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Agricultura

Produtores celebram produtividade e menor custo com adubo orgânico no Paraná

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Foto: Willimar de Souza Dias

 

O Programa de Destinação de Lodo de Esgoto para agricultura, da Sanepar, comemora nesta segunda-feira (28), Dia do Agricultor, mais de duas décadas proporcionando aumento de produtividade e beneficiando pequenos produtores das mais diversas culturas agrícolas do Estado. Só no ano passado, 132 agricultores participaram do programa que disponibiliza gratuitamente o produto, também chamado de biossólido, um excelente adubo para a agricultura.

Fotos: Willimar de Souza Dias

O diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, ressalta que, como empresa pública, a companhia está presente na vida dos paranaenses. “Somos uma empresa comprometida com a qualidade de vida e por meio do incentivo à economia circular e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, mantemos programas que atendem às diversas necessidades das pessoas. Desde a promoção da saúde, com água tratada e coleta e tratamento de esgoto até desenvolvimento socioeconômico, com impulso na geração de renda e produtividade agrícola”.

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Em mais de duas décadas, o programa já destinou cerca de 500 mil toneladas de fertilizantes para a agricultura, beneficiando mais de mil agricultores. Somente em 2024, foram atendidos 59 municípios do Paraná, totalizando 3.350 hectares.

Rico em matéria orgânica e nutrientes (principalmente nitrogênio, fósforo e enxofre), o lodo auxilia na correção do pH do solo e fornece cálcio e magnésio por receber aplicação de cal no processo de higienização.

A Sanepar mantém 60 Unidades de Gerenciamento de Lodo (UGLs) espalhadas pelo Estado. No local, o material é devidamente higienizado para atender a legislação. Até a aplicação no solo, todo o processo é acompanhado e monitorado para o uso seguro.

Responsável técnico pelo Programa da Sanepar no Noroeste, a agrônoma Sandra Regina da Silveira diz que é possível conhecer mais sobre

Fotos: Divulgação/Sanepar

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a iniciativa no site da Sanepar. “Na aba Sustentabilidade existem questionários com perguntas e respostas, o processo completo, folder de divulgação, além do pré-cadastro para quem deseja saber mais e participar do Programa”, afirma.

Ela lembra que a Sanepar fornece o lodo de forma gratuita para agricultores cadastrados, com áreas agrícolas aptas e culturas permitidas. Isto, conforme a disponibilidade do lodo em cada região do Paraná. “O agricultor não paga nada pelo material, nem pelo transporte, e ainda recebe acompanhamento técnico para a aplicação”, ressalta.

Benefícios

O biossólido pode ser aplicado em culturas frutíferas, de cobertura, como aveia, café, cana-de açúcar, milho, soja e trigo. Não é recomendado o uso em pastagens, áreas de integração lavoura-pecuária-floresta, hortas, tubérculos, raízes, culturas inundadas e cuja parte comestível entre em contato com o solo.

Dirceu Vitorino é um dos agricultores que destaca os benefícios do Programa. Ele tem cultura de abacate na região Norte do Paraná, e há quatro anos é um dos parceiros da Sanepar. Dono de uma pequena propriedade, ele lembra que de início ficou um pouco desconfiado, mas com as explicações dos técnicos da Sanepar resolveu aderir. “Depois que passei a usar, a lavoura ficou mais uniforme, os frutos mais lisos, sem manchas e aumentou a produtividade. Na primeira vez, depois de seis meses, já vi diferença na lavoura. Outro benefício que percebi foi em relação à compactação da terra. Depois que usei o biossólido, a terra ficou naturalmente mais fofa, o que é muito bom pra lavoura”, afirma Dirceu, que também diz que já ajudou a divulgar o programa e convenceu agricultores vizinhos a fazerem a inscrição para receber o produto.

