Agricultura
Polinização animal contribui, em média, com 16,14% do valor da produção agrícola do país

Reprodução/cenariomt
A contribuição da polinização animal no valor da produção agrícola/extrativista brasileira em 2023 está entre 5% e 25% do total, considerando os valores mínimos e máximos do Indicador de Contribuição dos Polinizadores no Valor da Produção. Nesse ano, o valor médio do índice foi de 16,14%, apresentando crescimento em relação a 1996 (14,4%), ano inicial da série. O estudo experimental “Contribuição dos Polinizadores para as Produções Agrícola e Extrativista do Brasil 1981-2023”, divulgado hoje (17) pelo IBGE, investigou a quantidade produzida, a área colhida e o valor da produção de cultivos que possuem diferentes níveis de dependência da ação de polinizadores animais, como abelhas, borboletas, besouros, morcegos etc. destacando suas variações temporais, regionais e municipais. Foram utilizados dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) e da Produção da Extração Vegetal e Silvicultura (PEVS).
O Indicador de Contribuição dos Polinizadores no Valor da Produção representa a participação das culturas dependentes de polinização animal em relação ao total produzido, levando em conta os diferentes graus de dependência de polinização de cada espécie de planta. Ele é calculado por meio da ponderação do valor de produção de cada produto por seu grau de dependência de polinização e reflete a distribuição dos produtos dependentes de polinização e sua participação no valor total de produção em cada recorte geográfico. Quanto maior esse indicador, maior a contribuição estimada da polinização animal.
“Futuras análises incorporando estimativas da oferta de polinizadores em função das características das paisagens permitirão avançar nas estimativas do valor desse serviço no âmbito do Sistema de Contas Econômicas Ambientais”, explica Leonardo Bergamini, analista da Coordenação de Meio Ambiente do IBGE, responsável pelo estudo.
Dentre os 89 produtos analisados pelo estudo, 48,3% dependem, em algum grau, da polinização animal, sendo que esse impacto é mais expressivo nas culturas permanentes e extrativistas, que apresentam maior dependência desse processo. A polinização consiste na transferência do pólen entre as partes masculinas e femininas das flores, viabilizando fertilização e reprodução, através da produção de frutos e sementes. Esse processo pode ser mediado por agentes como a água, o vento e a gravidade (polinização abiótica), ou realizado por animais (polinização biótica).
Considerando o modo de produção, em 2023, para as lavouras temporárias, o indicador foi de 12,0% e para as permanentes, de 38,7%. Já o valor de produção do extrativismo recebia uma contribuição de 47,2%. A produção extrativista foi a modalidade em que a contribuição dos polinizadores mais cresceu, saindo de 21,8% em 1996. Para as lavouras temporárias, o indicador em 1996 era de 7,3% e para as permanentes, 36,4%.
Os produtos de culturas temporárias são os principais determinantes dos padrões observados para o Brasil, pois ocupam maior porção da área colhida, superando as produções permanente e extrativista combinadas. No entanto, uma parte considerável dos produtos temporários independe de polinização animal. Ainda assim, observa-se, entre os temporários, uma tendência de crescimento da contribuição da polinização ao longo do período de análise, podendo ultrapassar os 20% nos anos mais recentes, se considerado o limite superior dos valores de dependência atribuído a cada cultura.
“A polinização influencia consideravelmente o valor da produção agrícola e extrativista do país. O aumento da dependência dos cultivos em relação a esse processo, no entanto, contrasta com a redução das populações de polinizadores. Existem várias ameaças às espécies polinizadoras, como perda de habitat, uso intensivo de pesticidas, doenças, mudanças climáticas, espécies invasoras etc. Superar esses desafios exige investimentos em pesquisa e estratégias que garantam a continuidade desse serviço”, explica Leonardo. Ele lembra que cultivos com taxas mais baixas de dependência também podem ter sua produção e qualidade incrementadas de forma significativa pela ação dos polinizadores.
Principal cultura temporária do país, soja mostra dependência modesta da polinização
Embora os valores médios de contribuição da polinização para o valor da produção tenham sido, em geral, de 10% a 20%, existem diferenças, dependendo da composição das culturas predominantes em cada região. A soja, por exemplo, apareceu entre os cinco principais produtos com dependência de polinizadores em todas as regiões.
