Agricultura
Escolha da cultivar de soja é fundamental para a obtenção de altas produtividades na lavoura
Itens como clima, solo, histórico de pragas e doenças e objetivos do produtor são chave para a escolha da semente. – Assesoria
A colheita da safra brasileira de soja 2023/24 foi concluída no Brasil, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A produção estimada pelo órgão é de 147,35 milhões de toneladas. Mesmo antes do final da colheita, os sojicultores já iniciam o planejamento da próxima safra, sendo que diversas ações são essenciais para que o produtor consiga obter bons resultados no principal cultivo nacional. Uma das principais etapas é a escolha da variedade que será plantada, e que requer diversos cuidados para não haver prejuízo produtivo.
“A etapa da escolha da cultivar é uma das mais importantes para a jornada do produtor de soja. Para fazer a melhor seleção, o sojicultor deve levar em conta o histórico da região, o clima, a fertilidade, o investimento que será realizado em manejo, o posicionamento técnico da cultivar e seu objetivo, a fim de se conquistar a maior rentabilidade possível para aquela safra”, destaca Gabriela Mello, Gerente de Marketing de Campo da Pioneer®, marca de sementes da Corteva Agriscience.
Entre as orientações estão:
Clima: a escolha da cultivar deve-se levar em conta o contexto climático, pois o desenvolvimento da semente depende da umidade relativa do ar, precipitação pluviométrica e temperatura média.
Posicionamento técnico: dentro de uma mesma fazenda, pode-se plantar diferentes variedades de soja de acordo com o seu posicionamento técnico e características genéticas. Parâmetros como ciclo, potencial produtivo, estabilidade, rusticidade e tolerância a pragas e doenças são fatores a serem considerados para o escalonamento de plantio das cultivares dentro da propriedade.
Levantamento do histórico: é fundamental mapear quais foram as principais pragas e doenças identificadas naquela região, para se antecipar os desafios que podem surgir durante o ciclo da planta, planejando medidas preventivas e um manejo assertivo para cada situação.
Consultoria agronômica: o apoio técnico do time de campo é essencial para que o produtor possa obter altas produtividades na oleaginosa. Por isso, a Pioneer®, marca mais técnica do mercado e com mais de 50 anos de presença no mercado brasileiro, possui um amplo time para oferecer as melhores recomendações aos produtores.
A soja é uma das principais culturas de relevância para o agronegócio brasileiro. Sendo assim, a escolha da cultivar adequada para cada objetivo do sojicultor é a etapa essencial dentro do processo produtivo.
“Tão importante quanto a escolha da cultivar, é o seu correto posicionamento técnico. A relação entre ambiente de produção e genética é determinante para que a variedade alcance seu potencial produtivo. Por isso, devemos analisar as características de cada talhão e manejo a ser empregado, além do momento programado de colheita para que seja escolhida a cultivar mais adequada para cada parte da fazenda”, explica Gabriela.
Pioneer® possui portfólio robusto de cultivares para todas as regiões
A Pioneer, uma das marcas de sementes mais tradicionais do mercado, possui um vasto portfólio de variedades de soja para ajudar o agricultor em sua jornada na lavoura. Na última safra, a marca lançou duas cultivares: 97Y70CE, desenvolvida para o Cerrado, e a 95R70CE, elaborada para a região Sul, ambas de alto potencial produtivo e ciclo precoce e contam com a biotecnologia Conkesta E3®, que confere proteção contra às principais lagartas que atacam a cultura da soja, além de proporcionar maior flexibilidade no manejo das principais plantas daninhas em função da sua tolerância aos herbicidas glifosato, glufosinato e Enlist® Colex-D® (novo 2,4-D sal colina).
Ambas fazem parte do Sistema Enlist®, que contempla soluções em Sementes e Biotecnologia, Herbicidas e Genética de Alta Performance, além de atividades em Boas Práticas Agrícolas. Com o Sistema Enlist®, o produtor tem muito mais flexibilidade e pode escolher como e quando aplicar os herbicidas, desde a dessecação até a pós-emergência da soja Enlist®, proporcionando um alto controle de plantas daninhas e altas produtividades.
