Agronegócio
IBGE Projeta Safra de 311 Milhões de Toneladas em 2025, Aumento de 5,8% em Relação a 2024
Ilustração
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, em outubro de 2024, o primeiro prognóstico para a safra de 2025, projetando uma produção de 311 milhões de toneladas de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas. Esse volume representa um crescimento de 5,8% em relação à safra de 2024, o que equivale a um acréscimo de 17,2 milhões de toneladas.
Em comparação com a safra de 2024, que foi de 293,8 milhões de toneladas, a produção de grãos deverá superar os números do ano anterior, que enfrentou sérios desafios climáticos, afetando negativamente o rendimento de diversas culturas. O aumento da produção em 2025 é impulsionado, especialmente, pela soja, que deve registrar um incremento de 10,9% (ou 15,7 milhões de toneladas), pelo milho 1ª safra, com um aumento de 9,1%, e pelo arroz, que deve crescer 6,0%. Por outro lado, a produção de algodão herbáceo e milho 2ª safra deverão ter declínios estimados de 0,7% e 1,8%, respectivamente.
Em termos de área plantada, a estimativa para 2025 é de 78,7 milhões de hectares, com um aumento de 1,1% em relação a 2024. A área destinada ao cultivo de arroz, soja e milho representa 87,2% da superfície total prevista. A soja continuará a dominar a produção, com um aumento projetado de 10,9% na produção, alcançando um novo recorde, enquanto o milho deverá apresentar uma produção de 115,9 milhões de toneladas, com destaque para o aumento de 9,1% no milho 1ª safra, embora a produção do milho 2ª safra seja afetada por fatores climáticos.
Variações Regionais
A previsão de crescimento para a produção de grãos em 2025 é positiva para diversos estados brasileiros. Os maiores aumentos estão previstos para o Paraná (13,6%), Rio Grande do Sul (12,4%), Mato Grosso do Sul (24,1%) e São Paulo (16,3%). No entanto, alguns estados, como Mato Grosso, Maranhão e Pará, devem experimentar quedas na produção, com destaque para o Pará, que pode registrar uma redução de 13,3%.
Cultura de Algodão e Soja
A produção de algodão herbáceo (em caroço) deverá alcançar 8,8 milhões de toneladas, com uma leve redução de 0,7% em relação a 2024. A maior parte da produção de algodão no Brasil é concentrada no Mato Grosso, que responde por 71,3% da produção nacional.
Por sua vez, a soja, que é o principal produto do setor agrícola nacional, deve alcançar 160,2 milhões de toneladas, um aumento de 10,9%. O crescimento também se deve ao aumento de 9,8% no rendimento médio, com um total de 3.475 kg/ha.
Projeções para Outras Culturas
O feijão, considerado um item básico da alimentação brasileira, também deverá apresentar aumento de 5,3% em sua produção, atingindo 3,3 milhões de toneladas, com uma participação significativa da 1ª safra, que deve atingir 1,1 milhão de toneladas.
Outras culturas como o sorgo, o trigo, a mandioca e o arroz também têm suas estimativas ajustadas, com o sorgo apresentando um declínio de 3,2% na produção e o trigo um crescimento de 5,3% em relação a 2024.
Perspectivas para o Futuro
A produção de grãos no Brasil, que representa um pilar essencial para a economia nacional e a segurança alimentar, deve continuar a crescer em 2025, apesar dos desafios enfrentados em 2024. A previsão positiva para culturas chave como soja, milho e arroz indica que o Brasil se prepara para um novo ciclo produtivo, ainda que com variações regionais e sazonais que exigem atenção contínua das autoridades agrícolas e dos produtores.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção agropecuária brasileira deve alcançar R$ 1,31 trilhão diz o Mapa
Imagem Ilustrativa
O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira para a safra 2024/2025 foi estimado em R$ 1,31 trilhão, representando um crescimento de 7,6% em relação ao ciclo anterior. Divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a projeção aponta que as lavouras contribuirão com R$ 874,80 bilhões (67,7% do total), enquanto a pecuária será responsável por R$ 435,05 bilhões (32,6%).
O desempenho positivo reflete avanços em diversas culturas e atividades pecuárias. Na agricultura, o destaque ficou para a soja e o arroz, cuja alta na produção foi determinante para o aumento do VBP. Já para a laranja e o café, o principal fator foi a valorização dos preços. No setor pecuário, a recuperação dos preços teve o maior impacto nos resultados, indicando uma melhora significativa na rentabilidade dos rebanhos.
Os dados, baseados em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e preços coletados de fontes oficiais, também mostram avanços em relação à safra 2023/2024, que teve crescimento de 6,7% nas lavouras e 9,5% na pecuária. O estudo abrange 19 culturas agrícolas e cinco atividades pecuárias, oferecendo um panorama detalhado da economia rural brasileira.
O VBP, divulgado mensalmente, é um indicador essencial para avaliar o desempenho do setor agropecuário e projetar tendências econômicas no campo. Com esses números, o Brasil reforça seu papel de liderança na produção global de alimentos, destacando-se não apenas pela quantidade, mas também pela diversificação e eficiência produtiva.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Pedido de desculpas: declaração de Bompard colocaram em risco as operações do Carrefour no Brasil
Assesoria
Com faturamento de R$ 95 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil é o segundo maior mercado do Carrefour no mundo, atrás apenas da França. Esse é o tamanho do problema gerado pelas declarações do CEO global do grupo, Alexandre Bompard, que orientava a suspensão da compra de carne do Mercosul.
