Agricultura
Produtividade do girassol varia no RS; MT diminui plantio

Foto: Divulgação
O quinto levantamento da safra de grãos 2024/25, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta que a colheita do girassol no Rio Grande do Sul está em fase final, enquanto Mato Grosso segue reduzindo sua área plantada e Goiás aposta na cultura como alternativa ao milho.
No Rio Grande do Sul, a colheita do girassol está praticamente concluída, restando apenas 4% das áreas em maturação. A expectativa é que o processo seja finalizado até fevereiro. A produtividade tem variado entre 1.500 kg/ha e 3.000 kg/ha, influenciada pelo nível de investimento tecnológico, uso de insumos e condições climáticas.
A regularidade das chuvas durante o desenvolvimento da cultura e as temperaturas amenas na floração e enchimento de grãos favoreceram a safra. No final do ciclo, o clima seco contribuiu para uma boa maturação e qualidade dos grãos.
Já em Mato Grosso, o cenário não é favorável para o girassol. A cultura tem perdido espaço para milho, feijão-caupi e gergelim, que oferecem melhor retorno financeiro, maior facilidade logística e melhor adaptação ao clima da segunda safra.
Em Goiás, a estimativa de plantio para a safra 2024/25 é de 60 mil hectares. O girassol tem se consolidado como uma opção viável em regiões com histórico de estiagem, devido ao seu sistema radicular profundo, que permite maior tolerância ao déficit hídrico em comparação ao milho.
A rentabilidade e a resistência da cultura à seca têm incentivado produtores a adotá-la como uma alternativa promissora para a segunda safra.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Após três meses de baixa, produção industrial fica estável em janeiro

A produção industrial brasileira apresentou variação nula na passagem de dezembro para janeiro, ou seja, não teve crescimento nem queda. O dado faz parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o setor teve alta de 1,4%, a oitava expansão seguida nesse tipo de comparação. No acumulado de 12 meses, houve expansão de 2,9%.
O resultado de janeiro deixa a indústria brasileira 1,3% acima do patamar pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2020. No entanto, a produção industrial brasileira está 15,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em maio de 2011.
O índice de difusão mostra que 68,9% dos 789 produtos pesquisados apresentaram alta na produção na passagem de dezembro para janeiro.
A variação nula de janeiro interrompeu três meses de queda, quando a produção encolheu 1,2%, conforme os dados abaixo:
- Outubro: -0,2%
- Novembro: – 0,7%
- Dezembro: -0,3%
- Janeiro: 0%
A última vez em que a produção industrial ficou quatro meses sem crescimento foi em 2015, de setembro a dezembro, acumulando 5,6% de recuo.
Produção industrial por setor
Apesar da variação nula, o gerente da pesquisa, André Macedo, ressalta como positiva a interrupção do movimento de queda e o maior espalhamento dos resultados positivos.
Macedo se refere ao fato de que três das quatro grandes categorias econômicas mostraram avanço na produção:
- Bens de capital (máquinas e equipamentos): 1,5%
- Bens intermediários (utilizados para fabricar outros bens ou serviços): -1,4%
- Bens de consumo duráveis: 4,4%
- Bens de consumo semiduráveis e não duráveis: 3,1%
Além disso, 18 dos 25 ramos pesquisados ficaram no terreno de expansão. Entre os destaques, as principais contribuições positivas foram:
- Máquinas e equipamentos (6,9%)
- Veículos automotores, reboques e carrocerias (3%)
- Produtos de borracha e de material plástico (3,7%)
- Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (9,3%)
- Farmoquímicos e farmacêuticos (4,8%)
- Produtos diversos (10%)
- Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,3%)
- Móveis (6,8%)
- Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (5%)
- Alimentícios (0,4%)
De acordo com André Macedo, a produção industrial vêm de comportamento negativo no final de 2024, influenciadas, em grande medida, por férias coletivas neste período.
“Há um movimento de maior dinamismo para a produção de janeiro de 2025 por causa da volta à produção e que elimina a perda registrada em dezembro de 2024”, explica.
Indústrias extrativas
Seis segmentos industriais apresentaram queda. Nesse universo, se destaca a atividade de indústrias extrativas (-2,4%), que exerceu o principal impacto em janeiro e interrompeu dois meses seguidos de crescimento na produção.
O gerente do IBGE aponta que a atividade de indústrias extrativas foi influenciada pelo comportamento de seus dois principais itens: petróleo e minérios de ferro.
“Outro ponto importante, que deve ser considerado para explicarmos a queda deste mês, é o fato desse ramo industrial ter mostrado crescimento nos dois últimos meses de 2024. Na atividade de petróleo e gás, observa-se algumas paralisações em plataformas por conta de paradas programadas ou não”, afirma.
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Agricultura
Carne suína: exportações batem recorde em fevereiro com 114 mil toneladas

