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Agronegócio

Panificação brasileira atinge faturamento recorde de R$ 153,36 bilhões em 2024

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Faturamento recorde e adaptação às novas demandas do mercado – Divulgação

O setor de panificação brasileiro experimentou um crescimento significativo em 2024, com faturamento de R$ 153,36 bilhões, o que representa um aumento de 10,92% em relação ao ano anterior. Este desempenho reflete não apenas a recuperação do fluxo de clientes, mas também a capacidade das panificadoras de se adaptarem às novas tendências de consumo, como o aumento da demanda por produtos artesanais. O estudo do Instituto de Desenvolvimento das Empresas de Alimentação (Ideal) aponta que o aumento no número de clientes nas padarias foi de cerca de 4,57%, um indicativo da retomada desses estabelecimentos como pontos de encontro e opções práticas para o dia a dia.

Emerson Amaral, especialista em gestão empresarial e membro do conselho técnico da ABIP (Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria), destaca a versatilidade das padarias. “A padaria voltou a ser o local para refeições rápidas, encontros e até reuniões de trabalho. O crescimento deste ano foi quase quatro vezes maior que o do ano passado, o que reforça seu papel como um espaço multifuncional de serviços”, afirma.

Tendências de saudabilidade e inovação no mercado

As tendências de consumo apontadas no relatório incluem uma crescente demanda por produtos saudáveis e práticos. Um exemplo disso é o uso crescente de massa madre, ingrediente que tem se tornado cada vez mais relevante. A multinacional francesa Lesaffre, pioneira na produção de massa madre viva em grande escala no Brasil, tem contribuído significativamente para essa mudança, oferecendo pães com melhor sabor, textura e benefícios nutricionais, além de um tempo de prateleira prolongado. André Tesini, diretor Comercial e Marketing da Lesaffre Brasil, afirma que “a inovação, como a introdução da massa madre viva, está impulsionando o setor, atendendo ao consumidor moderno que busca alimentos saudáveis e de alta qualidade”.

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Variações regionais e o perfil do setor

A análise regional revela que o Norte do Brasil lidera o crescimento do faturamento, com um aumento de 16,36%, enquanto o Sudeste, que concentra o maior número de empresas, registrou uma elevação de 8,87%. São Paulo é a cidade com o maior número de padarias (21.358), seguida pelo Rio de Janeiro (12.191), Belo Horizonte (4.809), Brasília (4.723) e Salvador (4.005).

O setor de panificação brasileiro é marcado pela presença significativa de Microempreendedores Individuais (MEIs), que representam 62,98% das empresas, mas as Microempresas (MEs) e Empresas de Pequeno Porte (EPPs) têm grande participação no faturamento total. Em 2024, o setor gerou cerca de 1,08 milhão de empregos diretos e 1,93 milhão de empregos indiretos, embora enfrente o desafio da escassez de mão de obra qualificada.

Indicadores de produtividade e o papel da inteligência artificial

O aumento da produtividade também é um fator relevante para o setor. Em 2024, a produtividade por funcionário cresceu 12,45%, atingindo R$ 14.080,23. Em relação aos produtos, o pão francês continua a ser uma das estrelas do setor, com um crescimento de 5,17% no volume de vendas. As padarias têm a oportunidade de se diferenciar no mercado investindo em qualidade superior e novas formulações de pães que atendam às demandas de saudabilidade e praticidade.

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A inteligência artificial (IA) também tem se mostrado uma aliada importante para o setor, com aplicações que vão desde a criação de mensagens personalizadas para clientes até a automação de processos de vendas e gestão. A IA surge como uma ferramenta promissora para otimizar processos e impulsionar as vendas, contribuindo para a modernização do setor de panificação.

Esses dados demonstram como o setor de panificação no Brasil se mostra resiliente, inovador e adaptável, o que contribui para seu crescimento contínuo e sustentado.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Exportações brasileiras de carne suína in natura podem crescer mais de 19% em abril

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Foto: Arquivo/Agência Brasil

 

As exportações brasileiras de carne suína in natura seguem em ritmo acelerado em abril de 2025. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), até a terceira semana do mês foram embarcadas 75,03 mil toneladas do produto, o que representa uma média diária de 5,77 mil toneladas.

Considerando os 20 dias úteis do mês, a expectativa é de que as exportações totalizem 115,43 mil toneladas, o que configuraria um aumento de 19,31% em relação ao mesmo período de 2024. O bom desempenho reforça a crescente demanda internacional pela proteína suína brasileira.

Além do volume exportado, o preço médio pago por tonelada também apresentou valorização. Em abril, o valor chegou a US$ 2.490,23, representando alta de 8,24% na comparação anual. O cenário é positivo para o setor, que se beneficia tanto pelo aumento nos embarques quanto pela valorização do produto no mercado externo.

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Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Frango vivo tem melhor preço em quase dois anos

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Foto: Arquivo/Ari Dias/AEN/PR

O preço do frango vivo subiu nas principais regiões produtoras do país e atingiu o maior patamar em quase dois anos. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a valorização está ligada ao bom ritmo das vendas, tanto no Brasil quanto no exterior, e à queda nos custos de produção, como milho e farelo de soja.

