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Agricultura

Não isenção de proteínas prejudica segurança alimentar

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Associação manifestou descontentamento – Foto: Divulgação

 

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) está preocupada com a exclusão das carnes e outras proteínas de origem animal da lista de produtos da cesta básica nacional com alíquota zero no texto substitutivo ao Projeto de Lei Complementar nº 68/2024 da Reforma Tributária. A ABIEC acredita que isso pode impactar severamente o acesso da população brasileira a alimentos essenciais, aumentando a insegurança alimentar.

Atualmente, a carne bovina é isenta de ICMS em todos os estados e não é tributada pelo PIS e Cofins. A manutenção dessa proposta na reforma tributária, segundo a entidade, não só falharia em promover o consumo democrático deste alimento vital para a saúde, mas também removeria um benefício já existente para os consumidores.

Nesse contexto, a exclusão das carnes e outras proteínas de origem animal da lista de produtos da cesta básica com alíquota zero prejudicaria as famílias mais vulneráveis e de menor renda. Esses alimentos são essenciais para a saúde humana, e a medida aumentaria a exclusão e a insegurança alimentar, afetando mais de 20 milhões de brasileiros em 2023, incluindo três milhões em situação grave. Além disso, a pecuária de corte, importante para a economia nacional, movimentou R$890 bilhões em 2023 e sustentou 6,5 milhões de empregos diretos.

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Além disso, a ABIEC afirma que não é justificável argumentar que incluir proteínas de origem animal na alíquota zero da cesta básica aumentaria negativamente a alíquota geral do IVA (IBS/CBS) em quase 1 ponto percentual. Esses alimentos são essenciais para a população vulnerável, e sua exclusão poderia ser inconstitucional, conforme o artigo 8º da Emenda Constitucional 132, que define a cesta básica.

“Em função de todo o exposto, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne manifesta sua total confiança no Parlamento, na manutenção da boa técnica legislativa e, sobretudo, no bom senso na busca da solução adequada”, conclui.

AGROLINK – Leonardo Gottems

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Vem aí um dos maiores eventos do agronegócio e da agroindústria, Roraima Agroind

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Foto: Divulgação/ ASN|RR

Nos dias 25 e 26 de abril, o município de São João da Baliza será palco de um dos maiores encontros do agronegócio e da agroindústria no estado de Roraima. 

O Roraima Agroind chega para movimentar a economia rural, oferecer capacitação técnica e conectar produtores com novos mercados.

Realizado em parceria com o Sebrae/RR e com diversas instituições, o evento se destaca por reunir produtores rurais, empresários, técnicos e instituições parceiras com o objetivo de integrar o campo e a indústria.

A programação foi planejada para abranger diversas frentes do setor produtivo, promovendo trocas comerciais, capacitação e experiências práticas.  

Toda a estrutura estará voltada para o desenvolvimento sustentável e competitivo da produção local.

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Além de palestras e cursos técnicos, o público terá acesso à exposição de produtos, rodadas de negócios e atendimentos especializados.

A proposta é clara: promover integração entre o campo e a indústria, criando um ambiente de aprendizado, negociação e troca de experiências com foco no crescimento da região.

  • Participe do Porteira Aberta Empreender: envie perguntas, sugestões e conte sua história de empreendedorismo pelo WhatsApp

Destaques da programação:

Entre os momentos mais aguardados da programação, está o painel “Empreendedores em Ação”, que trará histórias inspiradoras de quem já venceu os desafios na agroindústria e no campo com criatividade e gestão.

A Rodada de Negócios, agendada para o fim da tarde do dia 25, será um ponto alto do evento. Neste espaço, os produtores poderão conversar diretamente com compradores e fornecedores, criando conexões comerciais sem intermediários. A proposta é fomentar negócios locais e valorizar a produção regional.

O segundo dia do evento terá uma agenda voltada para a capacitação técnica dos produtores. O curso ‘Negócio Certo Rural’, voltado aos produtores de cacau, irá oferecer ferramentas de gestão e estratégias para melhorar a produtividade e a renda no campo.