Mesmo com dependência modesta dos polinizadores, devido ao volume produzido e valor de produção, a expansão da soja para além de suas áreas tradicionais de cultivo, no sul do Brasil, teve duas consequências: por um lado, contribuiu para o aumento da área ocupada por culturas que dependem de polinizadores e, por outro, substituiu cultivos com maior dependência desses agentes, reduzindo a participação de produtos associados à polinização animal, especialmente aqueles de menor valor comercial.
No Norte, a contribuição dos polinizadores para o valor de produção dos produtos temporários foi ligeiramente superior a 10% nos anos recentes. Já para o valor de produção das culturas permanentes, esse índice supera os 60% desde 2020. O principal produto de cultura temporária foi a soja (dependência Modesta). Em relação às culturas permanentes, açaí (Alta) foi o principal produto dessa categoria de cultivo, sendo os estados do Pará e Amazonas os principais produtores. Café canephora e cacau vieram na sequência, com participação importante na produção agrícola. A dependência da polinização, no extrativismo vegetal, ficou em torno de 80%, sendo açaí (Alta) o principal produto dessa categoria na região.
No Nordeste, onde predominam culturas permanentes altamente dependentes da ação dos polinizadores, a contribuição esteve próxima de 50% ao longo de todo o período analisado. Entre as culturas temporárias dependentes da polinização animal, destacaram-se a soja e o algodão (Modesta) que, devido ao alto volume de produção e ao valor econômico, têm impacto significativo no valor da produção. Quanto às culturas permanentes, frutas como manga (Alta), cacau (Essencial) e uva (Pouca), entre outras, são relevantes para a economia regional e dependem da polinização animal para garantir qualidade e quantidade. No extrativismo, apesar de nenhum produto ter ficado entre os cinco maiores da região, o babaçu (Modesta), o açaí (Alta) e o umbu (Essencial) se destacaram.
No Sudeste, as principais culturas temporárias, como a soja e o tomate, também possuem dependência modesta da polinização animal, resultando em um valor geral do indicador em torno dos 16% ao longo do período analisado. No lado das culturas permanentes, com contribuição de 32,5% em 2023, vale mencionar produtos bastante relevantes para a economia nacional e o mercado externo: as duas espécies de café, canephora (Alta) e arábica (Modesta), e a laranja (Modesta). E, no extrativismo vegetal, destaque para o pequi, produto com dependência Essencial da polinização, realizada principalmente por morcegos. Nesse modo de produção o valor da contribuição atingiu 75,1% em 2023.
No Sul, dentre as lavouras temporárias, três produtos de dependência modesta merecem destaque: soja, feijão e tomate, com um indicador de 11% no ano de 2023. Entre as culturas permanentes, além da uva (Pouca), cabe destacar a maçã, que apresenta alta dependência da polinização animal e é um dos principais responsáveis pelo indicador de 31,4% em 2023 -, sendo os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul os maiores produtores do Brasil. Os principais produtos da extração vegetal na região (erva-mate e pinhão) não são dependentes da polinização, resultando em valores nulos de contribuição.
Já a contribuição da polinização nas culturas temporárias, no Centro-Oeste, permaneceu em torno de 15% ao longo da série histórica. Apenas produtos temporários aparecem na lista dos cinco principais produtos da região, cenário que não se repetiu nas outras quatro regiões. A soja e o algodão, apesar da dependência modesta de polinizadores, apresentam grande volume de produção, contribuindo significativamente para o valor total associado à polinização na região. Embora os produtos do extrativismo vegetal não estejam entre os de maior valor de produção, aqueles dependentes da polinização, como a castanha-do-pará e o pequi (ambos com dependência essencial), contribuem com mais de 95% do total produzido nesse modo de produção. Os níveis de dependência da polinização das culturas permanentes no Centro-Oeste, diferentemente do observado nas outras regiões, foram semelhantes aos das culturas temporárias.
