Agricultura
Justiça condena Hydro Alunorte a pagar R$ 150 milhões por poluição no Pará
A Justiça do Pará condenou a empresa Hydro Alunorte, controlada pela multinacional norueguesa Norsk Hydro, a pagar R$ 150 milhões por danos ambientais em sua operação em Barcarena, no Pará.
A decisão judicial é considerada histórica, e os recursos serão utilizados em indenizações às comunidades locais afetadas pela emissão de gases poluentes em Barcarena, região conhecida pela atividade de exploração de bauxita e alumínio. O veredito reflete uma crescente preocupação com a responsabilidade ambiental de grandes corporações e reforça a importância de proteger os direitos das comunidades impactadas por atividades industriais nocivas ao meio ambiente.
A decisão judicial e a condenação de R$ 150 milhões são devido aos impactos ambientais e sociais causados pelas atividades da multinacional. A empresa terá que cumprir medidas de recuperação e prevenção, tais como: a melhoria na gestão de resíduos; investimentos em projetos sociais e diálogo com as comunidades.
O caso Hydro Alunorte
A Hydro Alunorte opera na região de Barcarena, onde administra uma das maiores refinarias de alumina do mundo. A alumina, substância derivada da bauxita, é essencial para a produção de alumínio, e a empresa tem um papel central nessa cadeia produtiva no Brasil.
No entanto, sua atividade industrial gerou uma série de problemas ambientais graves ao longo dos anos, principalmente relacionados à emissão de gases poluentes e ao vazamento de resíduos tóxicos no meio ambiente. As comunidades locais, compostas principalmente por ribeirinhos e povos indígenas, denunciaram os danos à saúde, à qualidade do ar e à contaminação de rios e solos.
O modo de vida dessas comunidades, diretamente dependente dos recursos naturais para sua subsistência, foi profundamente afetado pela poluição provocada pela empresa. A degradação ambiental gerada pelas emissões poluentes comprometeu não apenas a saúde da população, mas também sua capacidade de acessar água potável e praticar atividades como a pesca e a agricultura de subsistência.
A decisão judicial e a condenação de R$150 milhões
Em maio de 2024, a Justiça do Pará tomou uma decisão crucial para as comunidades afetadas, condenando a Hydro Alunorte a pagar milhões em indenizações. O valor será destinado às populações que sofreram os impactos das emissões de gases poluentes, principalmente aquelas que tiveram sua saúde e qualidade de vida comprometidas pelas atividades industriais da empresa.
A decisão judicial foi baseada em laudos técnicos e denúncias feitas ao longo de anos, comprovando a responsabilidade da Hydro Alunorte pelos danos ambientais. A Justiça reconheceu que a empresa falhou em adotar medidas eficazes para evitar a poluição, além de não cumprir com normas ambientais estabelecidas por legislações brasileiras.
Impactos ambientais e sociais causados pelas atividades da Hydro
A poluição gerada trouxe uma série de consequências graves para o meio ambiente e para as comunidades locais. Entre os principais impactos estão:
Emissão de gases poluentes: Um dos principais motivos da condenação da Hydro Alunorte foi a emissão de gases poluentes na atmosfera. A refinaria de alumina em Barcarena gerou poluentes que contribuíram para a degradação da qualidade do ar na região, afetando diretamente a saúde respiratória dos moradores. De acordo com estudos, a exposição prolongada a esses poluentes pode causar problemas graves, como doenças pulmonares, alergias e aumento de casos de asma.
Contaminação de rios e solo: Além da poluição atmosférica, as atividades da empresa foram associadas à contaminação de rios e do solo por resíduos tóxicos. Comunidades ribeirinhas relataram a mudança na coloração e no odor das águas de rios que utilizavam para pescar, beber e irrigar suas plantações. A contaminação comprometeu a fauna aquática, reduzindo drasticamente a pesca, uma das principais fontes de sustento das famílias locais
Em 2018, a Hydro enfrentou outra grave acusação de vazamento de resíduos tóxicos, que atingiram o Rio Murucupi, em Barcarena, levando à intensificação de protestos e ações judiciais contra a empresa.
