Pecuária
Circuito Nelore de Qualidade: 436 animais foram avaliados em etapa de Anastácio (MS)

Reprodução
A 9ª etapa nacional do Circuito Nelore de Qualidade teve a avaliação de 436 animais de 10 pecuaristas, no último dia 5 de setembro, na sede do frigorífico Friboi em Anastácio (MS). A etapa é resultado de colaboração entre a Associação Sul-Matogrossense dos Criadores de Nelore (ASCN) e a Associação de Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), que criou a iniciativa. A organização teve suporte da Matsuda Sementes e Nutrição Animal, além da própria Friboi.
Ao todo, foram 304 machos – sendo cinco lotes de bovinos não castrados, um de animais castrados, com rebanhos terminados tanto em pastagens quanto em confinamento. Desse grupo, 80% apresentava até quatro dentes incisivos permanentes, com cerca de 3 anos de idade; já 51% dos animais tinham até dois dentes incisivos permanentes, com cerca de 2 anos. O peso médio foi de 22 arrobas.
Já no grupo de fêmeas, foram avaliados 132 exemplares da raça Nelore, todos eles terminados em pastagens. Durante a etapa, verificou-se que 64,5% das novilhas apresentavam até 2 dentes incisivos permanentes (cerca de 2 anos de idade). O peso médio ficou em 14 arrobas.
Melhores lotes de carcaças de machos
O prêmio de melhor lote de carcaças de machos, que recebeu medalha de ouro, foi o do pecuarista Avelino José Baldasso, da Fazenda BP Brasil (Porto Murtinho/MS). A medalha de prata ficou com a Fazenda Bodoquena (Miranda/MS). Já a medalha de bronze foi entregue a Mauriti Mendes do Nascimento, da Fazenda Nossa Senhora Aparecida (Porto Murtinho/MS).
Melhores lotes de carcaças de fêmeas
O criador Albino Tezani Filho, da Fazenda Bauru (Anastácio/MS) recebeu a medalha de ouro de melhor lote de carcaças de fêmeas dessa etapa do Circuito Nelore de Qualidade. A Santângelo Agropecuária, que mantém a Fazenda São Pedro (Miranda/MS), recebeu a medalha de prata. O terceiro lugar, que recebeu o prêmio de bronze, ficou com Jonas Caetano Filho, da Fazenda Caetano (Miranda/MS).
Calendário:
As próximas etapas do Circuito acontecem nas seguintes datas:
19/09 – Friboi de Iturama (MG)
20/09 – Friboi de Nova Andradina (MS)
23/09 – Frisa de Teixeira de Freitas (BA)
24, 25 e 26/09 – Frisa de Nanuque (MG)
26/09 – Friboi de Alta Floresta (MT)
01/10 – Friboi de Ituiutaba (MG)
11/10 – Masterboi de Canhotinho (PE)
15 e 16/10 – Friboi de Diamantino (MT)
17 e 18/10 – Friboi de Barra do Garças (MT)
22, 23 e 24/10 – Fridosa de Santa Cruz de La Sierra (BO)
29/10 – Friboi de Andradina (SP)
31/10 – Friboi de Araputanga (MT)
01/11 – Friboi de Naviraí (MS)
07 e 08/11 – Fribal de Imperatriz (MA)
12/11 – Friboi de Itapetinga (BA)
14/11 – Friboi de Redenção (PA)
19/11 – Friboi de Santana do Araguaia (PA)
20 e 21/11 – Friboi de Mozarlândia (GO)
23/11 – Friboi de Marabá (PA)
28/11 – Friboi de Campo Grande (MS) Unid. II
Circuito Nelore de Qualidade
Realizado pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), o Circuito Nelore de Qualidade fortalece e promove a genética Nelore, contribuindo para a evolução da raça e seu posicionamento como produtora de carne de qualidade. A iniciativa avalia resultados obtidos pelos produtores, cada qual em sua realidade e sistema de produção.
Promovido desde 1999 no Brasil, o Circuito conta com apoio de Friboi, Frisa, Fribal, Masterboi e Matsuda Sementes e Nutrição Animal. Na Bolívia, a iniciativa tem apoio do frigorífico local Fridosa e é organizada em conjunto com a Asocebu. No Paraguai, a organização é da Associação Paraguaia dos Criadores de Nelore com o apoio do Minerva Foods. O Circuito Nelore de Qualidade é o maior campeonato de avaliação de carcaças de bovinos do mundo.
SOBRE A ACNB
A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) é a entidade de âmbito nacional que representa criadores da raça de todo o país. Fundada há 70 anos, a ACNB se dedica ao fomento, defesa e valorização do Nelore, contribuindo para a seleção zootécnica e a produção de carne bovina de qualidade. Para isso, valoriza a genética superior, o manejo sustentável e o bem-estar animal. Entre outras iniciativas, a ACNB promove o Circuito Nelore de Qualidade, os Rankings Nacionais (Nelore, Nelore Mocho e Nelore Pelagens) e a oficialização de leilões da raça. O Nelore é a raça mais importante da pecuária brasileira, representando cerca de 80% do rebanho de corte nacional. Para mais informações, acesse www.nelore.org.br e acompanhe a associação no Instagram e no Facebook.
Gabriela Carvalho
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Tendência de alta, preços firmes e exportações aquecidas animam produtor

