Mato Grosso
Botelho atende pedido de Diego e PL dos honorários vai a Plenário

Assessoria
O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), afirmou que colocará em votação na sessão desta quarta-feira (05.06) o Projeto de Lei que permite a tramitação dos processos que envolvem a cobrança de honorários advocatícios sem que haja o pagamento antecipado das custas processuais. A confirmação da inclusão da proposta, de autoria do deputado Diego Guimarães (Republicanos), na pauta foi dada após uma reunião entre os deputados, a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, e o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Casa, Júlio Campos (União).
A Botelho, Guimarães explicou que a proposta visa, na prática, assegurar que os advogados possam receber por seu trabalho sem pagar as custas antecipadamente, como tem ocorrido em muitos casos, mesmo com uma lei isentando os advogados deste pagamento. Esta lei está em vigor há cinco anos e foi de autoria do ex-deputado Sílvio Fávero. Ele destacou que esta lei, inclusive, é alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), apresentada pelo Ministério Público Estadual. “Estamos falando do salário do advogado, dos vencimentos que ele aufere para se sustentar, para sustentar a família dele”.
No mesmo sentido, Gisela pontuou que, infelizmente, o advogado é o único ator do Poder Judiciário que precisa pagar antecipadamente para receber por seu trabalho. “Infelizmente, cinco anos depois que esta isenção virou lei, o MPE ingressou com esta ação e o deputado Diego decidiu elaborar esta proposta que determina que se não for deferida a isenção, que o pagamento seja feito apenas ao final, pela parte vencida”. O argumento do MPE para propor a Adin é a de que o texto não conta com previsibilidade orçamentária. Atualmente, 26 mil advogados atuam em Mato Grosso e são afetados por esta medida.
Em resposta, Botelho se colocou a favor da manutenção da isenção e garantiu que o PL apresentado por Diego será colocado em votação já nesta quarta, em regime de urgência. Além disso, ele colocou à disposição da OAB-MT a Procuradoria Legislativa da Casa para atuar em conjunto com a Ordem na defesa da Adin impetrada pelo MPE. “A proposta tem meu apoio e vamos fazer o possível para manter a lei aprovada”.
Além do apoio de Botelho, o Projeto de Guimarães recebeu o apoio de Júlio Campos. Ao reconhecer a importância da medida, o deputado assegurou que não haverá nenhum obstáculo na tramitação da matéria na CCJ, passo necessário para que ela seja colocada em votação no Plenário. “Se depender apenas da Comissão não vejo como não aprovarmos um texto de suma importância como este”.
Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Mato Grosso lidera índices de conflitos agrários em 2024, aponta relatório

Conflitos agrários
O mais recente Caderno de Conflitos no Campo Brasil 2024, divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), foi apresentado nesta quinta-feira (23), na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá. O evento, promovido pelo Fórum de Direitos Humanos e da Terra (FDHT) e pela CPT Mato Grosso, destacou um quadro alarmante de crescimento da violência no campo em todo o país — com o estado de Mato Grosso se mantendo no topo do ranking nacional de agressões, ameaças e destruição de territórios rurais.
Escalada de conflitos e aumento expressivo de vítimas
Segundo os dados do relatório, o número de ocorrências no estado aumentou em 137,25% e o de pessoas atingidas subiu 518,27% em relação a 2023. Todas as regiões do estado registraram crescimento na violência rural, com destaque para o Nordeste (40%) e o Norte (34,5%), enquanto o Sudoeste e o Sudeste apresentaram um salto de 150% nas notificações.
Entre os principais causadores da violência estão fazendeiros, empresários, garimpeiros e grileiros. O relatório aponta aumento expressivo na participação desses grupos: fazendeiros (+60%), empresários (+180%) e grileiros (+150%).
Populações mais afetadas
As principais vítimas continuam sendo indígenas, assentados, sem-terra, quilombolas e posseiros, que também sofreram um aumento significativo na violência sofrida:
- Indígenas: +200%
- Assentados: +166,6%
- Sem-terra: +83%
- Quilombolas: +50%
- Posseiros: +20%
Destruição e crimes ambientais crescem em ritmo alarmante
Os números mais impactantes do relatório apontam um salto de 3.004,6% em incêndios em áreas de conflito e de 661,1% na destruição de bens pessoais. Mato Grosso concentrou 25% de todos os casos de queimadas ligadas a disputas de terra no país.
Outros indicadores também chamam atenção: aumento de 229,4% no desmatamento ilegal, 223,7% nas ameaças de despejo e 200,3% em invasões de territórios rurais.
Populações tradicionais sob ameaça
A violência contra povos e comunidades tradicionais cresceu de forma desproporcional:
- Contra quilombolas: +1.717,4%
- Contra posseiros: +854%
- Contra indígenas: +357,7%
- Contra assentados: +69%
- Contra sem-terra: +48,7%
Conflitos pela água e intoxicações por agrotóxicos
Os conflitos pela água também se intensificaram, com aumento de 87,5% nas ocorrências e de 723,9% no número de famílias atingidas. O documento registra ainda 250 famílias intoxicadas por agrotóxicos em disputas por terra — o 6º maior índice do país — e crescimento de 108,3% nos casos de contaminação.
Mato Grosso na liderança da violência no campo
Segundo a CPT, 63% dos incêndios rurais registrados no Brasil ocorreram na Amazônia Legal, com Mato Grosso liderando em praticamente todas as categorias de conflito da região Centro-Oeste.
Violência institucional e criminalização de defensores
Além das agressões físicas e ambientais, o relatório evidencia o avanço da violência institucional e a criminalização de defensores de direitos humanos. Um caso emblemático ocorreu em maio de 2024, quando trabalhadores rurais, um padre ligado à CPT e uma defensora pública foram presos de forma arbitrária durante uma operação policial em Novo Mundo (MT). O episódio, denunciado por entidades nacionais e internacionais, é citado como exemplo do uso do aparato estatal para intimidar quem defende os direitos das populações do campo.
Sobre o Caderno de Conflitos
O Caderno de Conflitos no Campo é uma das publicações mais relevantes da CPT, que completa 50 anos de atuação em 2025, com trabalho histórico na defesa dos direitos humanos de comunidades camponesas, indígenas, quilombolas e sem-terra.
Os dados são produzidos pelo Centro de Documentação Dom Tomás Balduíno (CEDOC/CPT), referência desde 1985 na sistematização de informações sobre os conflitos no campo brasileiro. A publicação é amplamente utilizada por pesquisadores, movimentos sociais e órgãos públicos no Brasil e no exterior.
Serviço:
Evento de lançamento do Caderno de Conflitos no Campo 2024 — UFMT, Cuiabá. Realização: Fórum de Direitos Humanos e da Terra (FDHT) e CPT Mato Grosso.
Fonte: CenárioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Procon Estadual apura legalidade de nova tarifa Básica de companhias aéreas em MT

