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Agricultura

Embrapa leva tecnologias sustentáveis e lança maçã com casca totalmente vermelha na Anuga 2025

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Tecnologias e soluções para os setores de alimentos e bebidas serão apresentadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na 6ª edição da Anuga Select Brazil, de 8 a 10 de abril, no Distrito Anhembi, em São Paulo. No estande da Empresa, os visitantes conhecerão soluções inovadoras com foco em nutrição e sustentabilidade através de promoção da saúde, redução de perdas, rastreabilidade e agregação de valor. A Embrapa também fará o lançamento e a degustação da maçã Purple Gala®, a primeira cultivar brasileira do grupo Gala com casca totalmente vermelha, sem as tradicionais estrias.

Um verdadeiro produto brasileiro, a Purple Gala® é resultado de uma mutação natural da planta, distinguível pela intensa pigmentação vermelha observada em diferentes órgãos vegetais, desde o desenvolvimento inicial das plantas, resultando em uma excelente fruta de elevada qualidade sensorial e de grande potencial comercial. A empresa Jardim dos Clones é parceira no lançamento e responsável tanto pela comercialização dos frutos com a rede varejista, como pela venda das mudas da nova cultivar. Na safra 2024, foram comercializados 250 mil quilos da fruta e a previsão é que sejam 400 mil quilos em 2025, especialmente em mercados premium nas principais capitais do país.

Soluções tecnológicas no estande da Embrapa

– Vinho Lorena Ativa: nova opção de vinho branco com maior quantidade de compostos benéficos à saúde, como polifenóis e resveratrol, que será apresentado pela Adega Chesini (Farroupilha, RS). Com uma coloração amarelo dourado, notas cítricas, lembrando a lima, o vinho apresenta um sabor moscatel, com uma graduação alcoólica de 11,5%. Elaborado a partir de um pacote tecnológico que combina três tecnologias da Embrapa: a uva branca aromática BRS Lorena, originária do Programa de Melhoramento Genético Uvas do Brasil, a utilização da levedura autóctone Saccharomyces cerevisiae 1vvt97 e um protocolo inovador de vinificação, com detalhes precisos de maceração e fermentação, de forma a promover uma extração adicional de compostos da casca e da semente.

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– Concentrado proteico em pó de feijão carioca: com quase 80 gramas de proteína para cada 100 gramas do produto, o que representa cerca de 80% da sua composição, o ingrediente possibilita o acréscimo de teor de proteína a alimentos à base de plantas (plant-based) que são similares a produtos de origem animal como hambúrgueres, empanados, salsichas, linguiças, leites vegetais e iogurtes. Além disso, o concentrado proteico também pode ser usado em panificação, bebidas e suplementos alimentares.

– Concentrados proteicos de lentilha e grão-de-bico: o concentrado de lentilha apresenta em torno de 80 gramas de proteína para cada 100 gramas do produto, ou seja, 80% de proteína. Já o concentrado de grão-de-bico apresenta aproximadamente 73 gramas de proteína para 100 gramas, ou seja, 73% de proteína. Os ingredientes possibilitam o acréscimo de teor de proteína a alimentos à base de vegetais que são similares a produtos de origem animal como hambúrgueres, empanados, salsichas, linguiças, bebidas vegetais e iogurtes.

– Azeite de oliva: enriquecido com carotenoides pró-vitamínicos A, licopeno, luteína e zeaxantina, a partir de fontes naturais como a cenoura, tomate e goji berry. O alimento, rico em bioativos, é obtido sem o uso de solventes orgânicos, com processo simples e pode ser adotado, também, por empresas de pequeno porte.

– Corante natural de jabuticaba: obtido da casca da jabuticaba, fruta nativa da biodiversidade brasileira, é rico em antocianinas – pigmentos naturais responsáveis por tons que variam do rosa ao roxo – e oferece, além de coloração vibrante, benefícios funcionais à saúde. Pode ser aplicado por indústrias alimentícias, farmacêuticas e cosméticas que buscam soluções naturais e inovadoras.