Cada vez mais municípios dependem da polinização para produção agrícola e extrativista
A grande maioria dos municípios brasileiros se beneficia da polinização para a produção agrícola e extrativista, e esse número vem crescendo. De 1996 a 2023, houve aumento de quase 6 pontos percentuais na proporção de municípios com contribuição da polinização no valor da produção acima de 5%. O Nordeste, produtor de frutas com alta dependência de polinizadores, foi a região na qual esse movimento ficou mais evidente. Além disso, a pesquisa mostrou que até mesmo culturas de menor expressão no cenário nacional podem ter relevância estratégica para a economia de determinados municípios.
No decorrer do período analisado, houve municípios nos quais a dependência da polinização permaneceu alta, outros em que a polinização se tornou mais importante ao longo do tempo, e ainda aqueles onde a importância dela diminuiu.
“Vale ressaltar que as espécies que atuam como polinizadoras não são responsáveis somente por esse serviço. Elas são importantes para a reprodução não só das plantas cultivadas, mas também das plantas silvestres, sendo fundamentais para a manutenção dos ecossistemas como um todo, de onde obtemos outros benefícios como a purificação o ar, da água, entre outras coisas”, observa Leonardo.
Mais da metade dos produtos agrícolas do país dependem de polinização animal
De acordo com o estudo, 52,2% dos 67 produtos investigados na PAM dependiam em algum grau, de polinização animal. Entre os cultivos temporários, essa taxa foi de 31,3% e, entre os permanentes, que em sua maioria são frutas, chegou a 71,4%.
O período analisado, de 1975 a 2023, registrou uma alta substancial na produção agrícola brasileira, impulsionada, principalmente, pelo crescimento dos cultivos temporários, que cresceram tanto em área quanto em quantidade. Entre os permanentes, embora a área ocupada não tenha variado muito, houve aumento na quantidade produzida.
Com expansão da soja, classe Modesta ultrapassa metade da área colhida total
Em 2023, mais da metade da área colhida era ocupada por produtos da classe de dependência Modesta. Esta classe teve o maior aumento na série da pesquisa, saindo de 39% em 1975 para 43,4% em 2000 até atingir 53,5% em 2023. Os cultivos Sem Dependência também apresentaram um aumento substancial na área, porém, em termos percentuais, sua ocupação diminuiu de 53,4% em 1975 para 43,8% em 2023.
Esse padrão está relacionado, principalmente, à expansão dos produtos das culturas temporárias, que ocupam a maior parte da área cultivada, especialmente a soja. Embora a classe Sem Dependência represente 68,8% dos produtos das lavouras temporárias, no ano de 2023, cerca de 54,2% da área colhida foi ocupada por produtos de dependência Modesta e 45,5%, Sem Dependência. Em 1975, essas classes representavam, respectivamente, 32,3% e 65,8%.
Entre os cinco produtos de culturas temporárias com maior ocupação de área, dois pertencem à classe de dependência Modesta (soja e feijão) e três pertencem à classe Sem Dependência (milho, cana e trigo).
Já entre as permanentes, em 2023, a classe de dependência Modesta ocupou 41,2% da área colhida, embora corresponda a apenas 19,4% dos produtos, tendo café arábica, laranja e coco-da-baía como os produtos mais expressivos. Houve queda em relação a 1975, quando essa classe ocupava 76,5% da área de cultivo das lavouras permanentes. Os produtos da classe de dependência Essencial representavam 8,7% das lavouras permanentes em 1975 e passaram a ocupar 20,5% da área em 2023, destacando-se o cacau e o caju com as maiores áreas de cultivo.
Comparando a distribuição da área de cultivo, em 2023, dos produtos agrícolas temporários e permanentes, nota-se que, entre os permanentes, há menor concentração em poucos produtos e uma maior diversidade nas taxas de dependência.
Produtos que dependem da polinização representam 17,6% da quantidade produzida pela agricultura brasileira
Em 2023, os produtos Sem dependência eram responsáveis por 82,4% da quantidade produzida total no país. Já os cultivos de dependência Modesta representavam 15,9% da quantidade produzida, enquanto as classes Pouca Essencial e Alta somavam 1,6%. Em relação a 1975, houve queda na proporção dos Sem dependência, que representavam 85,4%, e aumento na classe Modesta (12,6%).
“As taxas médias de dependência no Brasil são, em grande parte, influenciadas pelos cultivos temporários, uma vez que estes dominam tanto em área quanto em volume de produção”, destaca o gerente.