Outro destaque é o painel ‘Crédito para Desenvolver seus Negócios’, que trará orientações práticas sobre como acessar linhas de financiamento.

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Encerrando as atividades técnicas do dia 26 de abril, a palestra ‘Oportunidades de Negócios na Agroindústria’ apontará caminhos para agregar valor à produção rural.

Durante todo o evento, a Unidade Sebrae Região Sul estará com equipe de atendimento disponível para orientar empreendedores e produtores rurais sobre formalização, acesso ao crédito, capacitações e consultorias.

Evento busca ampliar mercados

Segundo Itamira Soares, gerente da Unidade de Competitividade Agroambiental do Sebrae Roraima, o evento é um marco importante para o fortalecimento da economia rural da região.

“O Roraima Agroind tem como objetivo fortalecer o setor produtivo regional ao integrar campo e indústria, promovendo a competitividade e o desenvolvimento econômico do sul do estado. A programação foi pensada para ampliar as oportunidades comerciais e oferecer apoio técnico e estratégico aos produtores”, afirmou Soares.

Com essa abordagem prática e voltada ao fortalecimento do setor produtivo, o Roraima Agroind se consolida como uma vitrine do potencial agrícola e agroindustrial do estado. O evento valoriza o que é feito no campo, promove a troca de conhecimento e impulsiona a economia rural com visão de futuro.

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Serviço: 

Roraima Agroind: A Indústria Começa no Campo 

Data: 25 e 26 de abril de 2025

Local: Município de São João da Baliza – RR

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Agricultura

Cigarrinha das Raízes: Desafio Crescente para a Cana-de-Açúcar e seus Impactos Econômicos

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Divulgação

A cigarrinha das raízes, uma praga que afeta severamente os canaviais, representa uma ameaça crescente para a produção de cana-de-açúcar no Brasil. Associada à transmissão da escaldadura das folhas, uma doença bacteriana, a praga compromete ainda mais a produtividade dos canaviais, exigindo medidas de controle rigorosas para mitigar os prejuízos tanto para os agricultores quanto para a indústria.

Impactos na Safra 2025/26 e Preocupações com a Produtividade

De acordo com dados da DATAGRO, espera-se que o processamento de cana-de-açúcar na safra 2025/26 do Centro-Sul do Brasil atinja 612 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 1,4% em relação ao ciclo anterior. Essa redução é atribuída aos impactos de incêndios e condições climáticas adversas. No entanto, a presença persistente da cigarrinha das raízes, combinada ao aumento da incidência de escaldadura das folhas, promete intensificar ainda mais os desafios para o setor, podendo comprometer a produtividade nas próximas safras.

A pesquisadora Leila Luci Dinardo-Miranda, do Centro de Cana do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), alerta para o risco da praga. Embora as populações de cigarrinha tenham diminuído durante períodos mais secos, ela permanece uma ameaça significativa devido ao manejo inadequado de algumas variedades de cana e à prática da colheita mecanizada. “A palha deixada no solo pela colheita mantém a umidade, favorecendo a proliferação do inseto”, explica Leila, ressaltando que algumas variedades de cana são mais suscetíveis à praga.

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Danos Econômicos e Produtivos

O impacto da cigarrinha vai além dos prejuízos diretos aos canaviais. As ninfas da praga atacam as raízes, enquanto os adultos se alimentam das folhas, injetando toxinas que provocam o amarelecimento e o ressecamento das folhas. Em casos mais graves, o colmo da planta pode secar completamente, reduzindo significativamente o teor de açúcar e aumentando a quantidade de fibra, o que dificulta a extração industrial. As microfissuras formadas nos colmos secos favorecem a entrada de fungos e bactérias, como a podridão vermelha, complicando ainda mais o processo de industrialização do açúcar.

