Agricultura
Embrapa investiga surto de viroses em tomateiros

Foto: Embrapa
Nos últimos três anos, um aumento na população de mosca-branca nas regiões produtoras de tomate tem deixado em alerta os produtores, os pesquisadores e técnicos que se dedicam à cultura. Condições climáticas favoráveis como altas temperaturas e baixa umidade favoreceram a taxa de reprodução dos insetos e, além disso, a alteração no regime de chuvas, como o veranico e a ocorrência de chuvas fortes e concentradas, soma dificuldades no controle da praga.
“As viroses transmitidas pela mosca-branca estiveram entre os principais problemas fitossanitários do tomateiro por volta de uma década atrás e estavam sob controle até que, de 2021 em diante, temos observado o aumento das revoadas de moscas-brancas que migram de cultivos de soja em final de ciclo e encontram alimento nas lavouras de tomate recém-plantadas”, contextualiza a pesquisadora Alice Nagata, da área de Virologia da Embrapa Hortaliças (Brasília/DF).
Com esse cenário, desde o ano passado, ficaram mais frequentes os relatos de produtores sobre a ocorrência severa de viroses em lavouras de tomate, que tem ocasionado grandes prejuízos financeiros em estados como Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
De acordo com a pesquisadora, quando se olha a paisagem agrícola, a presença da soja por perto piora a situação, a exemplo do que hoje tem se visto na região de Faxinal/PR, um polo importante de produção de tomate em estufa e com economia baseada em cultivo de milho e soja. Em casos assim, as plantas de soja multiplicam as moscas-brancas e ainda podem hospedar o vírus e contribuir para o agravamento da situação no tomateiro.
Amostras de plantas de tomate com sintomas de infecção viral, coletadas dessa região do Paraná, foram analisadas pela equipe do laboratório de Virologia da Embrapa Hortaliças e, segundo Alice, embora os resultados sejam preliminares, há indícios da importância dos begomovírus e da mosca-branca como inseto-vetor.
“Para um controle eficiente, é preciso que os agricultores e extensionistas estejam aptos a identificar os sintomas da doença na planta para, então, fazer um manejo adequado segundo as recomendações técnico-científicas”, esclarece. O uso de cultivares com algum nível de resistência às viroses é uma das medidas de controle possíveis, pois ainda que as plantas sejam infectadas há possibilidade de não comprometer completamente a produção.
Como as viroses transmitidas por mosca-branca não estavam sendo um problema predominante até os últimos anos, os produtores vinham privilegiando o plantio de cultivares com outras características, como maior produtividade e, com isso, quando houve o surto de mosca-branca, não havia pronta oferta no mercado de sementes com resistência a viroses associadas ao vetor.
Sintomas e recomendações
A publicação “Guia para Identificação de Pragas do Tomateiro” traz informações sobre ciclo de vida e características das pragas que afetam cultivos de tomate, bem como sobre os sintomas e os danos ocasionados nas plantas em decorrência das infestações.
Segundo o documento, no caso da mosca-branca, as toxinas injetadas no processo de sucção da seiva reduzem o vigor da planta e causam anomalias nos frutos como amadurecimento irregular e polpa descolorida e sem sabor – o que é conhecido como isoporização da polpa. Além disso, pode ocorrer a formação de fumagina nas folhas e nos frutos e, em infestações muito graves, pode haver murcha e morte de mudas e plantas jovens, ou nanismo e redução da floração.
Para consultar as medidas de controle da mosca-branca e suas viroses associadas, a publicação “Guia para o Reconhecimento e Manejo da Mosca-branca, da Geminivirose e da Crinivirose na Cultura do Tomateiro” detalha como obter bons resultados por meio do manejo integrado de pragas, que envolve várias medidas de controle, não somente controle químico e uso de cultivares resistentes, sendo todas medidas igualmente importantes para um controle eficaz.
Reunião Técnica
Devido à relevância das viroses associadas à mosca-branca nos plantios de tomate do Paraná, a pesquisadora Alice Nagata participa, na quinta-feira (13), de uma reunião técnica promovida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). Ela irá falar sobre o panorama de viroses do tomateiro no Brasil para os extensionistas que atuam na área de olericultura.
O evento tem o objetivo de atualizar os técnicos sobre as medidas para prevenção e manejo de viroses na cultura do tomate e irá contar com palestras de diferentes especialistas do instituto sobre temáticas como: panorama da cultura do tomate no Paraná, resultados de detecção e identificação de viroses na cultura do tomate na região de Faxinal, insetos vetores de vírus em tomate, e aspectos legais e programa de sanidade da cultura do tomate – apresentados pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR).
(Por Paula Rodrigues, Embrapa Hortaliças)
Redação Sou Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Sobretaxa do aço e alumínio: Haddad descarta retaliar os EUA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou nesta quarta-feira (12), que o governo continuará na mesa de negociação para tentar reverter a sobretaxa dos Estados Unidos sobre o aço produzido no Brasil. Ele descartou uma retaliação neste momento, por orientação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Nós não vamos proceder assim por orientação do presidente da República. O presidente Lula falou muita calma nessa hora, nós já negociamos outras vezes em condições até muito mais desfavoráveis do que essa”, disse Haddad, reforçando o argumento de que a tarifa de 25% sobre o aço importado será prejudicial para a indústria americana.
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O Ministério da Fazenda pretende produzir uma nota técnica sobre o assunto para auxiliar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), pasta que comanda as conversas com os EUA.
Haddad falou com a imprensa após se reunir com representantes do setor siderúrgico, que levaram ao chefe da equipe econômica sugestões de medidas para proteger a indústria local, tanto do ponto de vista da exportação quanto da importação de aço que chega ao Brasil.
O ministro classificou os argumentos da siderurgia brasileira como “muito consistentes” e rejeitou a acusação americana de que o país exporta aos Estados Unidos aço importado de outros países, numa espécie de revenda.
“A indústria está preocupada e, em virtude da declaração tanto do vice-presidente Alckmin, quanto do presidente Lula, quanto da Fazenda, de que nós vamos tratar na base da reciprocidade os entendimentos, mas colocando em primeiro lugar a mesa de negociação”, disse Haddad.
As negociações já estão em andamento e tiveram sucesso no passado recente – em 2018, o Brasil conseguiu evitar a sobretaxa sobre o aço ao acordar uma cota de exportação para os americanos.
“Os empresários do setor estão imaginando formas de negociar com argumentos muito consistentes, porque o nosso comércio é muito equilibrado. O que a gente importa de aço não tem nada a ver com o que a gente exporta de aço. Nós exportamos produtos semiacabados e importamos produtos acabados, então não faz o menor sentido a ser acusado de reexportar o que nós estamos importando, não teria nem lógica esse argumento”, afirmou Haddad, segundo quem o governo começa a estudar as propostas do setor privado.
“Nós estamos acompanhando a evolução das medidas que os Estados Unidos estão tomando contra o Brasil, e na verdade não é contra o País, porque é estendido aos outros países, mas tem repercussão doméstica. Obviamente que essa taxação acaba encarecendo para o consumidor americano os produtos importados”, disse.
O ministro ainda lembrou das repercussões inflacionárias para os Estados Unidos, embora esteja sendo contratada uma redução de juros pelo Fed neste ano. “Então tem uma repercussão ruim também na inflação americana, embora esteja sendo contratada uma redução dos juros esse ano nos Estados Unidos, o que favorece por esse lado”, completou.
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Agricultura
Sebrae subsidia 70% em biotecnologia para pequenos pecuaristas