As exportações brasileiras de carne suína atingiram um novo recorde para o mês de fevereiro, totalizando 114,4 mil toneladas embarcadas. O volume representa um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 97,8 mil toneladas. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
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Em receita, o crescimento foi ainda mais expressivo, com um avanço de 32,6%. O faturamento do setor em fevereiro alcançou US$ 272,9 milhões, contra US$ 205,7 milhões registrados no mesmo mês de 2024.
No acumulado do primeiro bimestre, os embarques de carne suína totalizaram 220,4 mil toneladas, um avanço de 11,6% em relação às 197,5 mil toneladas exportadas nos dois primeiros meses do ano passado. No mesmo período, a receita cresceu 26,2%, somando US$ 510,9 milhões.
Filipinas lideram compras de carne suína; México ganha destaque
As Filipinas foram o principal destino da carne suína brasileira em fevereiro, com 23 mil toneladas importadas, um crescimento de 72% na comparação anual. Na sequência, aparecem:
- China – 19,4 mil toneladas (-26,2%)
- Hong Kong – 13,4 mil toneladas (+49,8%)
- Japão – 9 mil toneladas (+61,8%)
- Chile – 8,3 mil toneladas (-0,2%)
- Singapura – 6,5 mil toneladas (+3,6%)
- Argentina – 4,8 mil toneladas (+313,1%)
- Uruguai – 3,6 mil toneladas (+13,1%)
- Costa do Marfim – 3,1 mil toneladas (+58,4%)
- Vietnã – 3 mil toneladas (+64,8%)
O México também ganhou relevância no mercado, com mais de 2 mil toneladas embarcadas. Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o crescimento se deve à renovação do programa de segurança alimentar mexicano.
“Além dos bons indicadores de demanda das Filipinas, Japão e outras nações da Ásia, África e Américas, projetamos resultados positivos para este ano”, avaliou Santin.
Santa Catarina lidera exportações
Santa Catarina manteve sua posição como o principal estado exportador de carne suína do Brasil, com 61,8 mil toneladas embarcadas em fevereiro (+14,2%). Em seguida, aparecem:
- Rio Grande do Sul – 23,9 mil toneladas (+13,8%)
- Paraná – 17,9 mil toneladas (+48,1%)
- Minas Gerais – 2,3 mil toneladas (+43,9%)
- Mato Grosso – 2,8 mil toneladas (+21%)
O Brasil se consolida como o quarto maior produtor e exportador de carne suína do mundo. Ricardo Santin reforçou que a suinocultura nacional é uma parceira estratégica da indústria na segurança alimentar global.
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Agricultura
Associações e Corpo de Bombeiros discutem regularização de propriedades rurais

A regularização de propriedades rurais foi tema de discussão entre o 17º Batalhão de Bombeiros Militar e as entidades, Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
A reunião aconteceu em Barreiras, no Oeste da Bahia, na tarde desta segunda-feira (10), com o Comandante dos bombeiros, tenente-coronel BM Cedraz, reuniu-se em Barreiras com representantes das associações de produtores rurais.
A reunião, que contou com a presença de bombeiros da Seção de Segurança Contra Incêndio da unidade, teve como foco o alerta e necessidade da regularização das propriedades rurais de produtores de algodão, agricultores e irrigantes do Oeste do estado junto ao corpo de bombeiros.
Diante das fiscalizações contínuas realizadas pelo 17º BBM, as fazendas serão as próximas edificações a serem verificadas para garantir o cumprimento das normas de Segurança Contra Incêndio e Pânico.
Durante o encontro, os bombeiros reforçaram a importância da adequação às legislações vigentes e se colocaram à disposição para esclarecer dúvidas e oferecer orientações.
Foram abordadas normas como a Lei Federal nº 13.425/2017, a Lei Estadual nº 12.929/2013 e o Decreto Estadual nº 16.302/2015, que regulamentam as exigências de segurança em edificações e áreas de risco.
Além disso, os participantes discutiram a obtenção do Atestado de Conformidade de Projeto (ACP) e do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento essencial para a regularização das propriedades.
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