– Polpa de juçara em pó: ingrediente totalmente natural, proveniente da biodiversidade brasileira, com possibilidade ampla de aplicação nas indústrias alimentícia, cosmética e farmacêutica. Apresenta como diferencial não conter agentes encapsulantes na formulação que permite a disponibilização de um produto com intensidade de cor e elevada capacidade antioxidante.

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– Empanado de tilápia: obtido a partir da mistura de ingredientes com Carne Mecanicamente Separada (CMS) extraída da tilápia. Os resíduos da filetagem da tilápia são ricos em proteínas e podem ser transformados em produtos comerciais – alimentícios e não alimentícios – com potencial econômico.

– Processo de obtenção de hidrolisado de tilápia: com alto teor de proteína, pode ser usado como ingrediente em produtos alimentícios, cosméticos, cápsulas ou pó como produto natural, nutracêutico ou suplemento alimentar.

– Patê de tilápia com fibra de abacaxi: preparado a partir de Carne Mecanicamente Separada (CMS) de tilápia e fibra de abacaxi. Pode ser comercialmente oferecido em latas mantidas em temperatura ambiente.

– Salsicha de tilápia com fibra de abacaxi: processada a partir de Carne Mecanicamente Separada (CMS) de tilápia do Nilo e de farinha de resíduo de abacaxi, sem uso de corantes e teor reduzido de sódio.

– Abóbora BRS Graciosa: nova cultivar com características diferenciadas em relação a outras cultivares do mesmo segmento como alta produtiva com potencial de produção em torno de 14 toneladas por hectare; maior uniformidade de frutos, se comparada com outras cultivares; e boa durabilidade pós-colheita com tempo de prateleira de até três meses.

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– Tomate BRS Zamir: integra uma nova geração de tomates híbridos enriquecidos com licopeno, substância antioxidante eficiente no combate aos radicais livres no organismo e um pigmento que confere a típica cor vermelha dos frutos do tomateiro. Enquanto outros híbridos comerciais do segmento grape no mercado brasileiro obtêm por volta de 40 a 90 microgramas por grama de fruto (μg/g), o teor de licopeno do tomate BRS Zamir pode alcançar até 144 μg/g.

– Fermentado de maracujá gaseificado: O maracujá da Caatinga, fruta resistente à seca, apresenta vantagens competitivas por sua floração na entressafra do maracujá comum, abrindo novas oportunidades de mercado. Além disso, é altamente resistente a pragas, doenças e ao estresse hídrico, sendo ideal para o cultivo no Semiárido brasileiro. A polpa possui sabor exótico e acidez marcante, com alto valor nutracêutico e benefícios à saúde. Apresenta potencial para a produção de bebidas alcoólicas fermentadas de alto valor agregado, como licores, cervejas artesanais e um fermentado gaseificado similar ao vinho espumante que pode ganhar mercados locais e internacionais.

– Dispositivo avançado para monitoramento, em tempo real, da distribuição de calor no tratamento hidrotérmico de frutas: técnica essencial para o controle de doenças pós-colheita e preservação da qualidade, atendendo às exigências dos mercados internacionais. Atualmente, as perdas pós-colheita podem chegar a 80% em algumas espécies frutíferas.

– Programa Produção Integrada de Morango: O programa faz parte da Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil), que promove sistemas produtivos sustentáveis e alimentos de alta qualidade. Um caso de sucesso é a Staw Agricultura, do Paraná, que conquistou o Selo Brasil Certificado em 2019, tornando-se a primeira produtora do estado a obter essa certificação na cultura do morango. Em 2022, a empresa também recebeu o Certificado de Conformidade Orgânica para morangos in natura, congelados e liofilizados.

– Arroz Brilhante: Embrapa e Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) apresentam o primeiro arroz rastreado com tecnologia da Embrapa, lançado em 2024 pela Arrozeira Pelotas. A empresa utilizou o Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar), ferramenta que utiliza tecnologia blockchain para garantir ao consumidor final o acesso a informações sobre a origem da matéria-prima e etapas do processo industrial percorridas pelo produto.