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Para o engenheiro agrônomo Julio Augusto, que trabalha com 236 famílias de um assentamento rural em Mariluz, no Noroeste do Estado, além dos benefícios para a terra, com melhora do solo, o lodo distribuído pela Sanepar também contribui para o aumento da produtividade e, consequentemente, para o aumento de renda. “Tem o caso de uma das famílias que plantam milho para silagem. Eles estavam com baixa produtividade e não tinham recursos financeiros para comprar fertilizantes. Com o Programa da Sanepar, eles conseguiram aplicar e já têm resultados positivos. O aumento na produtividade na primeira aplicação foi de 10%. E, provavelmente, no próximo ano também haverá maior produtividade, aumentando a renda da família”, diz.

O agrônomo também ressalta que os pequenos agricultores muitas vezes não têm como investir em fertilizantes industriais. “Muitas vezes, eles não conseguem ter recursos para investir e com o lodo podem, além melhorar o solo, economizar até em aplicação de calcário, por exemplo, reduzindo o custo de produção”, comenta.

História

O programa de uso do lodo de esgoto existe na Sanepar desde 2000. Os primeiros agricultores a utilizarem o biossólido foram os da Região Metropolitana de Curitiba. No Interior, a primeira cidade a participar do Programa foi  Foz do Iguaçu, no Oeste, onde a distribuição para os agricultores começou em 2002.

O Programa de Lodo Agrícola da Sanepar já foi premiado e reconhecido nacional e internacionalmente. Uma das premiações foi pelo Instituto Trata Brasil na categoria Inovação e Tecnologia. Além disso, a Sanepar também foi reconhecida pelo Pacto Global da ONU na COP28 por seu programa, que inclui o uso do lodo em áreas agrícolas.

Os agricultores que tenham interesse em participar do programa podem fazer seu cadastramento/inscrição no site da Companhia, na aba Sustentabilidade.

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Fonte: AEN-PR

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

AgriZone define o apoio do agro na luta contra as mudanças climáticas, diz ex ministro

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Foto: Embrapa Amazônia Oriental

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues definiu a Agrizone, espaço temático coordenado pela Embrapa na COP30, como a iniciativa do evento que melhor define a contribuição do agro no enfrentamento das mudanças climáticas.

Entre os destaques do local estão as vitrines demonstrativas a campo em que os visitantes podem conhecer, de perto, sobre intensificação sustentável e diversificação de sistemas produtivos, além de entender as iniciativas da Embrapa para desenvolvimento dos protocolos de agropecuária de baixo carbono e ainda as vitrines tecnológicas para agricultura familiar.

A AgriZone fica localizada na Embrapa Amazônia Oriental, na Travessa Dr. Enéas Pinheiro, no bairro Marco, em Belém, a aproximadamente 1,8 km da Blue Zone. O espaço estará aberto ao público de 10 a 21 de novembro, das 10h às 18h. A entrada é gratuita, com inscrição prévia ou realizada no local.

Com uma programação dinâmica, composta por exposições imersivas, painéis interativos, pavilhões com vitrines vivas, cinco auditórios para 400 atividades (palestras, workshops e painéis), espaços para alimentação, apresentações culturais, experiências gastronômicas, lançamentos de tecnologias e publicações, a AgriZone convida o público da COP30 a conhecer de perto as soluções desenvolvidas pela Embrapa em parceria com governos, empresas e produtores.

A programação foi montada a partir de uma chamada pública feita pela Embrapa em que organizações relacionadas, direta ou indiretamente, à agricultura, à segurança alimentar e à mudança do clima, submeteram propostas para a organização de eventos e iniciativas dentro da AgriZone.

As 450 propostas recebidas passaram por análise de grupo de trabalho específico composto por pesquisadores e técnicos de diferentes áreas, resultando em uma programação plural e inclusiva, abrigando diversos setores, desde organizações não governamentais e entidades da agricultura familiar até instituições financeiras, ministérios, representações do agronegócio e organismos internacionais.

