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Agricultura

Produtores serão orientados a seguir protocolo Chinês para exportarem noz-pecã

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Recente autorização daquele país permite a exportação de pecan descascada, desde que sigam regras fitossanitárias – Foto: Brasil P30 Divulgação

 

Autoridades brasileiras e representantes dos produtores de noz-pecã estiveram reunidos para debater os requisitos da China para que iniciem as exportações àquele país. O Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), participou do encontro, em Brasília (DF). Em recente viagem ao gigante asiático, a comitiva brasileira recebeu aval para a venda de pecan descascada, contudo, ainda é preciso selar um acordo para atender às exigências do novo parceiro comercial da pecanicultura.

O presidente do IBPecan, Eduardo Basso, explicou que no encontro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) foram apresentados os requisitos fitossanitários que devem ser atendidos e os produtores, em sua maioria localizados no Rio Grande do Sul, precisam ter os mesmos reconhecidos. “Com certeza os chineses querem comprar produtos seguros para os alimentos da sua população, que sejam nozes-pecãs desidratadas, livres de insetos, limpas, com a mesma qualidade exigida também nas embalagens e nos containers”, avaliou. Eduardo Basso disse ainda que agora, na medida que isso avança, as indústrias poderão se preparar e se organizar para fazer o registro como exportadores de noz-pecã para a China no Mapa e, por consequência, depois no Ministério da Agricultura chinês. “De modo que quando os contêineres chegarem no seu destino já tenham um número de registro para que as importações sejam feitas da melhor maneira e sem nenhum problema nas importações”, orientou o dirigente.

Para o presidente do IBPecan, este acordo sanitário vai abrir um grande caminho para as exportações também das nozes com casca. “Porque uma vez que comecemos a trilhar este caminho, com as primeiras exportações, isso vai facilitar muito a venda das nozes com casca no futuro próximo”, avaliou. A expectativa do dirigente, que não deixa de ser uma orientação para os produtores, é de otimizar a produção conforme os requisitos, seguir na busca de parceiros comerciais e organizar as exportações, mesmo que de forma consorciada, para que a venda de nozes com casca seja também uma realidade num curto espaço de tempo. O dirigente também ressaltou que a oportunidade de comercialização para a China é fruto de um trabalho a várias mãos. “É importante destacar o trabalho de sucesso do Itamaraty juntamente com o Mapa, e neste aspecto agradeço particularmente os esforços da Coordenadora-Geral da Qualidade Vegetal do ministério, Helena Ruger”, enalteceu Basso. Ele também agradeceu a dedicação e os esforços do Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo e do coordenador do Pró-Pecan Paulo Lippi.

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A produção de nozes-pecãs no Brasil no ano de 2023 foi ao redor de 7 mil toneladas, porém, com a alternância (natural nos pomares com maior desempenho em um ano e menor no outro) e os problemas que afetaram a safra atual devido ao clima (chuvas na polinização) e à enchente, para 2024 a estimativa é de 2 mil a 2,5 mil toneladas de nozes-pecãs com casca. As consequências disso já aparecem nos preços. Hoje, os pecanicultores estão praticando preços entre R$ 18 e R$ 22 o quilo com casca. No ano passado, os preços praticados ficaram entre R$ 14 e R$ 16 o quilo.

Texto: Ieda Risco/AgroEffective

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

No pódio do agro: a produtora de soja premiada que ‘abraçou’ a sustentabilidade

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Foto: Vanessa Bomm/Arquivo Pessoal

“Me apaixonei pelo agronegócio.” Essa é a frase que resume a trajetória de Vanessa Bomm, arquiteta de formação e produtora de soja que, por escolha, decidiu se arriscar no mundo do pai e se apaixonou pelo campo. No início, a agricultora, natural de Palotina, conciliava sua rotina entre obras e lavouras, dois universos distintos, mas ainda predominantemente dominados por homens.

Após 20 anos de profissão como arquiteta, Vanessa decidiu trocar a fita métrica pelas máquinas. “Quando entrei no mundo do plantio, sabia que estava entrando em um grupo muito masculino e estava acostumada a lidar com isso, porque nas obras a maioria eram homens”, diz a produtora.

Aprendizado semeado

Foto: Vanessa Bomm

Há sete anos, Vanessa semeia a soja na propriedade de sua família, no município de Terra Roxa. Neta de italianos vindos do Rio Grande do Sul, ela sempre teve uma conexão com o campo, embora tenha iniciado sua trajetória profissional em outra área. Quando seu pai a convidou para se juntar a ele na lavoura, ela não hesitou. Ouviu o chamado do patriarca e não pensou duas vezes. Mergulhou de cabeça.

Desde então, Vanessa tem vivido e aprendido o ritmo e os desafios do agro e as coisas têm caminhado de forma promissora. Com muito trabalho e dedicação, ela ajudou a consolidar o sucesso da propriedade. “Estamos passando por anos com desafios. Nem sempre conseguimos demonstrar uma grande produção, mas sabemos que não perderemos tudo se adotarmos práticas sustentáveis e outras estratégias.”

Para ela, o segredo está em adaptar-se às dificuldades do clima e do solo, sem deixar de lado uma abordagem responsável e inovadora para garantir a produtividade e a longevidade da lavoura.

