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Agricultura

Hidrogel aumenta a sobrevivência de mudas de cajueiro após o plantio no campo

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Foto: Luiz Serrano

 

Um polímero capaz de reter água tem promovido a sobrevivência e o desenvolvimento de mudas de cajueiro em estudos desenvolvidos pela Embrapa Agroindústria Tropical (CE). Chamado de hidrogel, esse condicionador de solo tem reduzido o número de mortes de plantas durante o primeiro ano no pomar.

“O hidrogel é muito utilizado nas regiões sudeste, centro-oeste e sul da Bahia, em plantios de eucalipto, que é uma arbórea perene. Assim, diante da mortalidade de mudas de cajueiro recém-plantadas no campo durante o período seco, entre junho e dezembro, a equipe de pesquisa da Embrapa resolveu testar esse produto na cultura”, salienta o pesquisador Luiz Augusto Serrano, da Embrapa Agroindústria Tropical (CE).

Pesquisadores testaram o polímero hidroretentor para avaliar a sobrevivência do cajueiro-anão ‘BRS 226’, desenvolvido pela Embrapa. O experimento foi realizado no Campo Experimental de Pacajus (CEP), município do interior do Ceará. A região ocupa uma zona de transição entre o litoral e o Semiárido, com altitude média de 79 metros e temperatura anual média em torno de 26 °C.

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O cajueiro é originário do litoral das Regiões Norte e Nordeste do Brasil. Embora adaptado ao clima quente e ao estresse hídrico, a cajucultura enfrenta problemas à medida que seu cultivo se distancia da faixa litorânea, adentrando o sertão semiárido. O principal empecilho é a redução da pluviosidade anual em zonas mais afastadas da costa.

Ao longo dos anos, observou-se que plantios tardios (a partir do final de abril) apresentaram perdas significativas de mudas, mesmo estando dentro do período indicado no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do caju. A mortandade de cajueiros chega a ser superior aos 25%, considerado como limite, causando prejuízos aos cajucultores.

A pesquisa registrou que a aplicação de hidrogel contribui para aumentar a taxa de sobrevivência das mudas de cajueiro em condições de sequeiro. Entre as diferentes configurações testadas, uma delas apresentou sobrevivência significativamente superior à parcela testemunha (que não recebeu nenhum tratamento), não ocorrendo nenhuma morte de planta no período de monitoramento do experimento. A configuração mais exitosa corresponde à aplicação de um litro de hidrogel hidratado no fundo da cova de meio metro de profundidade. Os dados da pesquisa foram publicados recentemente neste boletim.

Foto: Luiz Serrano

 

“Com os resultados positivos das pesquisas, agora será possível recomendar oficialmente o produto para os cajucultores, fato que minimizará a mortalidade de mudas em regiões de poucas chuvas”, complementa Luiz Serrano.

 

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O experimento

Um pomar de cajueiro-anão ‘BRS 226’ foi instalado em blocos casualizados completos, em esquema fatorial de 4×2 mais a testemunha, sendo quatro doses da solução com hidrogel (0,5 L; 1,0 L; 1,5 L e 2,0 L) aplicados em duas profundidades da cova de plantio: 0,2 metro (logo abaixo da muda) e 0,5 metro (no fundo da cova). Na tabela a seguir, descreve-se os tratamentos aplicados nas mudas de BRS 226.

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Para o preparo da solução, foi utilizada uma formulação comercial de hidrogel (copolímero de acrilamida e acrilato de potássio de granulometria média) seguindo a indicação de uso do fabricante de 2,5 g por litro de água.

Foram plantadas seis mudas por parcela, organizadas em quatro blocos, totalizando 216 plantas avaliadas. Ao solo das covas foram misturados fertilizantes fontes de fósforo, micronutrientes e potássio.

Durante todo o período experimental, os tratos culturais utilizados seguiram as recomendações técnicas estabelecidas para o cultivo de cajueiro-anão, conforme o Sistema de Produção do Caju da Embrapa.

Os resultados mostraram que a aplicação de 1 litro da solução de hidrogel hidratado, aplicado no fundo da cova, contribuiu de forma positiva na taxa de sobrevivência de mudas de cajueiro-anão BRS 226 em condições de sequeiro.

De acordo com o pesquisador Luiz Serrano, o produto apresenta um custo acessível e a redução da mortalidade das mudas compensa o investimento. Assim, o uso do hidrogel permitirá ao produtor a redução na quantidade de operações de aplicação de água durante o período seco.

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“Além dessa pesquisa que mostrou a aplicação da solução de hidrogel, diluída em água, outra será publicada em breve com a aplicação do hidrogel puro em pó, em ambos os casos no fundo da cova”, finaliza Serrano.

Embrapa Agroindústria Tropical

Colaboração: Lindemberg Bernardo, estagiário de jornalismo
Embrapa Agroindústria Tropical

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Importações brasileiras de trigo atingem maior volume desde 2018

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Divulgação

Mesmo com o dólar em patamar elevado, as importações de trigo pelo Brasil registraram um forte desempenho em 2024. Segundo dados da Secex, analisados pelo Cepea, o volume importado em dezembro foi de 520,9 mil toneladas, o maior para o mês desde 2019. No acumulado do ano, o total chegou a 6,65 milhões de toneladas, representando um aumento expressivo em relação às 4,18 milhões de toneladas de 2023 e marcando o maior volume desde 2018.