Dentre os cultivos temporários, aqueles que não dependem de polinizadores são responsáveis pela maior parte da quantidade produzida (85%). Os produtos da classe Modesta representam 14,8%.
Entre os cultivos permanentes observa-se maior distribuição de tipos de classes de dependência, sendo a classe de dependência Modesta (44,7%) predominante, tal como observado na área colhida. As classes de Alta (20,1%) e Sem dependência (18,5%) são bem representativas, em especial no período mais recente.
Mais de 40% da quantidade coletada no extrativismo tem dependência alta ou essencial
Para os produtos do extrativismo, investigados na Produção de Extração Vegetal e Silvicultura (PEVS) do IBGE, a análise das classes de dependência da polinização mostra que 39,3% se beneficiam da polinização animal, valor superior ao encontrado entre cultivos temporários identificados pela Pesquisa Agrícola Municipal (31,8%), mas inferiores aos dos produtos de cultivos permanentes (71,4%). O restante dos produtos do extrativismo apresenta ausência de dependência de polinização (53,6%) ou ainda tem taxa de dependência desconhecida (7,1%).
Durante o período de análise dos dados da PEVS, entre os anos de 1981 e 2023, foi observada uma grande variação na quantidade produzida dos produtos, caracterizada por um crescimento expressivo em meados da década de 1980, seguido de um declínio nas décadas seguintes, com uma retomada a partir do ano de 2011.
A quantidade total oriunda do extrativismo vegetal se distribui de maneira equilibrada entre as classes de dependência de polinizadores e com uma considerável queda entre os produtos com dependência Modesta, que passaram de 34,1% em 1981 para 3,1% em 2023, e incremento da Alta (de 8,8% para 28,4%) ao longo do período analisado. Há predomínio de produtos Sem Dependência (55,6%), mas as demais classes são bem representadas, em especial as de maior dependência, Essencial (12,9%) e Alta (28,4%), nos últimos anos, que somadas atingem 41,2% da quantidade total. A classe de Pouca dependência não foi observada.
Analisando os produtos do extrativismo vegetal com maior quantidade coletada durante todo o período, observa-se uma presença importante de produtos dependentes de polinizadores (classes Modesta, Alta ou Essencial), como o açaí e o babaçu. A erva-mate, classificada como Sem Dependência, tem sido o produto mais coletado em termos de quantidade relativa desde o início da década de 1990, apresentando tendência de crescimento durante todo o período.
cenariomt
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
AgriZone define o apoio do agro na luta contra as mudanças climáticas, diz ex ministro

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues definiu a Agrizone, espaço temático coordenado pela Embrapa na COP30, como a iniciativa do evento que melhor define a contribuição do agro no enfrentamento das mudanças climáticas.
Entre os destaques do local estão as vitrines demonstrativas a campo em que os visitantes podem conhecer, de perto, sobre intensificação sustentável e diversificação de sistemas produtivos, além de entender as iniciativas da Embrapa para desenvolvimento dos protocolos de agropecuária de baixo carbono e ainda as vitrines tecnológicas para agricultura familiar.
A AgriZone fica localizada na Embrapa Amazônia Oriental, na Travessa Dr. Enéas Pinheiro, no bairro Marco, em Belém, a aproximadamente 1,8 km da Blue Zone. O espaço estará aberto ao público de 10 a 21 de novembro, das 10h às 18h. A entrada é gratuita, com inscrição prévia ou realizada no local.
Com uma programação dinâmica, composta por exposições imersivas, painéis interativos, pavilhões com vitrines vivas, cinco auditórios para 400 atividades (palestras, workshops e painéis), espaços para alimentação, apresentações culturais, experiências gastronômicas, lançamentos de tecnologias e publicações, a AgriZone convida o público da COP30 a conhecer de perto as soluções desenvolvidas pela Embrapa em parceria com governos, empresas e produtores.
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A programação foi montada a partir de uma chamada pública feita pela Embrapa em que organizações relacionadas, direta ou indiretamente, à agricultura, à segurança alimentar e à mudança do clima, submeteram propostas para a organização de eventos e iniciativas dentro da AgriZone.