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– Cafés e produtos à base de mel de abelhas: apresentados por produtores paulistas dos municípios de Caconde e Jacupiranga que funcionam como Distritos Agro Tecnológicos em que ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação são desenvolvidas por equipes de pesquisa do Centro de Ciências para o Desenvolvimento em Agricultura Digital (Semear Digital).

– Bebida vegetal de amêndoa de babaçu: alternativa a derivados de leite para quem não pode ou não deseja consumir lácteos tradicionais, a bebida é obtida a partir da trituração do babaçu em água. O produto apresentou bom desempenho em testes de análise sensorial. Outro detalhe importante é o rendimento: três litros por quilo de amêndoa, o que é considerado bom para a indústria. O ativo representa nova opção de geração de renda para as organizações comunitárias de quebradeiras de coco do Maranhão.

Concentrado vermelho-violeta de pitaya: concentrado natural, obtido com tecnologia limpa e que faz bem à saúde. Desenvolvido a partir da pitaya, da variedade Hylocereus polyrhizus (casca e polpa vermelhas), o produto está pronto para elevação de escala tecnológica junto a empresas interessadas em sua produção como alternativa promissora para o mercado de corantes. Dependendo da concentração, confere diferentes nuances de vermelho, violeta e rosa e pode ser utilizado nas indústrias alimentícia, cosmética e de fármacos, entre outras.

Análogo a queijo cremoso simbiótico de amêndoas de castanha de caju: pode substituir o queijo tradicional para quem tem restrição alimentar ou não deseja consumir lácteos tradicionais. Produzido a partir de amêndoas quebradas, que apresentam menor valor de mercado, o produto é enriquecido com prebiótico (FOS comercial) e probiótico (Bifidobacterium animalis subsp. lactis), o que o caracteriza como produto funcional.

Barra proteica de amêndoa de castanha de caju e yacon: apresenta 24% de proteína e é elaborada a partir da torta parcialmente desengordurada da amêndoa de castanha de caju, co-produto do processamento para a extração do óleo. Alternativa a barras proteicas disponíveis no mercado, o produto clean-label utiliza poucos ingredientes em sua formulação. É elaborado com proteína de amêndoa de castanha de caju adicionada de oligossacarídeos prebióticos (FOS) provenientes do yacon.

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– Vatapá à base de fibra de caju: alimento industrial vegetal formulado com a fibra de pedúnculo de caju e outros ingredientes, com estabilidade avaliada de até 80 dias sob congelamento (-18 °C). O ativo atende à demanda de empresas interessadas em produzir alimentos para o público vegano, vegetariano ou interessado em diminuir consumo de alimentos de origem animal. É apresentado congelado em pacotes plásticos de polietileno, pronto para consumo direto após aquecimento em micro-ondas ou panela.

– Quibe à base de fibra de caju e proteína de alga: produto plant-based formulado com a fibra de pedúnculo de caju adicionada de proteína de macroalga liofilizada, além de temperos utilizados no quibe tradicional. Pode ser consumido diretamente após assado de forma semelhante ao quibe tradicional. Sua estabilidade foi avaliada em até 180 dias sob congelamento (-18 °C) mostrando boa aceitação do produto. Pode ser produzido por empresas de alimentos plant-based como mais um produto com proteínas alternativas. Destaca-se pela alta praticidade de preparo, por apresentação em embalagem pronta para ir ao forno.