Prejuízos à saúde das comunidades: Os danos à saúde foram um dos aspectos mais graves causados pela poluição. Relatos de moradores indicam um aumento significativo de problemas respiratórios, dermatológicos e digestivos, principalmente entre crianças e idosos. Além disso, a falta de água potável agravou as condições sanitárias da região, ampliando os riscos de doenças infecciosas.
Além disso, a condenação fortalece a luta das comunidades afetadas, que por muito tempo foram ignoradas ou tiveram suas vozes abafadas pelo poder econômico e político exercido por grandes corporações. O reconhecimento judicial dos danos sofridos por essas populações é um marco importante na busca por justiça e reparação.
A ação também reflete um esforço conjunto entre órgãos ambientais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério Público Federal (MPF), e movimentos sociais locais, que atuaram de forma incisiva na coleta de provas e na representação legal das comunidades.
Responsabilidade corporativa e ambiental: A condenação da Hydro Alunorte levanta uma discussão importante sobre a responsabilidade corporativa no Brasil e a necessidade de um compromisso mais forte por parte das empresas com práticas ambientais e sociais responsáveis. As grandes corporações, especialmente as que atuam em áreas sensíveis como a Amazônia, precisam adotar políticas mais eficazes para minimizar os impactos de suas atividades.
Nos últimos anos, a responsabilidade socioambiental passou a ser um fator cada vez mais exigido pelos consumidores e investidores. Empresas que não se adequam a essas expectativas tendem a sofrer não apenas com sanções judiciais, mas também com a perda de credibilidade e a diminuição de seus negócios.
A decisão contra a Hydro Alunorte também ressalta a importância da transparência e do diálogo entre as empresas e as comunidades locais. A inclusão de populações afetadas no processo de tomada de decisão e a implementação de políticas preventivas são essenciais para evitar novos casos de degradação ambiental e garantir a sustentabilidade dos negócios.
Medidas de recuperação e prevenção adotadas pela Hydro
Após a condenação, a Hydro Alunorte declarou que está comprometida em realizar as reparações necessárias e a adotar medidas para prevenir novos incidentes. Entre as ações previstas estão:
- Melhoria na gestão de resíduos
A empresa se comprometeu a aprimorar a gestão de resíduos tóxicos e a investir em tecnologias mais avançadas para tratar os efluentes antes de serem descartados no meio ambiente. Isso inclui a construção de novas barreiras de contenção para impedir vazamentos e a modernização do sistema de monitoramento de poluentes.
- Investimentos em projetos sociais
Como parte das medidas compensatórias, a empresa anunciou a criação de projetos sociais voltados para as comunidades afetadas. Esses projetos incluem iniciativas de capacitação profissional, investimentos em infraestrutura local e melhorias no acesso a serviços de saúde e educação. A Hydra Alunorte também se comprometeu a apoiar ações de recuperação ambiental nas áreas degradadas.
- Diálogo com as comunidades
Uma das principais críticas das comunidades locais à empresa foi a falta de diálogo transparente e aberto com a empresa. Em resposta, a Hydro Alunorte garantiu que passará a adotar uma política mais participativa, criando canais de comunicação diretos com os moradores e líderes comunitários. A ideia é garantir que as comunidades estejam envolvidas no processo de monitoramento das operações e nas medidas de compensação.
Agricultura
Primeiro turno teve 515 prisões por crimes eleitorais
O primeiro turno das eleições municipais, realizado neste domingo (6), teve 2.618 crimes eleitorais e 515 prisões, segundo balanço parcial do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) gerado às 19h30. O balanço final está previsto para a manhã desta segunda-feira (7).