As 450 propostas recebidas passaram por análise de grupo de trabalho específico composto por pesquisadores e técnicos de diferentes áreas, resultando em uma programação plural e inclusiva, abrigando diversos setores, desde organizações não governamentais e entidades da agricultura familiar até instituições financeiras, ministérios, representações do agronegócio e organismos internacionais.
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Agricultura
Governo anuncia publicação de 10 portarias de demarcação indígena

A ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara, anunciou nesta segunda-feira (17) a assinatura de dez novas portarias declaratórias de demarcação de terras indígenas pelo Ministério da Justiça nos próximos dias.
Os documentos envolvem os seguintes territórios:
- TI Vista Alegre (AM – Mura)
- TI Tupinambá de Olivença (BA – Tupinambá)
- TI Comexatibá (BA – Pataxó)
- TI Ypoí Triunfo (MS – Guarani)
- TI Sawré Ba’pim (PA – Munduruku)
- TI Pankará da Serra do Arapuá (PE – Pankara)
- TI Sambaqui (PR – Guarani)
- TI Ka’aguy Hovy (SP – Guarani)
- TI Pakurity (SP – Guarani)
- TI Ka’aguy Mirim (SP – Guarani)
“Como parte do nosso compromisso, o Brasil anuncia a regularização e proteção de 63 milhões de hectares de terras indígenas e quilombolas até 2030”, declarou a ministra durante anúncio de iniciativa global dedicada a garantir os direitos territoriais de povos indígenas, afrodescendentes e comunidades tradicionais, com a meta coletiva de proteger 160 milhões de hectares. Ao todo, 15 países apoiaram a iniciativa.
Segundo a ministra, desse total, 4 milhões de hectares são em territórios quilombolas e os outros 59 milhões são territórios distribuídos em dez territórios indígenas com processos na câmaras de destinação de áreas pública que serão incorporados pelo Plano Integrado de Implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI).
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Agricultura
Brasil conquista 50 medalhas em concurso mundial de queijos

O Brasil voltou a se destacar no World Cheese Awards 2025 (WCA), realizado na Suíça, trazendo para casa 50 medalhas em meio a mais de 5 mil queijos inscritos de mais de 50 países. Entre os premiados, três produtos desenvolvidos em Toledo, no Oeste do Paraná.
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O World Cheese Awards é reconhecido como a maior competição dedicada exclusivamente aos queijos, reunindo desde grandes indústrias até pequenos produtores artesanais.
Nesta edição, 265 especialistas compuseram o júri, as avaliações foram realizadas às cegas, considerando critérios como sabor, aparência, aroma, corpo e textura. O evento reúne queijeiros, varejistas, compradores e alimentos de diversos países para julgar mais de 5 mil queijos provenientes de mais de 40 nações.
Medalhas brasileiras
O Brasil marcou presença entre os premiados do World Cheese Awards, com cinco queijos classificados como ouro, 19 como prata e 26 como bronze. As distinções contemplam produtores de diferentes regiões, incluindo São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Paraná
Entre os queijos do Paraná, os destaques foram Abaporu, Saint Marcellin e Garoa Tropical. O Abaporu, de massa mole e casca lavada, recebeu medalha de prata ao impressionar os jurados com notas de baunilha, amêndoas e especiarias como canela e cravo. O queijo já havia conquistado ouro no Mondial du Fromage, na França.
O Saint Marcellin, também prata, é um produto comercial da queijaria Flor da Terra e já acumula diversos reconhecimentos, entre eles, estar entre os dez melhores queijos do Brasil em 2023 e garantir prata no Mondial du Fromage 2025.
Fechando a lista, o Garoa Tropical recebeu bronze. Inspirado nas antigas técnicas que utilizavam frutas cítricas para coagulação do leite, o queijo se destaca pelo sabor diferenciado e pela textura singular resultante de enzimas naturais dessas frutas.
Vencedor
O grande vencedor do World Cheese Awards 2025 foi o Gruyère AOP Vorderfultigen Spezial, produzido pela queijaria suíça Bergkäserei Vorderfultigen. Reconhecido pelo equilíbrio entre textura, maturação e um sabor marcante típico dos queijos alpinos, o rótulo superou mais de 5 mil concorrentes de mais de 40 países.
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