Divulgação
Com um cenário de demanda aquecida e preços firmes, a pecuária nacional se mantém em posição estratégica para consolidar seu crescimento no mercado global, garantindo competitividade e bons resultados para o setor. O mercado do boi gordo encerrou a última semana com sinais de valorização, impulsionado pelo bom escoamento da carne no atacado e pelo ritmo favorável das exportações.
A primeira quinzena de março registrou alta nos preços, refletindo a maior demanda interna e a retomada dos embarques brasileiros para o mercado internacional. A expectativa para os próximos dias é de estabilidade nas cotações, com tendência de ajustes pontuais dependendo da oferta de animais e da demanda externa.
Os preços médios da arroba apresentaram variações positivas em importantes praças pecuárias. Em São Paulo, a cotação chegou a R$ 294,11, representando um avanço em relação à semana anterior. No Mato Grosso, os negócios giraram em torno de R$ 299,16, enquanto Minas Gerais registrou leve recuo, fechando a semana a R$ 290,29. No Mato Grosso do Sul, a arroba do boi foi cotada a R$ 294,32, mantendo-se firme diante do ritmo de abates mais curtos.
No mercado atacadista, os preços também refletiram o bom desempenho da demanda. O quarto traseiro foi comercializado a R$ 25,00 o quilo, registrando alta de 2,04% na comparação semanal. O quarto dianteiro acompanhou a tendência de valorização e chegou a R$ 18,50 por quilo, enquanto a ponta de agulha permaneceu estável em R$ 17,00 por quilo. O movimento de alta foi impulsionado pelo maior consumo na primeira quinzena de março, período sazonalmente mais aquecido.
As exportações seguem como fator determinante para a sustentação dos preços no mercado interno. O Brasil mantém um ritmo acelerado de embarques de carne bovina, consolidando sua posição de liderança global no setor. O volume exportado nos primeiros dias de março registrou alta significativa em relação ao mesmo período do ano anterior, com incremento tanto na quantidade exportada quanto no faturamento. A demanda chinesa continua sendo um dos principais motores do mercado, enquanto as tensões comerciais entre Estados Unidos e China podem abrir novas oportunidades para a carne brasileira no mercado asiático.
A expectativa para a segunda quinzena de março é de menor espaço para novas altas nos preços, uma vez que o consumo interno tende a desacelerar neste período. No entanto, o mercado segue atento à oferta de animais terminados e ao comportamento das exportações, que podem manter a firmeza nas cotações. Além disso, o Brasil se aproxima da marca histórica de maior produtor mundial de carne bovina até 2027, ultrapassando os Estados Unidos em volume total produzido.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Empresário Pecuarista: “O bonitinho não vende”, diz professor da USP

Foto: Wenderson Araújo
Ferraz destaca que, assim como um padeiro que, mesmo sem formação acadêmica, compreende a importância de produzir pão na temperatura e qualidade certas, o pecuarista também deve adotar uma abordagem mais objetiva e estratégica em seu negócio. “O pecuarista muitas vezes é impulsivo e tradicionalista, mas precisa definir claramente seus objetivos. O que ele quer? Produzir o melhor bezerro possível”, afirma.
A falta de um planejamento claro pode levar a resultados insatisfatórios. O professor enfatiza que, para garantir a continuidade do negócio, é fundamental que o pecuarista produza animais que atendam às expectativas do mercado. “O bonitinho não paga a conta”, alerta Ferraz, ressaltando a importância de focar na qualidade e na viabilidade econômica da produção.
Em suma, a mensagem de José Bento Ferraz é clara: para se destacar no setor pecuário, é preciso mais do que tradição; é necessário ter objetivos bem definidos, adotar metodologias eficazes e, acima de tudo, respeitar o meio ambiente. A transformação do pecuarista em um verdadeiro empresário pode ser a chave para o sucesso e a sustentabilidade da pecuária no Brasil.
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Rebanho bovino: como inserir subprodutos na nutrição sem comprometer desempenho?

Foto: Plínio Queiroz/Canal Rural
A nutrição animal é um dos principais componentes dos custos de produção da pecuária de leite e de corte. Em cenários adversos, com escassez de pastagens e insumos mais caros, conseguir bancar esse recurso é desafiador.
Porém, de acordo com a zootecnista e gerente nacional de Nutrição da Supremax, Mariana Lisboa, existem no mercado subprodutos com preços menores e que não deixam a desejar quando o assunto é qualidade da ração, a exemplo da casca de soja peletizada.
Contudo, estratégias assim devem estar incluídas em um planejamento robusto de nutrição animal. “O pecuarista deve estabelecer um manejo de pastagem eficiente de acordo com a sazonalidade e disponibilidade da forragem em sua propriedade. A partir daí, ele pode ter essa forragem como base, visto que ela é a que aprenseta o melhor custo benefício e gera melhoria na produção de arrobas por hectare, sendo a principal fonte de matéria seca, de fibra e energia.”
De acordo com Mariana, a partir de então o produtor pode lançar a mão de conservação por meio de silagem, mas tudo aliado a uma ótima suplementação conforme o crescimento do animal.
“Isso independentemente da categoria em que o pecuarista esteja trabalhando. Se for uma cria, que seja um bom suplemento que os bezerros possam utilizar com, de repente, outras alternativas, com fontes de farelado. Assim, se prepara esse animal para a próxima categoria e para um melhor desempenho”, afirma a zootecnista.
Monitoramento da nutrição
Mariana destaca, também, as ferramentas de manejo que auxiliam os pecuaristas na estratégia de nutrição animal. “Precisa-se conhecer o peso desses animais, ajustar a taxa de lotação, a unidade animal por hectare e, a partir de então, fornecer área de coxo correta, suplementos e produtos de forma a trabalhar os animais para o seu melhor desempenho e rendimento.”
De acordo com ela, os protocolos de linha crescente, falando-se de recria, incluem as opções de recria intensiva a pasto ou terminação intensiva a pasto, além de semiconfinamento ou até mesmo confinamento com dietas que substituem completamente a forragem.
Victor Faverin
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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