Agricultura
Soja de baixo carbono: Embrapa define o que o produtor deverá fazer

Foto: Divulgação/Emater-RS
As diretrizes técnicas para validadar a metodologia de certificação da soja de baixo carbono começam a se tornar realidade. A Embrapa e parceiros avançaram no tema, que além de conferir mais sustentabilidade à produção do grão, deve ajudar o Brasil a diversificar a exportação da commodity. Atualmente, cerca de 75% da oleaginosa vendida pelo país tem a China como destino. Essa dependência do gigante asiático é considerada ruim por analistas de mercado.
Agora, foi publicada a primeira versão do documento Diretrizes Técnicas para certificação Soja Baixo Carbono. O material contém as premissas para atestar a mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em sistemas de produção agrícola candidatos do Brasil. Essas premissas estão sendo usadas para subsidiar a coleta de dados em mais de 60 áreas agrícolas em cinco macrorregiões sojícolas, durante duas safras (2023/24 e 2024/25).
“A publicação das diretrizes de certificação nesta etapa é fundamental para validarmos cientificamente a metodologia de quantificação que está sendo desenvolvida pela Embrapa”, explica o coordenador do Comitê Gestor do Programa Soja Baixo Carbono (PSBC), Henrique Debiasi, pesquisador da Embrapa Soja (PR).
Victor Faverin
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Semana tem chuva e alerta para baixa umidade do ar em alguns estados

A semana será marcada por chuvas pontuais na região Sul, tempo seco e muito calor no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, e instabilidades localizadas no Norte do país, segundo previsão do tempo de Arthur Müller, meteorologista do Canal Rural. Produtores devem estar atentos ao risco de incêndios, especialmente em áreas do interior, onde as temperaturas seguem elevadas e a umidade relativa do ar estará muito baixa. A expectativa é de que as chuvas mais volumosas retornem por volta dos dias 20 a 22 de setembro, com o início da primavera, ajudando a reverter o déficit hídrico em várias regiões produtoras.
Sul
A segunda-feira começa com pancadas de chuva no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, centro-sul do Paraná e no litoral da região. A nebulosidade segue persistente, principalmente no Sul. Já no norte do Paraná, as temperaturas continuam elevadas, superando as registradas nas demais áreas do estado, onde as tardes seguem mais agradáveis.
Os acumulados de chuva entre segunda e terça-feira devem variar entre 20 e 30 mm no sul do Paraná, em Santa Catarina e no centro-norte do Rio Grande do Sul – volumes que não devem comprometer os trabalhos em campo, mas com risco de trovoadas. No sudoeste gaúcho, os volumes podem ultrapassar os 80 mm em 48 horas, com potencial para alagamentos pontuais e paralisação das atividades agrícolas.
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No geral, a semana será favorável às operações em campo na maioria das áreas produtoras. O calor aumenta nos próximos dias, e o norte do Paraná entra em alerta para risco de incêndios, com máximas acima dos 32 °C e ausência de chuva.
Sudeste
O início da semana ainda apresenta chuvas no litoral, Zona da Mata e sul de São Paulo, enquanto o tempo firme predomina nas demais áreas. As temperaturas voltam a subir, especialmente no interior, com valores próximos dos 40 °C e umidade relativa do ar abaixo dos 30%, o que aumenta o risco de incêndios, principalmente no interior de São Paulo e Minas Gerais.
A chuva será mais significativa apenas no centro-leste de SP, RJ, ES e centro-leste de MG, com acumulados entre 10 e 15 mm, o que ajuda apenas a elevar a umidade do ar sem impacto na produtividade agrícola.
A expectativa é de que as chuvas mais volumosas retornem entre os dias 20 e 22 de setembro, com a chegada da primavera. Até lá, o produtor deve ter cautela ao iniciar o plantio da safra 2025/2026.
Centro-Oeste
Nesta segunda-feira, pancadas de chuva isoladas podem ocorrer no oeste e norte de Mato Grosso e no extremo sul de Mato Grosso do Sul. O tempo segue firme nas demais áreas, com aumento de nebulosidade em MT.
A boa notícia é a previsão de 30 a 40 mm de chuva acumulada no centro-oeste de Mato Grosso, o que favorece a reposição hídrica do solo sem atrapalhar os trabalhos em campo.