No mercado interno, o ritmo de negócios segue lento. Conforme relatos de agentes consultados pelo Cepea, tanto compradores quanto vendedores têm mostrado pouca urgência em realizar novas transações, já que grande parte das negociações foi finalizada em dezembro. Nesse cenário, os preços do cereal registraram variações pouco significativas.

A movimentação reforça a dependência do Brasil em relação ao trigo importado, mesmo em um contexto de dólar elevado, e destaca a estabilidade nas negociações internas durante o início do ano.

Fonte: CenarioMT

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Preços da cenoura iniciam 2025 em alta devido à oferta reduzida

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Foto por: Luciana Cury/Seaf

Os preços da cenoura começaram o ano em patamares elevados, uma mudança significativa em relação ao comportamento observado durante boa parte do inverno. Entre os dias 6 e 10 de janeiro, a caixa de 29 kg de cenoura “suja” foi comercializada a uma média de R$ 57,50 em São Gotardo (MG), representando uma alta de 4,5% em comparação à semana anterior.

Segundo a equipe Hortifrúti/Cepea, o aumento nos preços reflete a oferta limitada no mercado. Desde o final de outubro, as intensas chuvas na região mineira dificultaram tanto o manejo nas lavouras quanto o plantio das cenouras destinadas à colheita no verão. Além disso, a qualidade das raízes tem sido afetada por problemas como bacteriose, presença de nematoides e bifurcação.

Essa combinação de fatores climáticos e fitossanitários contribuiu para a elevação dos preços, que pode se estender enquanto as condições de oferta e qualidade permanecerem desfavoráveis.

Fonte: CenarioMT

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Defensivos biológicos unem sustentabilidade e produtividade para a soja mesmo em período de desafios climáticos

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Enquanto controlam pragas e doenças da cultura, bioinsumos não agridem o meio ambiente e contribuem para a produção sustentável – Foto: Shutterstock

 

“Assim como todas as culturas agrícolas, a soja enfrenta crescentes desafios sanitários devido às mudanças climáticas. Períodos prolongados de seca, chuvas intensas fora de época e aumento agressivo da temperatura média impactam diretamente o ciclo produtivo, dificultando o manejo das lavouras. Essas condições proporcionam comprometimento direto na produtividade, além de favorecer a ação de pragas e doenças. Os prejuízos vêm de diferentes frentes”, detalha Luiz Marcandalli, gerente Nacional de Marketing da Rainbow.

Diante desse cenário de desafios, os agricultores precisam buscar meios modernos para a manutenção da saúde das lavouras. Uma das principais ferramentas é o manejo integrado contemplando soluções biológicas, que envolve tanto a proteção da lavoura como a regeneração do solo, além de fortificar a microbiota natural de forma sustentável. Os agricultores adotam cada vez mais a prática. Dados da FarmTrak Bioinsumos mostram que 33% da safra 2022/23 de soja brasileira utilizou bioinsumos no manejo.

Para Marcandalli, o uso de soluções biológicas tem vários benefícios, incluindo a mitigação dos impactos climáticos nas culturas e a preservação ambiental. “Essa abordagem combina práticas agrícolas sustentáveis por meio do uso de microorganismos que atuam de maneira benéfica para as plantas. Dessa forma, mesmo diante de inúmeros desafios, conseguimos reduzir os impactos externos para o cultivo da nossa mais importante commodity”.

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Com a visão de contribuir para o sucesso da agricultura sustentável no Brasil, a Rainbow trouxe para o país sua divisão Rainbow Bio, que fornece modernas biossoluções que podem ser utilizadas de forma integrada, seja para aplicação foliar ou no solo. Destaque para Besroute, Besular, Searent e Searoot. Besroute é um fertilizante orgânico simples de torta vegetal de soja classe A que carrega consigo nitrogênio de carbono. Já Besular é um fertilizante organomineral.

“Além dos eficazes Besroute e Besular, Searent é um fertilizante organomineral com alta concentração de potássio K2O. Já Searoot é um fertilizante orgânico organomineral que possui em sua composição alta concentração de carbono e potássio”, detalha o gerente Nacional de Marketing da Rainbow. O portfólio da Rainbow Bio deve ser ampliado para o próximo ano com novos registros e ampliação da atuação da companhia no segmento.

“Braço de soluções em biológicos da Rainbow Agro, Rainbow Bio tem o compromisso de oferecer as melhores soluções para os produtores brasileiros enfrentarem os desafios climáticos da agricultura”, finaliza Marcandalli.

Sobre a Rainbow Agro

Nosso compromisso é impulsionar o crescimento. Assumimos a responsabilidade de aprimorar a produção agrícola, oferecendo soluções sustentáveis com altíssima qualidade. Promovemos o crescimento mútuo de nossa equipe de colaboradores, parceiros e agricultores em escala global, nos tornando hoje líderes em exportação de agroquímicos na China e uma das lideranças globais do segmento.

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Nossa missão, há mais de 20 anos, é entregar formulações que impulsionem a produtividade na colheita, mas também em todos os elos da cadeia de negócios.

São mais de 100 países, com mais de 7.000 registros globalmente, 300 patentes de formulações próprias e 200 ingredientes ativos, desenvolvidos por uma equipe dedicada de pesquisa em dois centros internacionais de P&D.

No Brasil, ampliamos nossa participação com uma equipe especializada, que prioriza o atendimento das necessidades específicas da nossa agricultura, para entregar excelência da fábrica até o campo.

Irvin Dias /Texto Comunicação Corporativa

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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