Sustentabilidade adotada pela produtora de soja

Vanessa diz que mesmo com muitos desafios, como o clima e as condições do solo, a adoção de práticas mais sustentáveis tem mostrado resultados positivos na lavoura de soja+. “Hoje, técnicas como o plantio de cobertura e a diversificação de raízes têm contribuído para reduzir os impactos no ambiente e criar um sistema produtivo mais resiliente.” Segundo a produtora, as práticas melhoram a qualidade do solo e ajudam a manter a água no solo e a reduzir a erosão, tornando o sistema agrícola mais robusto. Descarbonizacao de carbono, sequestro de carbono.

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A produtora faz parte do Programa PRO Carbono, iniciativa da Bayer, voltada à inovação para uma agricultura sustentável. Algumas ferramentas, desenvolvidas em parceria com a Embrapa, se destacam pela criação de técnicas de baixa emissão e sequestro de carbono, além de quantificar os benefícios ambientais.

E o controle de pragas não fica de fora! O plantio de cobertura, com plantas como aveia, nabo, trigo mourisco, sorgo, milheto e capins braquiária e crotalária, além de controlar pragas de maneira ecológica, protege o solo contra a erosão, melhora a retenção de água e cria um ambiente mais saudável para o crescimento das culturas.

Quando Vanessa entrou para o universo do agro, pôde perceber a dimensão do setor e sua importância para o Brasi. A produtora também destacou a transformação tecnológica que a agricultura está vivendo, com o uso crescente de agricultura digital e tecnologias como o feed view para monitoramento das lavouras.

“No ano em que entrei na fazenda, pude visualizar o impacto dessas inovações no campo. Com o auxílio dessas ferramentas, consegui perceber o desempenho de cada talhão, facilitando o manejo e a tomada de decisões mais assertivas”, detalha Vanessa.

No pódio do agro

Em outubro deste ano, a produtora de soja conquistou o primeiro lugar no Prêmio Mulheres do Agro 2024, na categoria Grande Propriedade. Essa é uma premiação que reconhece as contribuições das mulheres no setor agropecuário. O reconhecimento, que celebra o impacto feminino no agro, marca um dos maiores feitos na trajetória de Vanessa que, ao longo dos anos, tem se dedicado a transformar o campo por meio de práticas sustentáveis, inovação tecnológica e um trabalho que integra tradição e modernidade no agronegócio.

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Agricultura

Exportações de soja devem ultrapassar 2 milhões de toneladas

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Fonte: Appa

As exportações brasileiras de soja em grão devem somar 2,456 milhões de toneladas em novembro, segundo o levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). No mesmo mês de 2023, as exportações de soja atingiram um volume expressivo de 4,599 milhões de toneladas. Segundo a Safras & Mercado, em comparação, em outubro de 2024, o Brasil embarcou 4,443 milhões de toneladas, evidenciando uma leve redução, mas ainda mantendo um ritmo forte de exportações.

Na semana encerrada em 23 de novembro, o Brasil exportou cerca de 480 mil toneladas de soja. Para o período de 24 a 30 de novembro, a ANEC estima um aumento nos embarques, com a previsão de exportação de mais de 660 mil toneladas, o que indica uma aceleração no ritmo de embarques até o final do mês.

Quanto ao farelo de soja, as exportações devem registrar um volume semelhante ao do ano passado, com uma leve queda em relação ao mês anterior. Em novembro, a expectativa é de embarques próximos a 1,9 milhão de toneladas, um valor inferior ao exportado em 2023, mas consideravelmente abaixo do total de outubro de 2024. Na última semana, as exportações de farelo de soja somaram pouco mais de 370 mil toneladas, com uma previsão de aumento nos embarques para o final deste mês.

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Agricultura

Ministro apoia PL da Reciprocidade, que protege exportações brasileiras de regras desiguais

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Foto: Mapa/divulgação

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, manifestou apoio ao projeto de lei 1406/2024, o chamado PL da Reciprocidade, em declaração realizada nesta terça-feira (26). A proposta, que tramita na Câmara dos Deputados, busca impedir que exportações brasileiras sofram prejuízos devido a regras ambientais consideradas rigorosas e desiguais impostas por outros países.

O projeto prevê a não aceitação de acordos internacionais que possam restringir de forma discriminatória o comércio de produtos brasileiros. Segundo Fávaro, o Brasil já adota normas sanitárias e ambientais rígidas, garantindo uma produção de alimentos sustentável e respeitosa ao meio ambiente.

“É muito cabível que a gente possa cobrar a reciprocidade”, afirmou o ministro. Ele ressaltou que o Brasil está preparado para discutir boas práticas ambientais, rastreabilidade e transparência em seus processos com qualquer país ou bloco comercial. O objetivo é assegurar aos consumidores a qualidade e a sustentabilidade dos produtos brasileiros.

O que diz o PL 1406/2024?

O PL propõe alterações na Lei nº 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Entre as mudanças, está a criação do Programa Nacional de Monitoramento da Isonomia Internacional de Políticas Ambientais.

O programa terá como função acompanhar as políticas ambientais de países que mantêm relações comerciais com o Brasil, garantindo isonomia e cobrando a aplicação de práticas sustentáveis globalmente.

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