Entretanto, o calor intenso persiste em MS, GO e no centro-leste de MT, com máximas próximas dos 40 °C e umidade do ar abaixo dos 20%, cenário que aumenta o risco de incêndios. Assim como nas demais regiões, as chuvas mais significativas devem retornar apenas com a chegada da primavera, entre os dias 20 e 22. Produtores devem agir com cautela antes de iniciar o plantio da nova safra.
Nordeste
A semana começa com chuvas fracas ao longo do litoral, com destaque para Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, com acumulados de 10 a 20 mm ao longo da semana. Entre o Ceará e o Maranhão, a chuva será mais escassa e o tempo firme predomina no interior da região.
As temperaturas seguem elevadas, com máximas de até 40 °C em áreas do interior, e umidade relativa do ar abaixo dos 30%, o que representa risco elevado de incêndios. A colheita do algodão segue normalmente, mas é fundamental que o produtor mantenha a hidratação durante os trabalhos em campo.
A expectativa é de que a chuva volumosa retorne entre os dias 20 e 22, com a transição para a primavera. Até lá, recomenda-se cautela no início do plantio da safra 2025/2026.
Norte
Instabilidades continuam atuando na faixa oeste da região, com destaque para Rondônia, sudoeste do Pará e Acre, onde os acumulados da semana devem ficar entre 50 e 60 mm, o que ajuda a aliviar o calor e recuperar pastagens. Também há previsão de chuva em Roraima e Amazonas, com 30 a 40 mm, mantendo boa umidade do solo sem prejudicar as atividades agrícolas.
No centro-leste e norte do Pará e no Tocantins, o tempo segue seco, quente e com risco elevado de incêndios, com temperaturas chegando a 40 °C. As projeções apontam possibilidade de chuva a partir da virada do mês, o que pode melhorar o cenário hídrico na região.
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Agricultura
Pancadas de chuva em quase todo o país; veja a previsão de amanhã

Pancadas de chuva estarão presentes em pontos das cinco regiões brasileiras ao longo deste domingo (14). Contudo, o ar seco, em nível de alerta e de emergência, se faz presente em quase todo o Brasil central. Confira a previsão:
Sul
A presença de uma área de baixa pressão no Paraguai, aliada ao Jato de Baixos Níveis, favorece pancadas de chuva em algumas áreas do oeste e sul do Rio Grande do Sul, além do oeste de Santa Catarina e do Paraná. A nebulosidade aumenta na região. As mínimas pela manhã ficam mais elevadas em comparação aos dias anteriores, e à tarde as temperaturas sobem um pouco mais.
Sudeste
As chuvas continuam ao longo do litoral do Sudeste, do Espírito Santo e também na faixa leste de Minas Gerais. O padrão de nebulosidade se mantém, enquanto nas demais áreas o sol aparece entre algumas nuvens e o calor predomina. As temperaturas seguem elevadas em boa parte da região, mas no litoral, na Grande São Paulo e em áreas da Zona da Mata mineira as tardes continuam mais amenas. A umidade relativa do ar segue baixa no centro-oeste de São Paulo e de Minas Gerais.
Centro-Oeste
Chuvas no norte, noroeste e nordeste de Mato Grosso. Nas demais áreas do estado, o tempo firme predomina, com sol entre algumas nuvens. As temperaturas seguem bem elevadas e o tempo seco continua predominando, com umidade relativa do ar em nível de emergência, ou seja, abaixo de 12%.
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Nordeste
As pancadas de chuva seguem ao longo do litoral leste, com possibilidade de chuviscos no Ceará, no Maranhão e também no litoral do Piauí. A nebulosidade se mantém mais concentrada na faixa litorânea, enquanto no interior o tempo segue firme. As temperaturas continuam elevadas em toda a região, com predomínio de tempo seco no interior.
Norte
Pancadas de chuva no Amazonas, sul e sudoeste do Pará, Rondônia e em algumas áreas de Roraima e do Acre. No Amapá, pode chover de maneira mais fraca. A nebulosidade ainda é maior na porção oeste da região e em pontos do Pará, enquanto nas demais regiões o tempo firme predomina e o sol aparece entre algumas nuvens. As temperaturas seguem elevadas à tarde. A umidade relativa do ar melhora no sul paraense e em Rondônia, mas continua baixa no Tocantins.
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Agricultura
Emprego no comércio Brasil-China cresce mais que nas demais parcerias

A parceria comercial entre o Brasil e a China tem rendido à economia brasileira um crescimento no número de empregos formais maior que as expansões proporcionadas por demais parceiros.