Sobre a Corteva
A Corteva, Inc. (NYSE: CTVA) é uma empresa global agrícola que combina inovação e liderança do setor, elevado envolvimento com o cliente e execução operacional para fornecer soluções lucrativas para os principais desafios agrícolas do mundo. A Corteva gera preferência de mercado vantajosa por meio de sua estratégia de distribuição, junto com seu mix equilibrado e globalmente diversificado de sementes, proteção de cultivos, produtos digitais e serviços. Com algumas das marcas mais reconhecidas na agricultura e um pipeline de tecnologia bem posicionado para impulsionar o crescimento, a empresa está comprometida em maximizar a produtividade dos agricultores, enquanto trabalha com stakeholders em todo o sistema alimentar, cumprindo sua promessa de enriquecer a vida daqueles que produzem e consomem, garantindo o progresso das próximas gerações. Mais informações disponíveis no site da Corteva.
Julia Sirvente
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
No pódio do agro: a produtora de soja premiada que ‘abraçou’ a sustentabilidade
“Me apaixonei pelo agronegócio.” Essa é a frase que resume a trajetória de Vanessa Bomm, arquiteta de formação e produtora de soja que, por escolha, decidiu se arriscar no mundo do pai e se apaixonou pelo campo. No início, a agricultora, natural de Palotina, conciliava sua rotina entre obras e lavouras, dois universos distintos, mas ainda predominantemente dominados por homens.
Após 20 anos de profissão como arquiteta, Vanessa decidiu trocar a fita métrica pelas máquinas. “Quando entrei no mundo do plantio, sabia que estava entrando em um grupo muito masculino e estava acostumada a lidar com isso, porque nas obras a maioria eram homens”, diz a produtora.
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Aprendizado semeado
Há sete anos, Vanessa semeia a soja na propriedade de sua família, no município de Terra Roxa. Neta de italianos vindos do Rio Grande do Sul, ela sempre teve uma conexão com o campo, embora tenha iniciado sua trajetória profissional em outra área. Quando seu pai a convidou para se juntar a ele na lavoura, ela não hesitou. Ouviu o chamado do patriarca e não pensou duas vezes. Mergulhou de cabeça.
Desde então, Vanessa tem vivido e aprendido o ritmo e os desafios do agro e as coisas têm caminhado de forma promissora. Com muito trabalho e dedicação, ela ajudou a consolidar o sucesso da propriedade. “Estamos passando por anos com desafios. Nem sempre conseguimos demonstrar uma grande produção, mas sabemos que não perderemos tudo se adotarmos práticas sustentáveis e outras estratégias.”
Para ela, o segredo está em adaptar-se às dificuldades do clima e do solo, sem deixar de lado uma abordagem responsável e inovadora para garantir a produtividade e a longevidade da lavoura.
Sustentabilidade adotada pela produtora de soja
Vanessa diz que mesmo com muitos desafios, como o clima e as condições do solo, a adoção de práticas mais sustentáveis tem mostrado resultados positivos na lavoura de soja+. “Hoje, técnicas como o plantio de cobertura e a diversificação de raízes têm contribuído para reduzir os impactos no ambiente e criar um sistema produtivo mais resiliente.” Segundo a produtora, as práticas melhoram a qualidade do solo e ajudam a manter a água no solo e a reduzir a erosão, tornando o sistema agrícola mais robusto. Descarbonizacao de carbono, sequestro de carbono.
A produtora faz parte do Programa PRO Carbono, iniciativa da Bayer, voltada à inovação para uma agricultura sustentável. Algumas ferramentas, desenvolvidas em parceria com a Embrapa, se destacam pela criação de técnicas de baixa emissão e sequestro de carbono, além de quantificar os benefícios ambientais.
E o controle de pragas não fica de fora! O plantio de cobertura, com plantas como aveia, nabo, trigo mourisco, sorgo, milheto e capins braquiária e crotalária, além de controlar pragas de maneira ecológica, protege o solo contra a erosão, melhora a retenção de água e cria um ambiente mais saudável para o crescimento das culturas.