Palestras no auditório Food Trends

Dia 8 de abril

– 15 horas
Palestrante: Luciana Alvim Santos Romani
Tema: “Semear Digital: tecnologias digitais para apoiar produção de alimentos de forma sustentável”

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– 16 horas
Palestrante: Anderson Luís Alves
Tema: “Rastreabilidade em alimentos”

Anuga Select Brazil

Organizada pela Koelnmesse Brasil que, por meio da Feira, dedica espaço a toda diversidade de atividades relacionadas ao agronegócio e à indústria alimentícia e de bebidas. Dessa forma, compradores nacionais e internacionais terão a oportunidade de se encontrar em um mesmo local para realizar negócios, além de ter contato com as inovações da indústria. A Koelnmesse é líder internacional na implementação de feiras de alimentos e serviços e produtos relacionados a processamento de alimentos e bebidas. A última edição da Anuga teve mais de 15 mil visitantes qualificados, além de mais de 16 pavilhões nacionais e 16 internacionais, ultrapassando o número de 500 marcas expositoras.

Anuga 2025 em números:

+ 192 horas de conteúdo
+ 510 estandes em exposição
17 pavilhões internacionais
20 pavilhões nacionais
+ 38 países expositores

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Parceiros estratégicos da Anuga 2025: ABIR, ABIS, Abrasel, Apex-Brasil, Embrapa e Expo Supermercados.

Serviço:

Anuga Select Brazil

Data: 8 a 10 de abril de 2025
Horário: 10h às 19h
Local: Distrito Anhembi – Pavilhão 1
Endereço: Av. Olavo Fontoura, 1209 – Santana, São Paulo – SP.

Localização do estande da Embrapa: Ilha G.175

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Mais sobre a Anuga Select Brazil 2025: https://anuga-brazil.com.br/

Kadijah Suleiman (MTb 22.729/RJ)
Embrapa Agroindústria de Alimentos

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

900 toneladas de farinha “batizada” são apreendidas durante operação

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Operação Ronda Farinha Batizada contou com o apoio da Polícia Militar de Arapongas Foto: divulgação / Mapa

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Polícia Militar do Paraná (PM/PR) conseguiram apreender cerca de 900 toneladas de farinha de origem animal que estavam sendo produzidas de forma irregular no interior do estado.

A Operação Ronda Farinha Batizada contou com o trabalho dos dois órgão, visando combater a produção e comercialização clandestina do produto para alimentação de diversas espécies. A ação foi coordenada pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA) e teve o apoio de servidores do 8º SIPOA.

A operação ocorreu no município de Arapongas (PR), onde foram fiscalizados dois endereços suspeitos de fabricar e comercializar produtos destinados à alimentação animal com falsificação do selo de inspeção federal, operando sob condições higiênico-sanitárias inadequadas.

Durante a ação, no dia 9 de abril, foram apreendidos matérias-primas e produtos acabados em situação irregular perante o Mapa. A equipe flagrou a utilização de produtos de estabelecimentos sem registro no Mapa, misturas irregulares e diluições não permitidas.

Ao todo, foram emitidos dois termos de suspensão de atividades, um auto de infração e um termo de apreensão, resultando na apreensão de 933.600 kg de produtos, causando um prejuízo aos infratores de aproximadamente R$ 2.3 milhões.

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“A utilização de produtos provenientes de estabelecimentos sem registro no Mapa pode comprometer a saúde do rebanho e causar efeitos deletérios na saúde humana devido à possível presença de resíduos nos produtos de origem animal”, destacou a auditora fiscal federal agropecuária (Affa), Andréa Mônica Moretti Barbosa.

Operação Ronda Farinha Batizada contou com o apoio da Polícia Militar de Arapongas Foto: divulgação / Mapa

O Ministério da Agricultura e Pecuária também ressalta a importância de que os produtos destinados à alimentação animal sejam provenientes de estabelecimentos registrados junto ao Mapa, com o número de registro informado através do carimbo de fiscalização federal impresso na embalagem.

O Mapa informa que essas ações são essenciais para coibir práticas de concorrência desleal e garantir a segurança alimentar dos animais e, consequentemente, dos seres humanos.

Consumidores que se depararem com produtos sem o referido carimbo podem encaminhar denúncias pelo canal oficial Fala.BR e consultar a veracidade do número de registro do estabelecimento no site do Ministério.