Procon-MT
Procon de Mato Grosso instaurou procedimentos de averiguação preliminar para apurar a legalidade da nova modalidade tarifária denominada “Básica”, implementada por companhias aéreas que operam no Estado, como Latam Airlines Group S.A., Gol Linhas Aéreas e Azul Linhas Aéreas.
A investigação foi motivada por relatos e notícias nacionais que apontam que essa nova tarifa retira o direito do passageiro de transportar gratuitamente uma bagagem de mão de até 10 kg, permitindo apenas o embarque com um item pessoal, como bolsa ou mochila, que deve ser acomodado sob o assento à frente do passageiro.
A prática pode configurar aumento indireto de preços, redução da oferta de serviços e violação da legítima expectativa do consumidor, além de levantar dúvidas quanto à transparência das informações no momento da compra da passagem.
A apuração tem como base o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90), a Constituição Federal de 1988 e a Resolução nº 400/2016 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que garante o direito ao transporte gratuito, na cabine, de uma bagagem de mão de até 10 kg.
De acordo com a secretária adjunta de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor, Cristiane Vaz, o transporte de uma bagagem de mão de até 10 kg sempre integrou a tarifa aérea básica no Brasil e está previsto na regulação vigente.
“A exclusão desse direito, ainda que por meio de nova categoria tarifária, exige análise rigorosa sobre sua compatibilidade com o ordenamento jurídico e com os direitos do consumidor”, explica a secretária.
As companhias foram notificadas a apresentar, em até 48 horas, informações detalhadas sobre a política comercial da tarifa “Básica”, o material publicitário e o fluxo de compra nos sites e aplicativos, demonstrando como as informações são disponibilizadas ao consumidor. Também deverão encaminhar a tabela de custos adicionais para inclusão ou despacho de bagagem e justificativas técnicas e jurídicas para a retirada da franquia gratuita.
O Procon-MT também irá oficiar a Anac para o compartilhamento de informações técnicas e eventuais investigações sobre o tema.
Para o órgão, mudanças em serviços essenciais, como o transporte aéreo, devem garantir clareza, transparência, segurança e respeito aos direitos do consumidor. Caso sejam constatadas irregularidades, as empresas poderão ser responsabilizadas e sofrer sanções administrativas, inclusive multas.
“O consumidor tem direito à informação clara, à proteção contra práticas abusivas e a serviços adequados e seguros. Nosso papel é assegurar que esses direitos sejam respeitados e que o mercado opere de forma equilibrada e transparente”, concluiu a secretária Cristiane.
Layse Ávila | Setasc-MT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Governo de MT decreta ponto facultativo na próxima segunda-feira (27)

Secom-MT
O governador Mauro Mendes decretou ponto facultativo para os servidores públicos estaduais na próxima segunda-feira (27.10) e manteve o feriado do Dia do Servidor Público, comemorado na terça (28.10). O expediente na Administração Pública Estadual retoma normalmente na quarta-feira (29).
O decreto foi assinado nesta quinta-feira (23.10).
“Nossos servidores públicos têm contribuído muito para os resultados alcançados pelo Governo do Estado. Temos feito grandes entregas em todos os 142 municípios e melhorado os serviços em todas as áreas, e tudo isso não seria possível sem o trabalho fundamental dos servidores”, afirmou o governador.
De acordo com o documento, caberá aos dirigentes dos órgãos e entidades “a preservação e o funcionamento dos serviços essenciais afetos às respectivas áreas de competência”.
Lucas Rodrigues | Secom-MT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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