Quando Vanessa entrou para o universo do agro, pôde perceber a dimensão do setor e sua importância para o Brasi. A produtora também destacou a transformação tecnológica que a agricultura está vivendo, com o uso crescente de agricultura digital e tecnologias como o feed view para monitoramento das lavouras.
“No ano em que entrei na fazenda, pude visualizar o impacto dessas inovações no campo. Com o auxílio dessas ferramentas, consegui perceber o desempenho de cada talhão, facilitando o manejo e a tomada de decisões mais assertivas”, detalha Vanessa.
No pódio do agro
Em outubro deste ano, a produtora de soja conquistou o primeiro lugar no Prêmio Mulheres do Agro 2024, na categoria Grande Propriedade. Essa é uma premiação que reconhece as contribuições das mulheres no setor agropecuário. O reconhecimento, que celebra o impacto feminino no agro, marca um dos maiores feitos na trajetória de Vanessa que, ao longo dos anos, tem se dedicado a transformar o campo por meio de práticas sustentáveis, inovação tecnológica e um trabalho que integra tradição e modernidade no agronegócio.
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Agricultura
Exportações de soja devem ultrapassar 2 milhões de toneladas
As exportações brasileiras de soja em grão devem somar 2,456 milhões de toneladas em novembro, segundo o levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). No mesmo mês de 2023, as exportações de soja atingiram um volume expressivo de 4,599 milhões de toneladas. Segundo a Safras & Mercado, em comparação, em outubro de 2024, o Brasil embarcou 4,443 milhões de toneladas, evidenciando uma leve redução, mas ainda mantendo um ritmo forte de exportações.
Na semana encerrada em 23 de novembro, o Brasil exportou cerca de 480 mil toneladas de soja. Para o período de 24 a 30 de novembro, a ANEC estima um aumento nos embarques, com a previsão de exportação de mais de 660 mil toneladas, o que indica uma aceleração no ritmo de embarques até o final do mês.
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Quanto ao farelo de soja, as exportações devem registrar um volume semelhante ao do ano passado, com uma leve queda em relação ao mês anterior. Em novembro, a expectativa é de embarques próximos a 1,9 milhão de toneladas, um valor inferior ao exportado em 2023, mas consideravelmente abaixo do total de outubro de 2024. Na última semana, as exportações de farelo de soja somaram pouco mais de 370 mil toneladas, com uma previsão de aumento nos embarques para o final deste mês.
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Agricultura
Ministro apoia PL da Reciprocidade, que protege exportações brasileiras de regras desiguais
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, manifestou apoio ao projeto de lei 1406/2024, o chamado PL da Reciprocidade, em declaração realizada nesta terça-feira (26). A proposta, que tramita na Câmara dos Deputados, busca impedir que exportações brasileiras sofram prejuízos devido a regras ambientais consideradas rigorosas e desiguais impostas por outros países.
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O projeto prevê a não aceitação de acordos internacionais que possam restringir de forma discriminatória o comércio de produtos brasileiros. Segundo Fávaro, o Brasil já adota normas sanitárias e ambientais rígidas, garantindo uma produção de alimentos sustentável e respeitosa ao meio ambiente.
“É muito cabível que a gente possa cobrar a reciprocidade”, afirmou o ministro. Ele ressaltou que o Brasil está preparado para discutir boas práticas ambientais, rastreabilidade e transparência em seus processos com qualquer país ou bloco comercial. O objetivo é assegurar aos consumidores a qualidade e a sustentabilidade dos produtos brasileiros.
O que diz o PL 1406/2024?
O PL propõe alterações na Lei nº 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Entre as mudanças, está a criação do Programa Nacional de Monitoramento da Isonomia Internacional de Políticas Ambientais.
O programa terá como função acompanhar as políticas ambientais de países que mantêm relações comerciais com o Brasil, garantindo isonomia e cobrando a aplicação de práticas sustentáveis globalmente.
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