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Agricultura

Governo anuncia publicação de 10 portarias de demarcação indígena

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Foto: Bruno Peres/ Agência Brasil

A ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara, anunciou nesta segunda-feira (17) a assinatura de dez novas portarias declaratórias de demarcação de terras indígenas pelo Ministério da Justiça nos próximos dias.

Os documentos envolvem os seguintes territórios:

  1. TI Vista Alegre (AM – Mura)
  2. TI Tupinambá de Olivença (BA – Tupinambá)
  3. TI Comexatibá (BA – Pataxó)
  4. TI Ypoí Triunfo (MS – Guarani)
  5. TI Sawré Ba’pim (PA – Munduruku)
  6. TI Pankará da Serra do Arapuá (PE – Pankara)
  7. TI Sambaqui (PR – Guarani)
  8. TI Ka’aguy Hovy (SP – Guarani)
  9. TI Pakurity (SP – Guarani)
  10. TI Ka’aguy Mirim (SP – Guarani)

“Como parte do nosso compromisso, o Brasil anuncia a regularização e proteção de 63 milhões de hectares de terras indígenas e quilombolas até 2030”, declarou a ministra durante anúncio de iniciativa global dedicada a garantir os direitos territoriais de povos indígenas, afrodescendentes e comunidades tradicionais, com a meta coletiva de proteger 160 milhões de hectares. Ao todo, 15 países apoiaram a iniciativa.

Segundo a ministra, desse total, 4 milhões de hectares são em territórios quilombolas e os outros 59 milhões são territórios distribuídos em dez territórios indígenas com processos na câmaras de destinação de áreas pública que serão incorporados pelo Plano Integrado de Implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI).

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Agricultura

Brasil conquista 50 medalhas em concurso mundial de queijos

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Foto: divulgação/biopark

O Brasil voltou a se destacar no World Cheese Awards 2025 (WCA), realizado na Suíça, trazendo para casa 50 medalhas em meio a mais de 5 mil queijos inscritos de mais de 50 países. Entre os premiados, três produtos desenvolvidos em Toledo, no Oeste do Paraná.

O World Cheese Awards é reconhecido como a maior competição dedicada exclusivamente aos queijos, reunindo desde grandes indústrias até pequenos produtores artesanais.

Nesta edição, 265 especialistas compuseram o júri, as avaliações foram realizadas às cegas, considerando critérios como sabor, aparência, aroma, corpo e textura. O evento reúne queijeiros, varejistas, compradores e alimentos de diversos países para julgar mais de 5 mil queijos provenientes de mais de 40 nações.

Medalhas brasileiras

O Brasil marcou presença entre os premiados do World Cheese Awards, com cinco queijos classificados como ouro, 19 como prata e 26 como bronze. As distinções contemplam produtores de diferentes regiões, incluindo São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Paraná

Entre os queijos do Paraná, os destaques foram Abaporu, Saint Marcellin e Garoa Tropical. O Abaporu, de massa mole e casca lavada, recebeu medalha de prata ao impressionar os jurados com notas de baunilha, amêndoas e especiarias como canela e cravo. O queijo já havia conquistado ouro no Mondial du Fromage, na França.

O Saint Marcellin, também prata, é um produto comercial da queijaria Flor da Terra e já acumula diversos reconhecimentos, entre eles, estar entre os dez melhores queijos do Brasil em 2023 e garantir prata no Mondial du Fromage 2025.

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Fechando a lista, o Garoa Tropical recebeu bronze. Inspirado nas antigas técnicas que utilizavam frutas cítricas para coagulação do leite, o queijo se destaca pelo sabor diferenciado e pela textura singular resultante de enzimas naturais dessas frutas.

Vencedor

O grande vencedor do World Cheese Awards 2025 foi o Gruyère AOP Vorderfultigen Spezial, produzido pela queijaria suíça Bergkäserei Vorderfultigen. Reconhecido pelo equilíbrio entre textura, maturação e um sabor marcante típico dos queijos alpinos, o rótulo superou mais de 5 mil concorrentes de mais de 40 países.

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