De 2008 a 2022, o número de empregos ligados a exportações para a China cresceu 62%, superando as expansões identificadas nas parcerias com Estados Unidos (32,3%), Mercosul (25,1%), União Europeia (22,8%) e demais países da América do Sul (17,4%).
No mesmo período, os postos formais de trabalho ligados a atividades de importação proveniente da China cresceram 55,4%, acima das expansões registradas no comércio importador com a América do Sul (21,7%), União Europeia (21%), Estados Unidos (8,7%) e Mercosul (0,3%).
A constatação está no estudo Análise Socioeconômica do Comércio Brasil-China, divulgado esta semana pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Mais emprego na importação
De acordo com o estudo, nas atividades ligadas a importações, a parceria Brasil-China é a maior empregadora, com mais de 5,567 milhões de postos de trabalho, 145 a mais que a União Europeia (UE). O ano de 2022 foi o primeiro da série histórica (iniciada em 2008) em que o comércio sino-brasileiro atingiu o topo do ranking de empregos.
Já as atividades ligadas ao setor exportador empregavam mais de 2 milhões de pessoas no comércio sino-brasileiro.
Apesar de ter sido o maior aumento ante 2008 (+62%), o comércio exportador para a China fica atrás dos demais parceiros em número absoluto de emprego, perdendo para Mercosul (3,8 milhões), União Europeia (3,6 milhões), América do Sul (3,5 milhões) e os Estados Unidos (3,4 milhões).
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A analista do CEBC, Camila Amigo, explica que o comércio sino-brasileiro é o que tem menos empregos na exportação por causa do perfil da pauta exportadora para a China, dominada por produtos agropecuários e minerais.
“Esses setores, embora altamente competitivos e estratégicos, geram proporcionalmente menos postos de trabalho devido ao seu alto nível de mecanização em comparação a segmentos industriais mais diversificados, como aqueles que têm maior peso nas exportações brasileiras para Estados Unidos, União Europeia e Mercosul”, diz.
Os dados sobre vagas ocupadas foram colhidos pelos pesquisadores por meio da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), um relatório que empresas fornecem ao Ministério do Trabalho e Emprego. Dessa forma, os dados da pesquisa se referem a empregos formais.
O CEBP separa o número de empregos entre importadoras e exportadoras, pois algumas empresas atuam nas duas pontas, o que causaria duplicidade se os dois contingentes fossem somados.
Metade do superávit brasileiro
A China é o principal parceiro econômico do Brasil, seja nas exportações ou importações. Em 2024 existiam no Brasil cerca de 3 milhões de empresas que exportaram para a China e 40 mil com atividade de importação.
Em 2024, segundo o estudo, o país asiático foi destino de 28% das vendas externas brasileiras e origem de 24% de nossas compras externas.
A parceria tem resultado em superávit no lado brasileiro, isto é, vendemos mais do que compramos. Em dez anos, o Brasil acumulou saldo positivo de US$ 276 bilhões. Esse montante representa metade (51%) do nosso superávit com o mundo como um todo nesse período.
Para os autores do estudo, a relação comercial com a China é estratégica não apenas no comércio exterior, sendo também um pilar da estabilidade macroeconômica.
“A manutenção do superávit comercial do Brasil com a China por tantos anos contribuiu para reduzir a vulnerabilidade externa e elevar as reservas internacionais do país”, assinala trecho.
“Esse cenário favoreceu o equilíbrio do balanço de pagamentos com a entrada líquida de dólares, o que ajudou a suavizar a volatilidade cambial, proteger a economia de choques internacionais e ancorar expectativas em períodos de instabilidade global”, completa o texto.
Futuro da relação
A analista Camila Amigo avalia que no cenário em que o Brasil enfrenta o tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos, que aplica taxas de até 50% parte dos produtos brasileiros vendidos aos norte-americanos, o comércio sino-brasileiro apresenta bases sólidas e estruturais e se sustenta na complementaridade entre os dois países.
“A China depende do Brasil como fornecedor estável de alimentos, energia e minerais, enquanto o Brasil garante acesso ao maior mercado consumidor do mundo e importa produtos importantes para a produção nacional”, avalia.
“O futuro da relação comercial sino-brasileira deve estar baseado em confiança, buscar por diversificação das exportações, sustentabilidade e inclusão socioeconômica, aproveitando não apenas a demanda por commodities, mas também o espaço para novos produtos e novas empresas nesse comércio”, conclui.
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