A declaração de Bompard foi publicada no dia 20 e a reação foi imediata: grandes frigoríficos como JBS e Marfrig interromperam o fornecimento de carne à rede varejista no Brasil. Nas últimas horas, cerca de 40 empresas declararam oficialmente a suspensão de negociações com o grupo. Políticos brasileiros também entraram na discussão, com deputados expressando apoio a ações contra as lojas Carrefour, Atacadão e Sam’s Club.
“Infelizmente, a decisão pela suspensão do fornecimento de carne impacta nossos clientes, especialmente aqueles que confiam em nós para abastecer suas casas com produtos de qualidade e responsabilidade”, afirmou o Carrefour Brasil em comunicado.
A empresa citou que está em busca de “soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil”.
Diante da escalada do problema, a empresa trabalha na elaboração de uma carta de retratação. A expectativa é que o próprio Bompard assine o documento, no qual deve reconhecer os equívocos da declaração e reafirmar a parceria histórica com o setor de carnes brasileiro. Fontes indicam que o texto será previamente submetido ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar novos desgastes.
A embaixada francesa no Brasil participa das negociações para entregar oficialmente a retratação, seja por meio do embaixador Emmanuel Lenain ou do presidente do Carrefour Brasil, Stéphane Maquaire. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o governo brasileiro só aceitará um pedido de desculpas se for considerado suficientemente claro e enfático.
Enquanto isso, os impactos começam a ser sentidos nas gôndolas dos supermercados da rede, com relatos de desabastecimento de carne. Além disso, o risco de perda de competitividade cresce: especialistas apontam que o Atacadão, maior bandeira do grupo no Brasil, pode perder a liderança para o Assaí caso a crise não seja resolvida rapidamente.
Com o Brasil representando uma fatia tão significativa dos negócios do Carrefour global, a resposta a essa crise se tornou prioridade para a empresa. A resolução do impasse pode determinar não apenas a continuidade da parceria com o agronegócio brasileiro, mas também a reputação e a posição da marca no mercado nacional.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
FGVAgro: agroindústria brasileira cresce 1,6% em setembro de 2024, impulsionada por não-alimentícios
Assesoria
A agroindústria brasileira registrou um crescimento de 1,6% no volume de produção em setembro de 2024, na comparação com o mesmo mês de 2023, segundo dados do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV), o FGVAgro.
O desempenho foi impulsionado exclusivamente pelo segmento de Produtos Não-Alimentícios, que apresentou alta de 4,5% no período. Já o segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas registrou queda de 0,7%, refletindo uma redução na produção de alimentos de origem vegetal.
As projeções para o último trimestre do ano são otimistas. O FGVAgro estima um crescimento de 3,1% no período em relação ao ano anterior, o que pode levar a um avanço acumulado de 2,7% em 2024. Caso a previsão se confirme, os dois segmentos devem contribuir para o resultado positivo: Produtos Alimentícios e Bebidas com alta de 2,9%, enquanto Produtos Não-Alimentícios devem crescer 2,5%.
Apesar das expectativas otimistas, o estudo aponta a taxa de câmbio como um fator de incerteza devido à sua volatilidade. Isso pode levar a revisões na projeção final de crescimento, que pode variar entre 2,5% e 2,7%. Ainda assim, o desempenho projetado destaca o papel estratégico da agroindústria na economia brasileira, mesmo em um cenário de desafios econômicos globais.
O setor segue demonstrando resiliência e diversificação. A força do segmento de Produtos Não-Alimentícios, aliada à recuperação esperada em Produtos Alimentícios e Bebidas, reforça a importância da agroindústria para o desenvolvimento econômico do país.
SETOR – Os produtos não-alimentícios são aqueles provenientes do setor agrícola, mas que não têm como destino o consumo humano ou animal direto. Alguns exemplos de produtos não-alimentícios do agronegócio que se encaixariam na análise da FGVAgro incluem:
Fibras têxteis: Como o couro e as fibras naturais (algodão, juta, sisal), utilizadas na indústria têxtil, de vestuário e na produção de móveis.
Biocombustíveis: Etanol e biodiesel produzidos a partir de cana-de-açúcar, soja e outras matérias-primas agrícolas. Esses produtos são essenciais para o setor de energia, mas não são consumidos diretamente como alimentos.
Produtos florestais: Como a celulose e o papel que são fabricados a partir de madeira, bem como outros produtos de madeira, como móveis e madeira serrada, que são consumidos no setor da construção civil e outros setores industriais.
Plástico biodegradável: Produzido a partir do amido de milho ou da cana-de-açúcar, utilizado em embalagens e outros produtos plásticos. Embora derivado de matéria-prima agrícola, não é um produto alimentar.
Óleos essenciais: Extraídos de plantas, como o óleo de lavanda e o óleo de eucalipto, usados principalmente em cosméticos, perfumes e outros produtos industriais.
Produtos químicos: Como biopesticidas e fertilizantes orgânicos, que são utilizados em diversas indústrias, mas não têm como objetivo o consumo direto como alimento.
O FGVAgro é especializado em pesquisas e análises do setor agroindustrial. O centro é reconhecido por produzir estudos detalhados sobre a produção agrícola, a dinâmica do mercado, a sustentabilidade e as políticas públicas voltadas ao agronegócio.
As pesquisas do FGVAgro são uma importante referência para produtores, empresários, investidores e gestores públicos, oferecendo dados estratégicos e insights para tomada de decisões no setor. Além disso, o centro acompanha as tendências econômicas e as oscilações do mercado global, contribuindo para o desenvolvimento e fortalecimento do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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