Entre as mais de 500 prisões contabilizadas até agora, 22 foram de candidatos flagrados cometendo crimes.
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As ocorrências de boca de urna foram maior parte dos crimes eleitorais, com 1.057 flagrantes. O crime de compra de votos/corrupção eleitoral foi o segundo mais cometido, com um total de 423 ocorrências. O balanço informa ainda os registros de propaganda eleitoral irregular, 309; de violação ou de tentativa de violação do sigilo de voto, 203; e de desobediência a ordens da Justiça Eleitoral, 64.
Os agentes de fiscalização apreenderam mais de R$ 520 mil nas ocorrências. Outras apreensões foram 47 veículos em uso para transporte irregular de eleitores e 28 armas de fogo em posse dos abordados.
Os dados são enviados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública pelas secretarias de segurança pública estaduais e pelas equipes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública que atuam nos estados.
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Agricultura
Topázio Neto (PSD) é eleito prefeito de Florianópolis
O candidato Topázio Neto (PSD) venceu a disputa para a prefeitura da Florianópolis, com 58,49% dos votos válidos. Marquito (PSOL) ficou em segundo lugar na disputa pela prefeitura da capital de Santa Catarina, com 22,23% dos votos válidos. Foram apuradas100% das urnas.
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Topázio Silveira Neto (PSD) nasceu em Florianópolis, é casado, tem 62 anos, é empresário e formado em administração de empresas. Esta foi a primeira eleição que ele disputou como cabeça de chapa.
Em 2020, à época filiado ao Republicanos, ele foi candidato a vice de Gean Loureiro. Topázio só assumiu a prefeitura em 31 de março de 2022 quando Gean Loureiro, que estava no segundo mandato, renunciou para se habilitar a disputar a eleição para governador de Santa Catarina. Loureiro terminou na quarta posição.
O prefeito reeleito neste domingo (6) fez carreira como empresário no segmento de gestão de relacionamentos desde 1998. Foi sócio e executivo de empresas nacionais e multinacionais, chegando a presidir a Associação Brasileira de Telesserviço, desde quando era chamada Associação Brasileira de Telemarketing.
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Agricultura
Mais de R$ 20 milhões em espécie são apreendidos pela PF no 1º turno das eleições
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse neste domingo (6) que considera preocupante as apreensões de dinheiro em espécie realizadas pela Policia Federal (PF) durante a campanha eleitoral.
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De acordo com a PF, cerca de R$ 21 milhões em espécie foram apreendidos em todo o país durante o primeiro turno.
Ao visitar o Centro de Divulgação das Eleições no início desta noite, a ministra foi perguntada sobre o assunto e afirmou que a Justiça Eleitoral vai trabalhar com a PF e o Ministério Público para investigar as apreensões, que são oriundas de suspeitas de compra de votos.
“Isso [apreensão] é preocupante para todo mundo, mas nós não tínhamos antes desta eleição dados concretos sobre dinheiro. Então, daqui para a frente, vamos trabalhar para ter dados”, afirmou.
Apuração dos votos
A apuração dos votos é acompanhada no TSE pelos ministros do tribunal e do Supremo Tribunal Federal (STF), que estão reunidos na sala da presidência da Corte.
O presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso, também acompanha a totalização. Para o ministro, as eleições ocorreram neste domingo sem sobressaltos.
“Felizmente, não tem nada de extraordinário acontecendo. As pessoas estão votando e nós estaremos divulgando o resultado poucas horas depois das eleições, consagrando esse sistema de votação que nós temos, provavelmente, o melhor do mundo”, afirmou.
Mais de 155 milhões de eleitores estavam aptos a votar em 5.569 municípios neste primeiro turno.
O segundo turno da disputa poderá ser realizado em 27 de outubro em 103 municípios com mais de 200 mil eleitores, nos quais nenhum dos candidatos à prefeitura atinja mais da metade dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos, no primeiro turno.
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