No estado de São Paulo, o frango vivo está sendo vendido a R$ 6,15 o quilo, uma alta de 11% só em abril. No Paraná, outro importante polo da avicultura, o valor de referência segue estável em R$ 5,10/kg. Em Santa Catarina, segundo a Epagri, a cotação é de R$ 4,66/kg. Mesmo com essas diferenças, o cenário é positivo para o setor de corte em todo o Brasil.

Com o custo dos insumos em baixa, o poder de compra do avicultor melhorou pelo segundo mês seguido, segundo análise do Cepea. Esse equilíbrio entre preços de venda e despesas dá fôlego ao produtor, que vinha pressionado nos últimos meses.

Já no mercado atacadista, o frango abatido está com preços firmes. Em São Paulo, o valor gira em torno de R$ 8,20/kg. No entanto, os cortes congelados e resfriados tiveram leve recuo nesta semana, com o congelado sendo vendido a R$ 8,67 e o resfriado a R$ 8,68 por quilo. O movimento indica que os compradores estão mais cautelosos, avaliando o consumo e controlando estoques.

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Por outro lado, quem trabalha com postura enfrenta cenário mais difícil. A queda na procura e a pressão nos custos reduziram a margem do produtor. Em Bastos (SP), maior centro de produção de ovos do país, os preços recuaram. A caixa de 30 dúzias do ovo branco caiu de R$ 203 para R$ 192, enquanto a do ovo vermelho foi para R$ 220.

Apesar das diferenças entre os segmentos, o momento geral da avicultura é de atenção aos movimentos do mercado. O frango de corte vive fase positiva, mas o setor de ovos precisa de reação nas vendas para equilibrar as contas. A expectativa para os próximos dias é de estabilidade com possíveis ajustes pontuais.

(Com Pensar Agro)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Produtor rural com animais de qualquer espécie tem prazo para atualizar rebanho

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Imagem: Faep

 

A partir de 1º de maio, produtores rurais que tenham animais de qualquer espécie (de abelhas a bovinos) precisam fazer o procedimento de atualização do cadastro do rebanho na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). O cadastramento é obrigatório e pode ser feito de forma online ou presencial (veja opções abaixo) até 30 de junho. Quem não cumprir com o trâmite fica impedido de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA).

Os pecuaristas devem informar à Adapar todos os animais de criação que mantêm em suas propriedades: bois, búfalos, cabras, ovelhas, suínos, cavalos, jumentos, mulas, abelhas, galinhas e peixes. Segundo o Diagnóstico Agropecuário Paranaense, publicado no ano passado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Paraná tem 8,3 milhões de cabeças de bovinos, 396 milhões de cabeças de frangos de corte, 7 milhões de cabeças de suínos e 1,5 bilhão de pescados de água doce, entre outras espécies.

Mercado de carbono: Oportunidade de renda

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Para fazer a atualização do rebanho pela internet, o produtor precisa realizar um cadastro no sistema da Adapar. Para isso, basta informar o CPF, criar login e senha. Em seguida, é preciso selecionar a propriedade que estiver com pendência de comprovação de rebanho, escolher a espécie e preencher os dados pedidos. O processo precisa ser feito para cada espécie que o produtor tiver em sua propriedade.

Também é possível atualizar o cadastro pelo celular, por meio do aplicativo Paraná Agro, disponível para Android e iPhone. O passo a passo do procedimento é semelhante ao que deve ser feito pela atualização via internet.

Os produtores rurais que preferirem também podem fornecer os dados de forma presencial, em uma das unidades da Adapar, nos sindicatos rurais ou em escritórios de atendimento municipais – em prefeituras que disponham desse serviço. Basta retirar os formulários e devolvê-los preenchidos e assinados.

Substituição à vacina da aftosa

O cadastramento passou a ser obrigatório desde que o Paraná foi reconhecido internacionalmente como área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A atualização do rebanho é um compromisso do Estado e uma exigência sanitária para o controle da produção pecuária, após a conquista do selo internacional.

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“A conquista desse status sanitário foi o resultado de um esforço conjunto de mais de três décadas, que envolveu a iniciativa privada e o poder público. Esse reconhecimento atesta a robustez do nosso sistema sanitário e abre as portas de mercados internacionais mais sofisticados para nossa produção pecuária. Por isso, precisamos fazer a atualização do rebanho, mantendo nossa vigilância”, ressalta o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette. “É um procedimento fácil de ser feito. Se os produtores tiverem qualquer dificuldade, podem procurar os nossos sindicatos rurais, que estão preparados para prestar orientação”, acrescenta.

Serviço:

Para fazer a atualização do rebanho, use uma das formas abaixo:

– Aplicativo Paraná Agro:

Android

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iPhone

– Atualização de rebanho online:

Sistema da Adapar

– Presencialmente:

Unidades da Adapar

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Sindicatos rurais

(Com FAEP)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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