Agricultura
Produtores de açúcar fixaram preços de 3,5 milhões de toneladas

Foto: Getty Images
As fixações de preços do açúcar por usinas brasileiras avançaram 3,5 milhões de toneladas somente em janeiro, elevando o índice de vendas para o equivalente a 72,5% do volume de exportação previsto para toda a safra 2025/26 (abril/março), afirmou na sexta-feira (21) a Archer Consulting.
O patamar de fixações antecipadas para a próxima safra está acima da mesma época do ano passado, mas abaixo de alguns anos anteriores, segundo dados da consultoria, apesar do avanço em janeiro.
“Houve temor que o mercado pudesse cair mais ou o real se valorizar”, explicou o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, ao comentar o crescimento das fixações em janeiro.
O primeiro contrato do açúcar bruto na ICE chegou a recuar para cerca de 17,80 centavos de dólar por libra-peso em 21 de janeiro, menor patamar desde agosto do ano passado, mas se recuperou desde então, sendo cotado atualmente na faixa de 21 centavos de dólar.
Conforme a Archer, as fixações de preços em janeiro foram realizadas a um preço médio de 17,66 centavos de dólar por libra-peso, o que equivale a R$2.482 por tonelada.
“Com isso, o volume total já fixado para a safra 2025/26 atinge 21,75 milhões de toneladas, com um preço médio de 18,80 centavos de dólar por libra-peso e um valor convertido de R$ 2.495 por tonelada”, afirmou a consultoria em relatório.
O patamar de vendas está acima do ritmo do ano passado nesta época, quando as usinas haviam fixado apenas 59,2% do volume exportável.
Comparando com anos anteriores, contudo, esse percentual de fixação é inferior ao observado na safra 2021/22, “quando as usinas anteciparam significativamente suas fixações”, e também menor que o registrado na safra 2023/24, que já contava no período com 75% da exportação fixada.
Para a safra 2026/27, a estimativa da Archer indica que o percentual de fixação até este momento esteja entre 11% e 12%, “um número ligeiramente abaixo do esperado”.
(Com Forbes)
Redação Sou Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Sobretaxa do aço e alumínio: Haddad descarta retaliar os EUA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou nesta quarta-feira (12), que o governo continuará na mesa de negociação para tentar reverter a sobretaxa dos Estados Unidos sobre o aço produzido no Brasil. Ele descartou uma retaliação neste momento, por orientação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Nós não vamos proceder assim por orientação do presidente da República. O presidente Lula falou muita calma nessa hora, nós já negociamos outras vezes em condições até muito mais desfavoráveis do que essa”, disse Haddad, reforçando o argumento de que a tarifa de 25% sobre o aço importado será prejudicial para a indústria americana.
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O Ministério da Fazenda pretende produzir uma nota técnica sobre o assunto para auxiliar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), pasta que comanda as conversas com os EUA.
Haddad falou com a imprensa após se reunir com representantes do setor siderúrgico, que levaram ao chefe da equipe econômica sugestões de medidas para proteger a indústria local, tanto do ponto de vista da exportação quanto da importação de aço que chega ao Brasil.
O ministro classificou os argumentos da siderurgia brasileira como “muito consistentes” e rejeitou a acusação americana de que o país exporta aos Estados Unidos aço importado de outros países, numa espécie de revenda.
“A indústria está preocupada e, em virtude da declaração tanto do vice-presidente Alckmin, quanto do presidente Lula, quanto da Fazenda, de que nós vamos tratar na base da reciprocidade os entendimentos, mas colocando em primeiro lugar a mesa de negociação”, disse Haddad.
As negociações já estão em andamento e tiveram sucesso no passado recente – em 2018, o Brasil conseguiu evitar a sobretaxa sobre o aço ao acordar uma cota de exportação para os americanos.
“Os empresários do setor estão imaginando formas de negociar com argumentos muito consistentes, porque o nosso comércio é muito equilibrado. O que a gente importa de aço não tem nada a ver com o que a gente exporta de aço. Nós exportamos produtos semiacabados e importamos produtos acabados, então não faz o menor sentido a ser acusado de reexportar o que nós estamos importando, não teria nem lógica esse argumento”, afirmou Haddad, segundo quem o governo começa a estudar as propostas do setor privado.
“Nós estamos acompanhando a evolução das medidas que os Estados Unidos estão tomando contra o Brasil, e na verdade não é contra o País, porque é estendido aos outros países, mas tem repercussão doméstica. Obviamente que essa taxação acaba encarecendo para o consumidor americano os produtos importados”, disse.
O ministro ainda lembrou das repercussões inflacionárias para os Estados Unidos, embora esteja sendo contratada uma redução de juros pelo Fed neste ano. “Então tem uma repercussão ruim também na inflação americana, embora esteja sendo contratada uma redução dos juros esse ano nos Estados Unidos, o que favorece por esse lado”, completou.
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Agricultura
Sebrae subsidia 70% em biotecnologia para pequenos pecuaristas