O engenheiro agrônomo Marcos Vilhena, gerente de Marketing Regional da IHARA, destaca o impacto econômico da praga. “O controle inadequado pode resultar em uma queda de até 30% da produtividade por hectare, chegando a 50% em algumas regiões. Em áreas de alta produtividade, como Ribeirão Preto, o prejuízo pode ser significativo, alcançando até R$ 4.500 por hectare”, alerta Vilhena.

A Escaldadura das Folhas: Um Novo Desafio para os Canaviais

A escaldadura das folhas, doença bacteriana causada pela Xanthomonas albilineans, compromete a absorção de água e nutrientes pelas plantas. Embora conhecida desde 1940, a doença ganhou destaque com a mecanização da colheita, que facilita a disseminação entre as plantas. Estudos do IAC confirmam que a cigarrinha das raízes atua como vetor da doença, tornando ainda mais crucial o controle da praga para evitar maiores perdas na produção de cana.

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Estratégias de Manejo e Inovações Tecnológicas

Diante dos desafios impostos pela cigarrinha das raízes e sua associação com a escaldadura das folhas, o setor sucroenergético precisa adotar estratégias de manejo eficazes para mitigar os impactos. O controle adequado da praga é essencial para preservar a saúde dos canaviais e garantir a produtividade.

Um aspecto importante do manejo é a rotação de moléculas para evitar o desenvolvimento de resistência pelos insetos. “A IHARA desenvolve produtos com múltiplos ingredientes ativos que podem ser integrados a programas de rotação de inseticidas, oferecendo um controle mais eficaz e sustentável”, afirma Vilhena. Um exemplo é o Maxsan, um produto que combina diferentes modos de ação e atua sobre os ovos da cigarrinha, sendo eficaz não apenas no ciclo atual, mas também no controle de populações futuras.

O mercado de defensivos também está evoluindo para oferecer soluções mais seguras e eficientes. “Os produtos de hoje são mais seguros para o meio ambiente e para os aplicadores, com menor dosagem e impacto. O futuro da produtividade dos canaviais está ligado a um controle equilibrado e cientificamente fundamentado”, destaca a pesquisadora Leila Luci Dinardo-Miranda.

Avanços e Novas Soluções

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A IHARA está comprometida em desenvolver novas soluções para o controle da cigarrinha e de outras pragas que afetam a cana-de-açúcar. Entre os lançamentos previstos para 2025 e 2026, a empresa planeja disponibilizar dois novos produtos, além do Terminus, um inseticida com registro para aplicação aérea. Vilhena também menciona o sucesso do Zeus, produto registrado para controlar o Sphenophorus levis, conhecido como Bicudo da cana-de-açúcar, que tem mostrado resultados positivos nos campos.

Essas inovações reforçam a importância de um manejo integrado e a adoção de tecnologias modernas para enfrentar a crescente ameaça da cigarrinha das raízes e suas consequências econômicas e produtivas para o setor sucroenergético.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Início da colheita de kiwi de polpa verde é marcado por baixa produção em Caxias do Sul

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Foto: Gilson Abreu

 

Colheita das variedades de kiwi de polpa verde inicia com produtividade aquém da esperada

A colheita das variedades de kiwi de polpa verde teve início na região de Caxias do Sul, conforme informado pela Emater/RS-Ascar em boletim divulgado na última quinta-feira (10). As variedades de polpa amarela já foram retiradas dos pomares, encerrando esse ciclo nas lavouras monitoradas pela entidade.

De acordo com o levantamento da Emater, a produtividade nas lavouras tem ficado abaixo da média esperada. Contudo, os frutos colhidos apresentam bom calibre. A redução na quantidade de frutas por planta tem favorecido um amadurecimento mais rápido em algumas propriedades, o que pode antecipar o término da colheita, conforme relatado por produtores à equipe técnica da Emater/RS-Ascar.

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Preço do kiwi e expectativas para o mercado

Em relação ao preço pago aos produtores, a oscilação foi observada entre R$ 7,00 e R$ 9,00 por quilo, conforme os dados regionais do informativo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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