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Agricultura

MapBiomas indica redução nas áreas de incêndio no primeiro trimestre

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Foto: Agência Brasil

Nos três primeiros meses de 2025, a extensão de todas as áreas atingidas por incêndios no país somou 912,9 mil hectares. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 2,1 milhões de hectares, houve uma redução de 70% no território nacional atingido pelo fogo.

Do total das áreas queimadas 78% são de vegetação nativa, sendo que 43% do que foi consumido pelo fogo eram de formação campestre.

Áreas que tiveram mais incêndios

Roraima foi o que mais queimou nesses três meses, somando 415,7 mil hectares. O Pará foi o segundo mais atingido, com 208,6 mil hectares queimados e o Maranhão perdeu 123,8 mil hectares para o fogo, sendo o terceiro na lista. Entre as cidades, Pacaraima e Normandia, ambas em Roraima, foram as mais afetadas, com 121,5 mil e 119,1 mil hectares, respectivamente.

Segundo o pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Felipe Martenexen, Roraima vivencia sua estação seca no início do ano, o que torna o estado particularmente vulnerável às queimadas nesse período.

“Os dados do primeiro trimestre de 2025 refletem essa sazonalidade climática, com Roraima despontando como o principal foco de fogo no país”, explica

Os números foram divulgados nesta quarta-feira (16) e são do Monitor do Fogo, uma ferramenta do MapBiomas que utiliza imagens de satélite para mapear cicatrizes de fogo em todo o país.

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“A ocorrência do período de chuvas contribui para essa diminuição das queimadas. No entanto, o Cerrado se destacou com a maior área queimada no primeiro trimestre em comparação aos últimos anos, o que reforça a necessidade de estratégias específicas de prevenção e combate ao fogo de cada bioma”, alerta a pesquisadora do Mapbiomas Fogo, Vera Arruda.

Biomas

Entre janeiro e março de 2025, o Cerrado teve aumento de 12% nos incêndios em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram 91,7 mil hectares queimados, ficando 106% acima da média histórica desde 2019.

Também cresceram em área atingida pelo fogo a Mata Atlântica e o Pampa. Em relação a 2024, as áreas queimadas aumentaram 7% e 1,4%, respectivamente. Enquanto a Mata Atlântica teve 18,8 mil hectares atingidos, o Pampa teve 6,6 mil hectares queimados.

A Amazônia, apesar de ter registrado queda de 72% na área queimada em relação aos três primeiros meses de 2024, foi o bioma mais atingido em extensão no mesmo período de 2025. Foram 774 mil hectares queimados, representando 78% do total nacional.

“É importante entendermos que a estação seca de 2025, que se aproxima, possivelmente ainda será forte, o que pode reverter essa condição de redução” diz a diretora de Ciência do Ipam e coordenadora do Mapbiomas Fogo.

O Pantanal e a Caatinga também observaram redução nas suas áreas queimadas durante os três primeiros meses de 2025. Eles tiveram, respectivamente, 10,9 e 10 mil hectares atingidos pelo fogo, que representaram reduções de 86% e 8% em relação ao mesmo período de 2024.

Março

No último mês do primeiro trimestre deste ano, o fogo alcançou 106,6 mil hectares do país, o equivalente a 10% da área total de incêndios nos meses analisados. Na comparação com março de 2024, foram 674,9 mil hectares a menos queimados, o que representa redução de 86%.

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Do total no mês, a Amazônia queimou 55,1 mil hectares; o Cerrado, 37,8 mil hectares, a Caatinga 2,2 mil hectares, Mata Atlântica, 9,2 mil hectares, o Pampa 1,5 mil hectares e o Pantanal, 561 hectares.

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Agricultura

Embrapa Soja completa 50 anos nesta quarta-feira!

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Foto: Embrapa Soja – Londrina

Hoje é dia de festejar! O motivo? Nesta quarta-feira (16), a Embrapa Soja comemora 50 anos de contribuições essenciais para o agro brasileiro e mundial. Ao longo desse tempo, a instituição impulsionou a produção de soja no Brasil e ajudou o país a se consolidar como líder global na produção e exportação do grão.