O uso de biotecnologias e melhoramento genético está ajudando na produtividade, eficiência e rentabilidade de pequenos produtores da pecuária.
A estratégia faz parte do programa Leite & Genética que se utiliza da Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) para elevar a taxa de prenhez do rebanho. O incentivo resulta em bezerros mais robustos e vacas com maior capacidade para produzir leite.
A iniciativa, parte das ações de tecnologias inovadoras realizadas pelo Sebrae do Rio Grande do Norte (RN), está com inscrições abertas até 30 de maio para pequenos empreendedores pecuaristas que queiram aumentar a eficiência e a rentabilidade, a partir de um rebanho mais produtivo e sustentável.
E para garantir que esses produtores tenham acesso às biotecnologias, o Sebrae/RN vai fornecer subsídio de até 70% no valor do pacote do programa.
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De acordo com a instituição, a iniciativa existe desde 2013 e beneficiou mais de dois mil produtores rurais. A partir do programa Leite & Genética já nasceram cerca de 35 bezerros através das biotecnologias IATF e Fertilização in Vitro (FIV).
“Só em 2024, o programa inseminou 7.207 animais em 72 municípios do RN com uma média geral de 46% de sucesso”, afirmou o gestor da área Pecuária do Sebrae/RN, Luis Felipe.
Os produtores interessados devem procurar o Sebrae/RN ou acessar o site para a inscrição.
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Agricultura
Alerta! Chuva pode alcançar os 200 mm nas próximas 48 horas; veja onde

Após a passagem de uma frente fria pelo sul gaúcho, um sistema de alta pressão atmosférica produz ventos marítimos que se intensificam também pela costa de Santa Catarina, estimulando um grande aumento de umidade, com possibilidade de chuva forte durante esta quarta-feira (12); as informações são da Climatempo.
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O vento vindo de leste, que sopra do mar para o continente, de forma frontal à costa catarinense, é o mais eficiente para concentrar a umidade no leste de Santa Catarina. Este período com predomínio do vento da direção leste é chamado de “lestada”.
É um fenômeno conhecido da população do leste catarinense e já foi responsável por vários eventos de chuva forte e volumosa que causaram muitos transtornos em áreas do litoral de Santa Catarina, incluindo a Grande Florianópolis, e também do Vale do Itajaí.
A combinação deste acúmulo de umidade, com o relevo local e também a circulação de ventos em níveis mais elevados da atmosfera produz uma enorme quantidade de nuvens carregadas no leste catarinense.
Alerta para muita chuva
A situação é de alerta para a ocorrência de muita chuva principalmente durante esta quarta-feira, e madrugada e manhã da quinta-feira (13). Hoje a chuva deve se intensificar no decorrer do dia, ficando mais forte e volumosa no final da tarde e durante a noite.
Com a mudança natural da direção do vento durante a quinta-feira, o processo de infiltração marítima enfraquece e a chuva perde força.
Volumes
Para a região de Florianópolis estão previstos cerca de 100 mm apenas no decorrer dos dias 12 e 13 de março. A média normal de chuva para março em Florianópolis é de aproximadamente 180 mm. Outros locais podem acumular de 150 a 200 mm de chuva um pouco mais de 48 horas.
Esses volumes de chuva muito elevados são preocupantes, pois podem causar alagamentos nos centros urbanos, deslizamentos de terra em encostos e transtornos nas rodovias do leste catarinense.
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