser o queijo mais consumido pelos brasileiros, a muçarela também lidera a destinação do leite captado pelos laticínios no estado

Essa predominância indica uma mudança estratégica por parte das indústrias e cooperativas. Ao invés de focar apenas no leite fluido, o setor opta por agregar valor por meio de produtos com maior aceitação e rentabilidade.

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“A muçarela é o verdadeiro elo entre o campo e a mesa do consumidor. Está no misto-quente, na pizza, no nosso baguncinha. Um ingrediente simples que entrega valor, sabor e identidade”, destaca Antônio Carlos Carvalho de Sousa, produtor rural e presidente da Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (MT Leite).

Do leite à muçarela

Com mais de 455 milhões de litros de leite produzidos em 2023, Mato Grosso ocupa atualmente o 12º lugar no ranking nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento da cadeia e a valorização regional são reflexos claros disso.

É o caso do pecuarista de São José dos Quatro Marcos – MT, Wagner Vasques Bello. Com 22 anos de atuação como cooperado na Cooperativa Agropecuária do Noroeste do Mato Grosso – Coopenoroeste/Lacbom, onde hoje é vice-diretor, Wagner acompanha de perto todas as etapas da cadeia, especialmente a transformação do leite em queijo muçarela que abastece o mercado regional.

Diariamente, a unidade processa cerca de 12 mil litros de leite que são destinados à produção do queijo muçarela. “Aqui, a gente não aposta só em um produto. A muçarela tem muita saída, claro, mas é junto com os outros derivados que a gente consegue manter o negócio girando. Cada produto tem seu público, e juntos eles fazem a diferença no nosso resultado”, explica Wagner.

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Cerca de 90% da produção permanece em Mato Grosso, atendendo supermercados, comércios locais e consumidores que priorizam alimentos produzidos na própria região. Os outros 10% seguem para clientes em outros estados.

Além do impacto econômico direto, Wagner reforça o papel social da atividade leiteira. “Ser produtor de leite exige muito, mas também traz orgulho. O leite tem força, e quando vira queijo, requeijão, doce… aí sim é que ele chega com gosto na casa das pessoas”, afirma.

De um só ingrediente, nascem mil delícias

O crescimento da cadeia leiteira mato-grossense tem sido impulsionado também pela articulação institucional. A MT Leite, antiga Aproleite, passou por um reposicionamento de marca fortalecendo sua missão de representar e fortalecer os produtores de leite.

Para isso, investe em campanhas de valorização do leite e seus derivados, ações educativas nas cidades e diálogo com poder público e setor privado. “Produzir leite é um compromisso com a saúde e com a alimentação da população. E o Mato Grosso tem muito a contribuir nesta missão”, reforça o presidente da MT Leite, Antônio Carlos Carvalho de Sousa.

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Além da importância nutricional, o setor tem impacto social direto, gerando renda em pequenos municípios e movimentando economias locais. A muçarela, nesse contexto, se tornou mais que um queijo: é símbolo de inovação, identidade e oportunidade.

Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Preço do milho cai mais de 40% em Mato Grosso, mas consumo local impede queda mais acentuada

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Milho em Mato Grosso (Foto: Guilherme Viana)

 

O mercado do milho em Mato Grosso vem enfrentando uma fase de desvalorização intensa. De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o preço da saca do grão teve uma retração de 41,03% nos últimos três meses, refletindo a expectativa de uma colheita mais volumosa na safra 2024/25.

Apesar do movimento de baixa, o cereal tem se mantido com preços acima de R$ 40,00 por saca. Isso se deve, em grande parte, ao consumo interno no estado, que tem funcionado como uma espécie de amortecedor, segurando uma desvalorização ainda maior no curto prazo.

Demanda interna evita colapso no valor do milho

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Comparação anual revela leve valorização

Segundo o boletim do Imea, entre os dias 21 e 25 de julho de 2025, o milho em Mato Grosso apresentou um crescimento de 3,43% nos preços em relação ao mesmo período de 2024. O motivo está na antecipação das negociações da atual safra em comparação ao ano anterior e no ritmo mais lento da colheita, que distribuiu melhor a chegada do grão ao mercado.

Esse atraso na colheita teve efeito direto na contenção da pressão de oferta imediata, contribuindo para que os valores não fossem ainda mais pressionados para baixo.

Além dos elementos locais, o comportamento do mercado internacional influencia diretamente as cotações do milho em Mato Grosso. Fatores como a variação cambial e o desempenho das bolsas de grãos, especialmente em Chicago, impactam o poder de negociação dos produtores brasileiros.

Com a colheita avançando e as previsões indicando uma produção elevada, o mercado segue atento aos próximos movimentos. O câmbio, aliado ao consumo interno e à movimentação global de grãos, será determinante para os preços nas próximas semanas.

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Fonte: CenárioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Mesmo com tarifaço dos EUA, agro de Mato Grosso segue resiliente com foco na China

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Agro de Mato Grosso

 

No primeiro semestre de 2025, as exportações mato-grossenses para os EUA representaram apenas 1,1% do total enviado pelo estado ao mercado internacional. Uma fatia pequena diante dos mais de R$ 14 bilhões comercializados no período. Isso torna Mato Grosso relativamente blindado frente às políticas protecionistas norte-americanas, como o novo pacote tarifário de 50% que entra em vigor em 1º de agosto.

Mercados diversificados garantem solidez ao agro mato-grossense

China se mantém como grande compradora do agro de MT

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Os laços comerciais de Mato Grosso com a China são, mais do que nunca, um diferencial estratégico. Em momentos de turbulência econômica global e barreiras comerciais, estar ancorado a um mercado robusto e em expansão como o asiático proporciona estabilidade e segurança para os produtores. A diversificação dos parceiros comerciais tem sido um dos pilares da competitividade agrícola do estado.

Mesmo com possíveis instabilidades globais, Mato Grosso mostra que não depende de um único comprador. Pelo contrário: aposta em novas rotas, certificações sanitárias e qualidade do produto como formas de abrir portas ao redor do mundo. E isso tem dado resultado.

Setores industriais e carne podem enfrentar maior pressão

Impactos pontuais exigem foco em soluções e mercados emergentes

É verdade que alguns segmentos devem sentir o baque com maior intensidade. Indústrias ligadas à carne bovina, madeira, mineração e produtos manufaturados podem enfrentar instabilidade, cancelamento de contratos e queda de receita. Mas esses são desafios que, com agilidade comercial e apoio institucional, podem ser mitigados.

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O momento pede atenção, mas não pânico. A estrutura exportadora mato-grossense é sólida e tem margem de manobra. Com incentivos fiscais, fortalecimento de mercados alternativos e promoção internacional, o estado pode transformar a crise em oportunidade — não apenas para contornar barreiras, mas para crescer ainda mais de forma independente e sustentável.

Mato Grosso não é imune às tensões do cenário internacional, mas está melhor posicionado do que muitos outros estados. Com planejamento e visão de futuro, o agro mato-grossense segue como um dos pilares mais resilientes da economia brasileira, provando que diversificação e estratégia são as melhores respostas a qualquer tarifaço.

Fonte: CenárioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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