O uso de biotecnologias e melhoramento genético está ajudando na produtividade, eficiência e rentabilidade de pequenos produtores da pecuária.
A estratégia faz parte do programa Leite & Genética que se utiliza da Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) para elevar a taxa de prenhez do rebanho. O incentivo resulta em bezerros mais robustos e vacas com maior capacidade para produzir leite.
A iniciativa, parte das ações de tecnologias inovadoras realizadas pelo Sebrae do Rio Grande do Norte (RN), está com inscrições abertas até 30 de maio para pequenos empreendedores pecuaristas que queiram aumentar a eficiência e a rentabilidade, a partir de um rebanho mais produtivo e sustentável.
E para garantir que esses produtores tenham acesso às biotecnologias, o Sebrae/RN vai fornecer subsídio de até 70% no valor do pacote do programa.
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De acordo com a instituição, a iniciativa existe desde 2013 e beneficiou mais de dois mil produtores rurais. A partir do programa Leite & Genética já nasceram cerca de 35 bezerros através das biotecnologias IATF e Fertilização in Vitro (FIV).
“Só em 2024, o programa inseminou 7.207 animais em 72 municípios do RN com uma média geral de 46% de sucesso”, afirmou o gestor da área Pecuária do Sebrae/RN, Luis Felipe.
Os produtores interessados devem procurar o Sebrae/RN ou acessar o site para a inscrição.
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Agricultura
Alerta! Chuva pode alcançar os 200 mm nas próximas 48 horas; veja onde

Após a passagem de uma frente fria pelo sul gaúcho, um sistema de alta pressão atmosférica produz ventos marítimos que se intensificam também pela costa de Santa Catarina, estimulando um grande aumento de umidade, com possibilidade de chuva forte durante esta quarta-feira (12); as informações são da Climatempo.
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O vento vindo de leste, que sopra do mar para o continente, de forma frontal à costa catarinense, é o mais eficiente para concentrar a umidade no leste de Santa Catarina. Este período com predomínio do vento da direção leste é chamado de “lestada”.
É um fenômeno conhecido da população do leste catarinense e já foi responsável por vários eventos de chuva forte e volumosa que causaram muitos transtornos em áreas do litoral de Santa Catarina, incluindo a Grande Florianópolis, e também do Vale do Itajaí.
A combinação deste acúmulo de umidade, com o relevo local e também a circulação de ventos em níveis mais elevados da atmosfera produz uma enorme quantidade de nuvens carregadas no leste catarinense.
Alerta para muita chuva
A situação é de alerta para a ocorrência de muita chuva principalmente durante esta quarta-feira, e madrugada e manhã da quinta-feira (13). Hoje a chuva deve se intensificar no decorrer do dia, ficando mais forte e volumosa no final da tarde e durante a noite.
Com a mudança natural da direção do vento durante a quinta-feira, o processo de infiltração marítima enfraquece e a chuva perde força.
Volumes
Para a região de Florianópolis estão previstos cerca de 100 mm apenas no decorrer dos dias 12 e 13 de março. A média normal de chuva para março em Florianópolis é de aproximadamente 180 mm. Outros locais podem acumular de 150 a 200 mm de chuva um pouco mais de 48 horas.
Esses volumes de chuva muito elevados são preocupantes, pois podem causar alagamentos nos centros urbanos, deslizamentos de terra em encostos e transtornos nas rodovias do leste catarinense.
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