”A Embrapa Soja tem tudo a ver com a história do agronegócio brasileiro nas últimas cinco décadas. Nos anos 70, quando começou a expansão pelo Centro-Oeste, não havia tecnologia preparada, de fato, para produzir soja na região. Foi o trabalho da Embrapa Soja que ajudou a construir todas as tecnologias que vieram nas décadas seguintes”, comenta Julio Cargnino, presidente do Canal Rural.

Cargnino complementa que a Embrapa Soja é uma referência como empresa pública que trabalha com a iniciativa privada, que é quem dá a resposta direta do produtor. Em temas como escassez hídrica e balanço de carbono, por exemplo, a Embrapa se preocupa e organiza sistemas para que possamos evoluir. ”O trabalho mais avançado sobre isso é, justamente, da Embrapa Soja. Construímos vários projetos juntos, e isso nos dá muito orgulho e segurança, pois conta com a chancela de um grupo muito competente e eficiente”, diz.

O presidente da Aprosoja Brasil, Maurício Buffon, também parabenizou e homenageou a equipe da Embrapa Soja pelos 50 anos de contribuição ao agro. ”Não tenho dúvidas de que, se não fosse a Embrapa, o Brasil não teria alcançado a posição de liderança mundial no mercado da soja. Vivemos, hoje, a era da soja, que se consolidou como a principal fonte de renda e de exportação do nosso país”, afirma Buffon.

Ele destacou ainda a importância histórica da instituição, como no desenvolvimento de cultivares adaptadas ao Cerrado e na criação de variedades resistentes. “A Embrapa foi fundamental para que a soja continuasse crescendo como vemos hoje. Que a empresa se reestruture e volte ainda mais forte, para seguir ao lado do produtor rural na missão de alimentar o mundo”, completou.

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As contribuições da Embrapa Soja

A sustentabilidade tem sido um dos principais focos da Embrapa Soja nos últimos anos, com pesquisas dedicadas a práticas agrícolas mais eficientes e que causem menos impacto ambiental. A instituição foca em quatro áreas principais: Bioinsumos, Soja Baixo Carbono, Genética Avançada e Agricultura Digital. Essas áreas contribuem para a preservação ambiental e garantem a sustentabilidade da produção de soja, alinhando inovação tecnológica à responsabilidade ecológica.

O uso de bioinsumos é uma das frentes mais promissoras. A Embrapa Soja investe em soluções biológicas para o controle de pragas e doenças, diminuindo a dependência de agrotóxicos. Além disso, a certificação de práticas de Soja Baixo Carbono vem ganhando destaque, garantindo que a produção de soja brasileira contribua para a redução das emissões de gases do efeito estufa, com tecnologias que promovem um cultivo mais limpo e eficiente.

Outra grande inovação foi a introdução da genética avançada, que utiliza ferramentas de edição genética para desenvolver variedades de soja mais resistentes, produtivas e com menor impacto ambiental. A agricultura digital também se tornou um pilar essencial, com o uso de drones, sensores e outras tecnologias que permitem um monitoramento preciso das lavouras, otimização da produção e redução de custos operacionais.

O nascimento da Embrapa Soja

Fundada em 1975, no Paraná, a Embrapa Soja surgiu com o objetivo de aumentar a produção de soja no Brasil, que, na época, era modesta, com cerca de 10 milhões de toneladas por ano. Graças ao trabalho pioneiro da instituição, foi possível adaptar a soja ao clima tropical, rompendo a barreira das latitudes mais altas e possibilitando a expansão da cultura para diversas regiões do país.

Que venham mais 50 anos!

Neste aniversário de 50 anos, a Embrapa Soja reafirma seu compromisso com a inovação, a sustentabilidade e a transformação contínua da agricultura. Ao longo dessas cinco décadas, a pesquisa constante, a adaptação às novas demandas e a busca por tecnologias mais eficientes foram fundamentais para o sucesso da soja no Brasil.

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